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economia e mercados

24 Economia e Mercados

  

 

Diário

Publicação diária com os principais indicadores dos mercados financeiros (ações, obrigações, mercado monetário, taxas de câmbio, commodities) e com a análise dos principais “market movers” do dia, incluindo os indicadores de atividade económica, as decisões de política monetária e os eventos políticos mais relevantes.

Maio

  • A manhã desta 6ª feira está a ser marcada por quedas dos mercados accionistas a nível global, depois de já ontem os índices de referência norte-americanos e europeus terem encerrado em terreno negativo. A contribuir para a deterioração do sentimento dos investidores estão sinais de debilidade da economia chinesa, com maiores ritmos de queda das vendas de habitações e da descida dos preços das novas habitações em Abril. Também o desempenho das vendas a retalho na economia chinesa foi significativamente inferior ao esperado. As autoridades chinesas anunciaram, já hoje, novas medidas visando estimular o mercado imobiliário.

  • A penalizar também o sentimento dos investidores estão novos comentários de responsáveis do Fed sugerindo a necessidade de juros elevados por um período prolongado. As yields da dívida norte-americana subiram ontem, sobretudo nos prazos mais curtos. O dólar apreciou face à generalidade das divisas, movimento que se prolonga esta manhã, com a cotação EUR/USD em 1.086.

  • Em entrevista hoje publicada, Isabel Schnabel, da Comissão Executiva do BCE, reconhece que uma primeira descida dos juros em Junho poderá ser apropriada, mas sinaliza uma actuação posterior cautelosa. A responsável sublinha os elevados níveis de incerteza actuais bem como o facto de a inflação estar ainda sujeita a riscos em alta.
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  • Os mercados accionistas asiáticos exibem hoje valorizações generalizadas, depois de diversos índices de referência norte-americanos e europeus terem alcançado ontem novos máximos. A contribuir para esta evolução esteve a divulgação dos dados de inflação nos EUA em Abril, que, ao retomarem uma trajectória descendente, consolidaram a expectativa de que o Fed iniciará a descida dos juros de referência ainda este ano.

  • Nos EUA, os preços no consumidor subiram 0.3% em Abril face ao mês anterior (marginalmente abaixo do esperado e do que em Março), tendo a taxa de inflação homóloga descido de 3.5% para 3.4%, depois de dois aumentos sucessivos. Por seu turno, as vendas a retalho nos EUA revelaram um arrefecimento em Abril, tendo estagnado face ao mês anterior. As taxas da dívida americana desceram de forma clara, para 4.73% e 4.33% a 2 e a 10 anos.

  • A produção industrial da Zona Euro cresceu 0.6% em Março face ao mês anterior, cujo crescimento foi revisto em alta para 1%. Com esta evolução mais favorável que o esperado, a variação homóloga passou de -6.3% para -1%. As previsões de Primavera da Comissão Europeia, ontem apresentadas, mantêm como cenário central um soft landing da economia europeia, apontando para uma descida da inflação mais expressiva que o anteriormente antecipado. A Comissão espera um crescimento do PIB dos Vinte de 0.8% este ano e de 1.4% em 2025, enquanto para a inflação se prevê uma taxa média de 2.5% em 2024 e 2.1% no próximo ano
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  • Os mercados accionistas prolongam na manhã desta 4ª feira a valorização das últimas sessões, com diversos índices de referência a atingir novos máximos históricos. É grande a expectativa dos investidores em torno da divulgação, hoje pelas 13h30, dos dados de inflação de Abril nos EUA, que poderão retomar uma trajectória descendente, permitindo ao Fed iniciar a descida dos juros de referência até ao final do ano. Note-se, no entanto, que ontem, Jerome Powell voltou a sinalizar juros altos por um período mais prolongado que o antecipado previamente, dada a evolução mais desfavorável da inflação nos últimos meses.

  • Nos EUA, os preços no produtor subiram 0.5% em Abril face ao mês anterior. Em termos homólogos, aumentaram 2.2%, variação mais significativa desde Abril de 2023. Apesar de esta evolução ter sido mais desfavorável que o esperado, registou-se uma descida em algumas componentes com influência relevante sobre a evolução dos preços no consumidor, como as despesas de ambulatório hospitalar. Neste contexto, as yields da dívida pública norte-americana desceram, voltando hoje a recuar para 4.81% e 4.43% a 2 e a 10 anos. O dólar depreciou, e a cotação EUR/USD regressou a valores superiores a 1.08.

  • A Administração Biden anunciou ontem a imposição de novas tarifas sobre um conjunto de bens importados da China, como semincondutores, baterias, material médico, veículos eléctricos, aço, alumínio e certos minérios. De acordo com a estimativa da Casa Branca, as medidas deverão afectar cerca de USD 18 mil milhões das importações da China. Trata-se da maior actualização à primeira aplicação destas medidas por parte do Presidente Trump.
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  • O índice ZEW de expectativas para a economia alemã subiu mais que o esperado em Maio, de 42.9 para 47.2 pontos, um máximo desde Fevereiro de 2022. De tarde, serão divulgados os números de Abril da inflação no produtor nos EUA, sendo esperada uma descida ligeira a nível core, de 2.4% para 2.3% YoY. Nas commodities, o petróleo desliza 0.2%, depois de ganhar ontem 0.7% no Brent e 1.1% no WTI. Hoje será divulgado o novo relatório da OPEP com a avaliação da conjuntura do mercado do petróleo. 

  • O euro segue flat face ao dólar, em EUR/USD 1.079, e o iene volta a recuar, para USD/JPY 156.5. Yields japonesas de longo prazo sobem, com especulação de uma eventual redução das operações de aquisição de dívida do Banco do Japão, para conter a depreciação da divisa. Na base esteve a redução da procura de títulos pelo Banco do Japão, na operação de ontem.

  • O vice-Chair do Fed, Philip Jefferson, declarou que as taxas de juro deverão permanecer restritivas nos EUA, até que haja “evidência adicional” de que a inflação esteja a convergir para o target de 2%. Segundo dados divulgados ontem pelo Fed de Nova Iorque, as expectativas dos consumidores americanos para a inflação a 12 meses subiram de 3% para 3.3% em Abril, um máximo desde Novembro, mas recuaram nos horizontes maiores, de 2.9% para 2.8% a 3 anos e de 2.8% para 2.6% a 5 anos.  
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  • A semana iniciou-se sem movimentos muito significativos nos mercados, em função da ausência de drivers ao nível de eventos ou indicadores económicos relevantes. Os principais índices accionistas europeus evoluíam esta manhã entre pequenos ganhos e perdas, depois de uma sessão também mista na Ásia. As yields dos Treasuries e Bunds registavam variações mínimas e o petróleo (Brent) subia 0.16%, para USD 82.9/barril. O Banco do Japão reduziu a procura de JGBs numa operação regular esta 2ª feira, o que se traduz numa subida de 4 bps na yield a 10 anos, para 0.946%

  • Esta semana, serão divulgados os números mais recentes do crescimento dos preços nos EUA. Em Abril, a inflação medida pelo IPC terá recuado de 3.5% para 3.4% YoY na economia americana. A nível core, a inflação terá descido de 3.8% para 3.6% YoY. Na última 6ª feira, foi conhecida uma deterioração da confiança dos consumidores americanos já em Maio, em parte explicada por um aumento das expectativas de inflação. Ainda nos EUA, espera-se a divulgação de um ligeiro abrandamento das vendas a retalho em Abril. A situação dos consumidores americanos estará também em foco na divulgação dos resultados do 1º trimestre de algumas das principais empresas retalhistas americanas.

  • Na Zona Euro, o crescimento do PIB do 1º trimestre e a inflação de Abril devem ser confirmados em 0.4% QoQ e 2.4% YoY, respectivamente. A Comissão Europeia apresenta, na 4ª feira, a actualização das suas previsões económicas e, no final da semana, o BCE divulga o relatório com a mais recente Financial Stability Review. No Japão, deverá ser conhecida uma queda do PIB de 0.4% QoQ no 1º trimestre. Já na China, os registos de Abril das vendas a retalho, produção industrial e investimento em activos fixos deverão sugerir recuperação da actividade.
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  • Os mercados accionistas prosseguem esta 6ª feira a valorização dos últimos dias, beneficiando do tom genericamente favorável dos resultados empresariais do 1º trimestre e da consolidação da expectativa de cortes dos juros de referência pelos principais bancos centrais ao longo dos próximos meses. O índice Euro Stoxx 600 situa-se em novos máximos, podendo vir a registar o maior ganho semanal dos últimos 3 meses. Nos EUA, o S&P 500 encerrou ontem menos de 1% abaixo do seu máximo histórico.

  • Nos EUA, os novos pedidos de subsídio de desemprego aumentaram substancialmente na última semana, de 209 para 231 mil, nível mais elevado desde Agosto. Este novo sinal de arrefecimento do mercado de trabalho norte-americano levou a uma descida das yields da dívida dos EUA, que se situam em 4.82% e 4.45% a 2 e a 10 anos. Esta tarde, merece destaque a divulgação do índice de confiança dos consumidores apurado pela Universidade de Michigan para o mês de Maio.

  • O Banco de Inglaterra decidiu ontem manter inalterada a Bank rate em 5.25%. O Governador Andrew Bailey afirmou que uma descida dos juros na reunião de 20 de Junho não está “nem afastada nem assegurada”, sublinhando a importância dos dois registos de inflação e evolução salarial que serão conhecidos até então. Bailey afirmou ser provável que o Banco venha a reduzir a Bank rate ao longo dos próximos trimestres, “possivelmente mais que o antecipado pelo mercado”. Já hoje, foi conhecido o crescimento de 0.6% QoQ da economia britânica, um desempenho mais forte que o esperado após dois trimestres de queda trimestral do PIB.  
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  • As exportações chinesas (medidas em USD) tiveram uma recuperação mais forte que a esperada em Abril, ao crescerem 1.5% YoY após o recuo de 7.5% YoY do mês anterior, impulsionadas pelas vendas para os países do sueste asiático (+8.1% YoY). Na Europa, o mercado de acções segue misto, não se observado para já uma tendência clara, depois dos novos máximos históricos atingidos ontem. Em Espanha, destaque-se o anúncio de uma oferta de compra hostil lançada pelo BBVA ao Sabadell.

  • Susan Collins, do Fed de Boston, declarou ontem que o target para a taxa fed funds deverá permanecer aos níveis actuais por mais tempo que o anteriormente esperado, dado o desempenho mais forte que o previsto que a actividade e o crescimento dos preços têm revelado. Estas declarações favoreceram, uma vez mais, um aumento das expectativas para os juros nos EUA, suportando a apreciação do dólar e a subida das yields dos Treasuries.

  • O Banco de Inglaterra reúne hoje o comité de política monetária, sendo elevada a expectativa quanto a uma eventual sinalização do timing para o início do processo de descida dos juros directores. Para já, a Bank rate deverá permanecer inalterada nos 5.25%, com o banco central a sinalizar um eventual primeiro corte de 25 bps algures no Verão. O mercado aponta o mês de Agosto como a data mais provável. A libra segue relativamente estável face ao euro, mas recua face ao dólar para GBP/USD 1.247. 
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  • O Banco Central da Suécia anunciou esta manhã uma descida da taxa de juro de referência de 4% para 3.75%. Esta descida, a primeira desde 2016, e que poderá ser seguida por outras duas na 2ª metade do ano, antecede movimento semelhante esperado por parte do BCE no próximo mês. O Banco Central da Suécia torna-se, assim, na segunda autoridade monetária das economias avançadas a descer os juros, depois do Banco Nacional da Suíça, a 21 de Março. A coroa sueca perde 0.7% face ao euro (EUR/SEK 11.75) e 1% face ao dólar. O dólar recupera em termos efectivos pela 3ª sessão consecutiva, situando-se a cotação EUR/USD em torno de 1.074.

  • Os mercados accionistas europeus apresentam hoje ganhos pela 4ª sessão consecutiva, tendo o índice Euro Stoxx 600 atingido um novo máximo histórico esta manhã. A recuperação dos últimos dias tem beneficiado do tom genericamente positivo dos resultados empresariais do 1º trimestre e da expectativa de que o Fed venha a iniciar um corte dos juros de referência ainda este ano. No entanto, é ainda grande a incerteza em torno da actuação do Fed. Neel Kashkari, Presidente do Fed de Minneapolis, defendeu ontem que os juros de referência do Fed deverão permanecer aos níveis actuais por um período prolongado e afirmou mesmo que apoiaria uma subida dos juros caso a inflação permanecesse a níveis excessivos. Note-se, contudo, que Kashkari não tem actualmente poder de voto no comité de política monetária do Fed.

  • Os preços do petróleo caem hoje mais de 1%, com o Brent a ser transaccionado a USD 82.1/barril, com o mercado a antecipar que, esta tarde, será divulgado um aumento significativo dos stocks de crude nos EUA na última semana. A situação geopolítica no Médio Oriente continua, no entanto, a condicionar o mercado, depois de Israel não ter aceite uma proposta de cessar-fogo em Gaza, tendo iniciado uma intervenção militar na cidade de Rafah. Esta operação tem merecido a crítica dos EUA, que terão suspendido temporariamente o fornecimento de material militar a Israel. 
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  • O clima de optimismo prossegue nos mercados financeiros, suportando a valorização do mercado accionista europeu, descidas moderadas nas yields soberanas e um recuo ligeiro do ouro. A suportar a propensão ao risco está o reforço das expectativas de descida dos juros directores nas principais economias. Nas commodities, o petróleo prolonga as subidas de ontem, reflectindo o aumento dos preços de venda por parte da Arábia Saudita e as baixas expectativas para um cessar-fogo em Gaza.
         
  • No mercado accionista, o optimismo é alimentado, ainda, pelo tom relativamente positivo que a earnings season tem revelado. O UBS e o Unicredit apresentaram resultados mais fortes que o esperado no 1º trimestre de 2024. A BP revelou uma redução mais expressiva que a esperada dos lucros, mas manteve o ritmo do programa de share buyback, enquanto que a retalhista alemã Zalando reportou uma melhoria dos resultados operacionais.

  • As encomendas à indústria alemã caíram 0.4% MoM em Março, contrariando a expectativa de crescimento, pressionadas pela queda de 2.3% MoM nos pedidos de grandes meios de transporte (e.g. aeronaves e navios). Mas, excluindo este factor que tende a ser mais volátil, os dados core aumentaram 0.1% MoM. As exportações alemães cresceram 0.9% MoM em Março, acima do esperado e após -1.6% MoM em Fevereiro.
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  • Os índices accionistas europeus iniciaram a semana em alta, suportados pela expectativa de um outlook global benigno no que respeita à actividade económica e à evolução das taxas de juro. O Chief Economist do BCE, Philip Lane, reafirmou a convicção de convergência da inflação para 2%, aumentando a probabilidade de redução dos juros em Junho. Os registos finais dos PMIs de Abril reviram em alta os valores preliminares e confirmaram uma ligeira recuperação da actividade na Zona Euro. Na China, o PMI Caixin Serviços sinalizou uma expansão da actividade no sector em Abril. A yield do Bund a 10 anos recua 3 bps.

  • Nos EUA, a criação de emprego caiu em Abril de 315 mil para 175 mil, um registo abaixo do estimado. A taxa de desemprego subiu de 3.8% para 3.9% da população activa e a remuneração média horária desacelerou de 4.1% para 3.9% YoY. O ISM Serviços sugeriu inesperadamente uma queda da actividade no sector (recuo de 51.4 para 49.4), destacando-se o abrandamento das encomendas e a queda do emprego. De notar, ainda, a forte subida da componente de preços. Apesar deste último ponto, esta informação alimentou as expectativas de que o Fed poderá ainda cortar juros este ano.

  • Nos EUA, espera-se a divulgação, no final da semana, de uma ligeira queda da confiança dos consumidores no início de Maio, merecendo atenção a componente de expectativas de inflação. Na Zona Euro, para além de indicadores sobre actividade industrial e exportações relativos a Março (na Alemanha), merece destaque a actualização das previsões da Comissão Europeia (já hoje). No Reino Unido, o BoE deverá manter a Bank Rate inalterada em 5.25%. O PIB da economia britânica terá crescido 0.4% QoQ no 1Q, vs. -0.3% no Q4’23. Na China, deverá ser conhecida uma recuperação das exportações e importações em Abril, e espera-se a divulgação de uma ligeira subida da inflação. Em Portugal, o IGCP leva a cabo na 4ª feira dois leilões de OTs com maturidades em Out 2034 e Jun 2038, com um montante indicativo global de EUR 1000-1250 milhões.
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  • A manhã desta 6ª feira está a ser caracterizada por ganhos da generalidade dos mercados accionistas, liderados pelo sector tecnológico. A propiciar esta recuperação estará a apresentação de fortes resultados pela Apple, após o fecho dos mercados norte-americanos, que encerraram ontem em alta. Merecem também destaque os resultados da Société Générale e do Crédit Agricole, tendo ambos superado as expectativas.

  • A sessão de hoje deverá ser dominada pela divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano no mês de Abril. É antecipada uma criação de cerca de 240 mil postos de trabalho em termos líquidos, após 303 mil registados em Março, ilustrando algum arrefecimento ao nível do emprego. Um valor significativamente diferente poderá gerar uma reacção do mercado relevante, num momento em que é antecipada apenas uma descida da target rate dos fed funds na totalidade até ao final do ano.

  • O iene ganha terreno de forma clara, alcançando a cotação mais forte das últimas três semanas (USD/JPY 153.2), o que está a gerar especulação de que tenha sido propiciada pela intervenção das autoridades japonesas no mercado cambial. Com esta evolução, a divisa japonesa encaminha-se para registar o melhor desempenho semanal desde Dezembro de 2022. O euro aprecia também, para EUR/USD 1.073. Os preços do petróleo estão estáveis, permanecendo o barril de Brent abaixo de USD 84. A semana deverá ficar marcada por uma expressiva descida dos preços, em função de um alívio da tensão no Médio Oriente.  
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  • O Fed manteve ontem a target rate dos fed funds inalterada em 5.25-5.50%. Jerome Powell continua a antecipar que a inflação deverá voltar a diminuir até ao final do ano, mas está a demorar mais tempo que o esperado a regressar aos níveis desejados, pelo que o Fed necessita de mais tempo para ter a confiança necessária na sua trajectória descendente. O comunicado e a conferência de imprensa reflectiram a ideia de juros aos níveis actuais por um período mais prolongado, que vários responsáveis da instituição vinham transmitindo. Refira-se ainda que Powell praticamente afastou a possibilidade de um movimento de subida dos juros, considerando-o improvável. O Fed anunciou ainda uma desaceleração do ritmo de redução do seu balanço a partir de Junho. Estes dois factores terão contribuído para a descida das yields da dívida americana.

  • Os índices S&P 500 e Nasdaq caíram ontem, prolongando a queda das sessões anteriores. 79% das empresas do S&P que já apresentaram resultados superaram as expectativas. Na Europa, os mercados accionistas reabrem hoje após o 1º de Maio, não apresentando uma direcção bem definida.

  • Nos EUA, o índice ISM Manufacturing caiu de 50.3 para 49.2 pontos em Abril, sinalizando um regresso inesperado da actividade industrial a terreno de contracção. A rubrica de preços dos inputs subiu de forma acentuada, para o nível mais alto desde Junho de 2022, sugerindo a persistência de pressões ascendentes sobre os preços.
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Abril

  • A manhã desta terça-feira está a ser marcada por uma apreciação moderada do dólar, que traduz a expectativa de que o discurso do Fed venha a ser mais hawkish na reunião de política monetária que se inicia hoje e cujas conclusões serão conhecidas amanhã. Na China, os índices PMI revelaram uma desaceleração ligeira da actividade na indústria, em linha com o esperado, e um abrandamento mais acentuado que o esperado dos serviços, no mês de Abril.

  • O iene permanece relativamente estável em torno de USD/JPY 156.8, após a forte apreciação da madrugada de 2ª feira, que poderá ter sido propiciada pela intervenção das autoridades. No plano dos resultados empresariais do 1º trimestre, merece destaque o forte crescimento dos lucros da Samsung, com o negócio dos semicondutores a ser impulsionado pelos avanços da inteligência artificial. Já os resultados da Volkswagen e da Mercedes-Benz sofreram uma quebra. Nos EUA, serão conhecidas hoje as contas da Amazon, McDonald’s e Coca-Cola, num momento em que mais de 80% dos resultados já apresentados superaram as expectativas.

  • A economia da Zona Euro teve um crescimento de 0.3% no 1º trimestre, após uma contracção ligeira de 0.1% em cada um dos dois últimos trimestres de 2023. Em termos homólogos, o PIB dos Vinte acelerou de 0.1% para 0.4%, um desempenho mais favorável que o esperado e que foi propiciado por todas as principais economias do bloco. A Alemanha cresceu 0.2%, após a contracção de -0.5% no último trimestre de 2023. A inflação homóloga da Zona Euro manteve-se em 2.4% em Abril, descendo de 2.9% para 2.7% a nível core
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  • O início da semana foi marcado por uma elevada volatilidade no iene, dada a especulação em torno de uma possível intervenção (ou não) das autoridades. A divisa japonesa tocou num novo mínimo desde 1990, de USD/JPY de 160.17 (-1.2%), antes de inverter o movimento e registar uma apreciação superior a 2%, evoluindo entretanto em torno de USD/JPY 155.3. No mercado accionista, registavam-se, esta manhã, ganhos nos principais índices europeus (+0.3% no Euro Stoxx), acompanhando o recuo de 0.77% no preço do petróleo (Brent), para USD 88.6/barril, por sua vez resultado de esforços dos EUA no sentido de obter um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. As yields do Treasury e Bund a 10 anos recuavam 2 bps.

  • Nos indicadores, destaque para a subida da inflação em Espanha em Abril, de 3.2% para 3.3% YoY, abaixo do esperado. Hoje será conhecida também a inflação na Alemanha. Esta semana, o Fed deverá manter os juros de referência inalterados em 5.25%-5.5%. O Fed deverá reafirmar a ausência de pressa em cortar a sua taxa directora, preferindo esperar por sinais consistentes de recuo da inflação. Ainda nos EUA, será conhecida no final da semana a evolução do mercado de trabalho de Abril. A criação de emprego terá recuado na economia americana, mas mantendo-se forte, em torno de 250 mil. A taxa de desemprego ter-se-á mantido inalterada em 3.8% da população activa. Os ISM deverão sugerir uma aceleração da actividade nos serviços e uma estabilização da indústria.

  • Na Zona Euro, o PIB terá crescido 0.1% QoQ no 1Q’24, após queda de 0.1% no 4Q’23. Para esta evolução terá contribuído uma recuperação da economia da Alemanha. Para Portugal e Espanha, esperam-se desacelerações do PIB, para 0.5% e 0.4% QoQ, respectivamente. Já em Abril, a inflação ter-se-á mantido estável em 2.4% YoY no conjunto da Zona Euro, com o registo core a recuar para 2.8% YoY. Neste contexto, ter-se-á observado uma ligeira melhoria do sentimento económico.  
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  • A manhã desta 6ª feira está a ser caracterizada por valorizações dos mercados accionistas, lideradas pelo sector tecnológico, impulsionados pelos fortes resultados apresentados pela Microsoft e pela Alphabet após o fecho dos mercados dos EUA. Inverte-se, assim, a desvalorização ocorrida na sessão de ontem. O iene prolonga a trajectória de depreciação, com a cotação USD/JPY acima de 156. O Banco do Japão manteve hoje inalterada a sua política monetária, como amplamente antecipado, mas o tom do discurso foi considerado dovish pelo mercado.  

  • A economia dos EUA cresceu 1.6% em termos anualizados no 1º trimestre, consideravelmente menos que o esperado e em clara desaceleração face ao trimestre anterior (+3.4%). O consumo privado cresceu 2.5%, após 3.3% entre Outubro e Dezembro. Particularmente relevante foi a evolução do deflator core do consumo privado no trimestre, que acelerou de 2% para 3.7% em termos anualizados, o ritmo mais forte desde o 2º trimestre de 2023, com um aumento de 5.1% dos preços dos serviços excluindo energia e habitação.

  • A economia norte-americana desacelerou, assim, de forma mais acentuada que o esperado no 1º trimestre, tendo a evolução dos preços revelado a persistência de pressões inflacionistas. Neste contexto, as yields da dívida pública norte-americana subiram, e o mercado antecipa agora um 1º corte dos juros de referência apenas para a reunião de Novembro. Na sessão de hoje, merece destaque a divulgação, nos EUA, da evolução em Março do deflator core das despesas de consumo pessoal.
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  • Os mercados accionistas asiáticos e europeus prosseguem uma trajectória de valorização na manhã desta 4ª feira, depois de ganhos generalizados nas praças americanas e europeias na sessão de ontem. O sector tecnológico lidera os avanços, beneficiando do anúncio de encomendas acima do esperado pela ASM. O bom comportamento das tecnológicas poderá prosseguir hoje, nos EUA, uma vez que a Tesla apresenta uma forte valorização na negociação premarket, depois de anunciar a intenção de intensificar o lançamento de novos modelos automóveis a preços acessíveis, uma estratégia bem acolhida pelo mercado. 

  • A contribuir para o bom desempenho dos mercados accionistas está a convicção de que o início de descida dos juros de referência pelo Fed terá início ainda este ano, depois de dados ontem conhecidos terem sugerido alguma debilidade da actividade. Em concreto, os índices PMI ontem divulgados para os EUA sinalizam uma ligeira quebra da actividade na indústria em Abril, tendo a actividade nos serviços desacelerado, ambos de forma inesperada. Será conhecida hoje a evolução das encomendas de bens duradouros em Março, antes da divulgação, amanhã, da 1ª estimativa de crescimento do PIB dos EUA no 1º trimestre.

  • Na Alemanha, o índice IFO de clima empresarial voltou a subir de forma clara em Abril, de 87.9 para 89.4 pontos, superando as expectativas. O nível agora atingido é o mais alto dos últimos 12 meses, e reflecte uma melhoria das expectativas do sector empresarial da maior economia europeia, beneficiando das perspectivas de descida dos juros de referência pelo BCE nos próximos meses e de recuperação gradual da economia global. 
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  • O tom positivo prossegue esta terça-feira no mercado, suportando ganhos moderados nos índices de acções da Europa e um novo recuo no preço do ouro (-0.9%). Na Zona Euro, os índices PMI traçaram uma conjuntura menos coesa, ao sinalizarem (inesperadamente) uma contracção mais forte da indústria e uma expansão mais expressiva dos serviços em Abril. Refira-se, ainda, o aumento das componentes de preços, tanto nos inputs como nos selling prices. Na Alemanha, o PMI Compósito sinalizou o regresso da actividade a território expansionista, pela primeira vez desde Junho de 2023, liderada pelos serviços.

  • No mercado obrigacionista, as yields dos Treasuries retomaram hoje o movimento de subida que dominou a semana passada, ainda que de modo muito contido. O mercado continua a antecipar que o Fed inicie o ciclo de corte de juros até Novembro, com uma probabilidade de 85% atribuída ao cenário de que essa decisão seja tomada logo em Setembro.

  • No mercado accionista, as atenções centram-se nas expectativas para a divulgação das contas de algumas das maiores empresas tecnológicas do mundo ao longo da semana. A alemã SAP apresentou resultados impulsionados pela procura por IA. A Novartis reviu em alta o guidance para o conjunto do ano, à boleia dos bons resultados do 1º trimestre, e a Renault reportou um aumento de 1.8% nas receitas. Hoje serão conhecidas, ainda, as contas da General Electric, General Motors, PepsiCo, Spotify, Tesla e Visa. 
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  • A semana arranca com tom positivo no mercado accionista europeu, acompanhando a percepção de alívio das tensões geopolíticas no Médio Oriente. O petróleo recua mais de 1% e o ouro desliza 1.6%. As yields dos Treasuries prosseguem em alta, para 4.99% nos 2Y e 4.65% nos 10Y. Na Zona Euro, observa-se uma subida ligeira das curvas de rendimentos e uma redução dos spreads das economias da periferia face à dívida alemã. O Governador do Banco de França afirmou este fim-de-semana que a recente instabilidade no preço do petróleo não afectará a decisão do BCE de iniciar o corte de juros a 6 de Junho.

  • O tema do timing para o início do ciclo de corte de juros manter-se-á, seguramente, em foco na semana. Na 5ª feira será conhecida a primeira estimativa para o desempenho do PIB da economia americana no 1º trimestre. Antecipa-se um abrandamento face aos 3.4% anualizados do período anterior, liderado pelo arrefecimento do consumo privado. Na 6ª feira, o foco volta-se para a evolução dos preços, com a publicação dos números de Março do deflator das despesas de consumo pessoal. O mercado antecipa uma aceleração ligeira, de 2.5% para 2.6% YoY, e um recuo da medida core para 2.7% YoY, continuando a reflectir a persistência das pressões inflacionistas na economia americana.

  • Na Zona Euro, será hoje conhecida a evolução do índice de confiança dos consumidores em Abril. Na terça-feira, os índices PMI de Abril deverão continuar a sinalizar uma melhoria da actividade na economia dos Vinte. Na 4ª feira, o índice Ifo de clima empresarial na Alemanha também deverá sinalizar uma melhoria. No Japão, nota para a reunião de política monetária do banco central, não sendo esperadas alterações aos actuais instrumentos. No mercado accionista, a earnings season do 1º trimestre ganhará tracção, destacando-se esta semana as contas da General Electric, General Motors, Tesla (terça-feira), Boeing, Ford, IBM, Meta, Volvo (4ª), Airbus, Alphabet, Caterpillar, Intel e Microsoft (5ª).
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  • Os riscos de natureza geopolítica voltam a estar no centro das preocupações dos investidores esta 6ª feira, levando a quedas generalizadas dos mercados accionistas. Israel terá atacado esta noite uma base militar no centro do Irão com drones, um acto de retaliação pelo ataque iraniano do passado Sábado. As taxas dos Treasuries a 2 e a 10 anos recuam 3 e 5 bps, para 4.96%  e 4.58%, respectivamente, não anulando, contudo, a subida registada ontem, impulsionada pela forte melhoria do índice Philadelphia Fed e pela robustez do mercado de trabalho. Os preços do petróleo avançam cerca de 0.3%, para USD 87.4/barril no caso do Brent.

  • A descida hoje observada nas yields da dívida pública norte-americana não deverá impedir, contudo, que no conjunto da semana se registe um significativo aumento face a 6ª feira passada, em função da alteração das expectativas do mercado para a actuação do Fed. Ontem, um conjunto de comentários de responsáveis do Fed veio dar mais força ao cenário de taxas altas nos EUA por um período mais longo, e à possibilidade de não haver nenhum corte dos juros em 2024. Neste momento, o mercado antecipa apenas uma descida de 25 bps da taxa fed funds na totalidade, a ocorrer até Novembro, atribuindo uma probabilidade de 59% a uma 2ª descida em Dezembro.

  • O dólar permanece relativamente estável (com a cotação EUR/USD em 1.065 e USD/JPY em 154.4). O Governador do Banco de França defendeu já hoje que o BCE deverá reduzir os juros de referência em Junho, num contexto de maior confiança a trajectória descendente da inflação na Zona Euro. 
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  • Os mercados accionistas apresentam valorizações na manhã desta 5ª feira, acompanhando uma pausa nos movimentos de apreciação do dólar e de subida das yields da dívida pública norte-americana. A TSMC antecipa um crescimento das receitas no 2º trimestre de cerca de 30%, beneficiando do desenvolvimento das aplicações da inteligência artificial. Trata-se do maior crescimento desde o final de 2022, que está a impulsionar o sector tecnológico. Os preços do petróleo caíram ontem 3%, depois de conhecido um forte aumento dos stocks de crude nos EUA na última semana, para o nível mais elevado desde Junho. O Brent volta a cair hoje cerca de 0.6%, para USD 86.7/barril.

  • EUA, Japão e Coreia do Sul afirmam que continuarão a acompanhar de perto a evolução do mercado cambial, reconhecendo a preocupação das autoridades japonesas e sul-coreanas quanto à depreciação do iene e do won (que recuam 9% e 7%, respectivamente, face ao dólar desde o início do ano). Esta intervenção verbal poderia antecipar uma intervenção coordenada no mercado cambial, caso necessário. O won aprecia 1% face ao dólar, enquanto o iene recupera ligeiramente, para USD/JPY 154.3. A cotação EUR/USD sobe para 1.068. As yields da dívida americana prolongam a descida iniciada ontem, recuando para 4.93% e 4.58% a 2 e a 10 anos.

  • Luis de Guindos, Vice-Presidente do BCE, reiterou que a continuação do movimento de descida de inflação na Zona Euro permitirá uma descida dos juros de referência, consolidando a expectativa de um primeiro corte em Junho. O Governador do Banco da Eslovénia alertou para os limites de uma divergência de actuação entre o BCE e o Fed, embora reconheça dinâmicas de inflação diferentes nos EUA e na Zona Euro. Antecipa, ainda assim, um primeiro corte em Junho, seguido de outros na 2ª metade do ano.   
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  • O sentimento dos investidores permanece condicionado pela perspectiva de manutenção dos juros de referência nos EUA por um período mais longo que o anteriormente antecipado. Jerome Powell sinalizou a necessidade de mais tempo para adquirir a confiança de que a inflação se encaminha para o objectivo de 2%, antes de dar início a um corte dos juros. Neste contexto, prosseguiu a subida das yields da dívida americana. O mercado deixou de antecipar na totalidade um 1º corte dos juros em Setembro, atribuindo-lhe agora uma probabilidade de 91%. Um 2º corte até Dezembro é visto com uma probabilidade de 64%. O dólar encontra-se relativamente estável.

  • O índice ZEW de expectativas para a economia alemã revelou uma nova melhoria em Abril, ao subir de 31.7 para 41.9 pontos, significativamente mais que o esperado. A antecipação de uma recuperação da actividade global e a depreciação do euro face ao dólar contribuem para a melhoria do outlook para as exportações, ao mesmo tempo que a perspectiva de descida dos juros de referência suporta também o maior optimismo em torno da economia alemã.

  • O FMI reviu a previsão de crescimento global para este ano de 3.1% para 3.2%, em resultado de um desempenho mais forte que o anteriormente esperado dos EUA e de algumas economias emergentes. O mesmo ritmo de crescimento é antecipado para 2025. Apesar da revisão em alta, o crescimento deverá ser restringido pelo nível ainda elevado dos juros, bem como pela retirada de estímulos orçamentais. O Fundo alerta para importantes riscos geopolíticos e para a persistência de pressões inflacionistas.
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  • O mercado accionista europeu prolonga, esta manhã, a trajectória de queda iniciada ontem nos EUA. No mercado obrigacionista, as taxas dos Treasuries evoluem em 4.93% nos 2Y e 4.62% nos 10Y, reflectindo a consolidação de expectativas de que o Fed não tem pressa em reduzir os juros directores. Este movimento ganhou novo fôlego ontem, depois de ser conhecido o aumento de 0.7% MoM das vendas a retalho nos EUA em Março nos EUA, muito acima do esperado, sugerindo que o consumo das famílias continua robusto.

  • Na China, o PIB cresceu 5.3% YoY no 1º trimestre de 2024, acima do esperado e em ligeira aceleração face aos 5.2% YoY do período anterior. Em termos trimestrais, o PIB acelerou de 1% para 1.6%. Mas, quando olhamos para os dados que foram divulgados para Março, comprovamos que a produção industrial e as vendas a retalho abrandaram mais que o esperado no final do trimestre, sugerindo alguma perda de momentum e alimentando a expectativa de que serão necessários mais estímulos à actividade.  

  • No plano geopolítico, o mercado reage às declarações das autoridades israelitas, afirmando que o ataque iraniano do passado Sábado terá resposta, apesar dos contínuos esforços da comunidade internacional de contenção da tensão. O impacto no mercado de commodities permanece relativamente contido, à semelhança do observado ontem, com o petróleo a subir 0.1% e com o ouro a subir 0.5%.
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  • Os mercados accionistas europeus iniciam a semana com ganhos moderados e menor volatilidade e os preços do petróleo recuam cerca de 1% face aos níveis de 6ª feira, traduzindo a expectativa, por parte dos mercados financeiros, de que o conflito no Médio Oriente permanecerá relativamente contido. A tarde de 6ª feira tinha ficado marcada por um evidente aumento dos níveis de aversão ao risco, depois de os serviços secretos norte-americanos terem alertado para a iminência de um ataque das forças iranianas contra objectivos militares e governamentais de Israel, o que se veio a confirmar na noite de Sábado. A defesa israelita, que contou com a colaboração dos EUA e outros aliados, conseguiu neutralizar 99% daqueles mísseis, tendo-se registado apenas danos ligeiros numa base militar israelita. Os EUA lideram um amplo esforço diplomático no sentido de evitar uma escalada do conflito.

  • O barril de Brent recua 1.1% esta manhã, situando-se em USD 89.4, e o ouro desce também cerca de 1%, para USD 2348/onça. O dólar recua ligeiramente em termos efectivos, após a forte apreciação da semana passada, com o euro em EUR/USD 1.066. No entanto, volta a ganhar terreno face ao iene. A cotação USD/JPY situa-se já muito próximo do patamar de 154, incrementando a pressão para uma intervenção das autoridades japonesas. 

  • No que respeita à divulgação de indicadores macroeconómicos, destacam-se, esta semana, nos EUA, as vendas a retalho (já hoje), a produção industrial e início de novas construções no mês de Março (terça-feira). Na Zona Euro, merece destaque o índice ZEW de expectativas para a evolução da economia alemã (terça-feira). No mesmo dia será conhecida a estimativa de crescimento da economia da China no 1º trimestre. É esperado um crescimento trimestral do PIB de 1.6%, acima do registado no último trimestre de 2023 (+1%). No âmbito da earnings season relativa ao 1º trimestre, serão conhecidas as contas das produtoras de semicondutores ASML e TSMC, bem como da Goldman Sachs, Bank of America, Morgan Stanley, Netflix, Procter & Gamble e Johnson & Johnson.  
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  • A tendência de valorização que marcou a sessão de ontem do mercado accionista prossegue esta 6ª feira, suportando ganhos superiores a 1% dos principais índices da Europa. Este movimento acompanha uma trajectória de descida das yields soberanas, para 2.38% no Bund a 10Y e 3.05% na OT portuguesa a 10Y, recuando 8 e 9 bps, respectivamente. Nos câmbios, o euro deprecia de forma expressiva, para níveis abaixo de EUR/USD 1.07 (-1.4% no conjunto da semana). O ouro prossegue a sua valorização, atingindo já hoje um novo máximo de USD 2395/onça.

  • A suportar estes movimentos está o reforço das expectativas de corte dos juros por parte do BCE em Junho. Christine Lagarde afirmou que, caso o novo quadro de projecções do BCE (que será conhecido em Junho) suporte um aumento da confiança quanto a uma convergência sustentável da inflação para o target, será apropriado iniciar o ciclo de redução da restritividade da política monetária (i.e. reduzir os juros directores). Apesar desta sinalização, o carácter data dependent das decisões de política foi reafirmado, com o BCE a não se comprometer com um ritmo pré-estabelecido de alívio dos juros.

  • Nos EUA, foi conhecida a aceleração dos preços no produtor, de 1.6% para 2.1% a nível headline e de 2% para 2.4% YoY a nível core. Estes resultados, a par da já conhecida aceleração acima do esperado dos preços no produtor, traduziram-se num reforço dos sinais de persistência das pressões inflacionistas nos EUA e da expectativa de que o ciclo de alívio monetário na economia americana terá início posteriormente ao da Zona Euro. A marcar esta 6ª feira está também a queda expressiva e inesperada das exportações chinesas em Março (-7.5% YoY em USD).
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  • A evolução dos preços no consumidor nos EUA voltou a ser mais desfavorável que o esperado em Março, o que conduziu na sessão de ontem a um acentuado movimento de subida das yields da dívida pública norte-americana. Vindo juntar-se à evolução robusta do mercado de trabalho, estes dados levaram também a uma evidente redução das expectativas de descida dos juros de referência nos próximos meses. O mercado antecipa agora, na totalidade, apenas uma descida da taxa fed funds até Novembro, e atribui uma probabilidade de cerca de 50% a uma 2ª descida até ao final do ano. As yields dos Treasuries a 2 e a 10 anos situam-se em 4.97% e 4.56%. O dólar apreciou, com a cotação EUR/USD a recuar para 1.074. O petróleo avança, com o barril de Brent a aproximar-se de USD 91, depois de os EUA terem alertado para ataques iminentes pelo Irão a objectivos militares ou governamentais de Israel.

  • Nos EUA, a inflação homóloga subiu, em Março, de 3.2% para 3.5%, aumentando ligeiramente mais que o esperado, tendo a medida core (que exclui energia e alimentação não-processada) mantido uma variação homóloga de 3.8%. Trata-se de uma evolução mais desfavorável que o esperado (o que ocorre pelo 3º mês consecutivo), sendo de destacar a aceleração dos preços dos serviços, em particular na sua componente core, o que anulou a evolução benigna dos preços dos bens. Esta evolução levanta dúvidas acerca da trajectória descendente da inflação a prazo, podendo também ter implicações a nível político, pela erosão do apoio a Biden a que poderá conduzir.  

  • Tendo em atenção todas as intervenções recentes dos responsáveis da instituição, o BCE poderá sinalizar hoje uma primeira descida dos juros de referência na reunião de 6 de Junho, num contexto de descida da inflação em linha com o esperado e de desaceleração dos salários. A subida da inflação nos EUA aumentou, contudo, a incerteza também em torno da actuação do BCE, com o mercado a antecipar, agora, menos de 75 bps de cortes até ao final do ano.  
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos moderados na manhã desta 4ª feira, liderados pelo sector tecnológico. A TSMC anunciou um forte incremento das vendas no 1º trimestre, impulsionadas pelas aplicações da inteligência artificial. Nas commodities, o preço do cobre volta a subir, aproximando-se de USD 9500/tonelada (+10% desde o início do ano), traduzindo receios de diminuição da oferta e expectativa de recuperação da procura. A agência Fitch reviu de “estável” para “negativo” o outlook para a dívida soberana da China (cujo nível é de A+), antecipando um agravamento do rácio de endividamento público. O anúncio não teve impacto relevante.

  • Pelas 13h30, os dados de inflação de Março nos EUA poderão revelar uma subida dos preços no consumidor de 0.3% face ao mês de Fevereiro (tanto do índice total como no core), em que tinham subido 0.4%. Em termos homólogos ter-se-á registado uma subida de 3.2% para 3.4%, enquanto ao nível core poderá ter prosseguido a trajectória de descida gradual, para 3.7%. No que respeita às expectativas para a actuação do Fed, o mercado antecipa actualmente menos de 3 cortes dos juros de referência até ao fim do ano (e portanto menos que o sinalizado pelas projecções dos responsáveis do Fed). 

  • De acordo com o inquérito do BCE aos bancos, a procura de crédito por parte das empresas na Zona Euro reduziu-se de forma substancial no 1º trimestre, num contexto de manutenção das taxas de juro a níveis relativamente elevados. Ao mesmo tempo, aumentou ligeiramente o nível de restritividade dos bancos na concessão de crédito às empresas na Zona Euro. A deterioração de perspectivas para o investimento e actividade sinalizada por estes dados consolidou a expectativa de que o BCE dará início à descida dos juros de referência em Junho, podendo sinalizar essa intenção na reunião desta 5ª feira. 
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  • Nos mercados de dívida pública norte-americana e europeia, prosseguiu ontem o movimento de subida de taxas (e desvalorização dos respectivos títulos). As yields dos Treasuries a 2 e a 10 anos situam-se em 4.78% e 4.4%, níveis mais elevados desde Novembro. O movimento prolonga a subida de 6ª feira passada, após a divulgação dos fortes números de criação de emprego de Março nos EUA, que conduziram a um adiamento das expectativas do mercado para o início da descida dos juros de referência – esperado agora para Setembro – e à diminuição do número de cortes antecipados para este ano, para menos de três.

  • A atenção dos investidores encontra-se centrada na divulgação dos dados de inflação nos EUA em Março, agendada para esta 4ª feira, o que explica a ausência de uma direcção clara na evolução dos mercados accionistas. No Japão, o Nikkei avançou hoje 1.1%, beneficiando da depreciação do iene, que favorece as perspectivas para as exportações. A cotação USD/JPY mantém-se muito próxima do patamar de 152, mantendo elevada a especulação quanto a uma intervenção das autoridades no mercado cambial. O euro permanece em EUR/USD 1.085.

  • O ouro prolonga a trajectória de valorização, atingindo já esta terça-feira um novo máximo de USD 2359/onça (+14.1% desde o início do ano). Deve ainda ser assinalada a valorização do cobre, cujo preço atingiu USD 9484.5/tonelada, nível mais alto desde Janeiro de 2023, reflectindo sobretudo perturbações na produção em diversas minas na China.  
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  • Os principais índices accionistas europeus seguiam esta manhã maioritariamente em alta, em parte reflectindo a divulgação de indicadores de actividade positivos (expansão inesperada de 2.1% MoM na produção industrial na Alemanha, em Fevereiro), bem como alguns sinais de possível moderação da intensidade da guerra na Faixa de Gaza (retirada de tropas israelitas do sul da região), que se traduzem numa pausa no recente movimento de subida do preço do petróleo (-1.3% no Brent esta manhã, para USD 89.9/barril). Vemos, no entanto, os riscos geopolíticos a manterem-se elevados.

  • As acções valorizam apesar de uma subida das yields do Treasury e Bund a 10 anos (+4 bps, para 4.448% e 2.447%, respectivamente), dada a expectativa de maior paciência do Fed na descida dos juros. Nos EUA, deverá ser conhecida esta semana uma subida da inflação em Março, de 3.2% para 3.5% YoY (a inflação core terá recuado de 3.8% para 3.7% YoY). Estes números deverão validar a postura paciente do Fed no que respeita à primeira descida dos juros de referência (o mercado já desconta menos de 3 cortes em 2024).  Esta semana serão conhecidas as minutas da última reunião de política monetária do Fed, que deverão trazer mais evidência desta postura paciente.

  • Esta 5ª feira, o BCE deverá deixar a política monetária inalterada, sinalizando, provavelmente, uma primeira descida dos juros de referência em Junho. Para lá de Junho, o BCE deverá reafirmar-se data dependent, não se comprometendo com o timing de novas descidas. Mantemos, para já, a expectativas de três cortes de 25 bps em 2024. A semana será, ainda, marcada pelo início da earnings season relativa ao 1º trimestre de 2024, com a divulgação dos resultados de alguns dos principais bancos americanos. Em Portugal, o IGCP leva a cabo, na 4ª feira, três leilões de OTs com maturidades em Abril de 2034, Junho de 2038 e Fevereiro de 2045, com um montante indicativo global de EUR 1250-1500 milhões.   
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  • A manhã está a ser marcada por perdas significativas dos principais mercados accionistas europeus e asiáticos, depois de ontem os índices de referência dos EUA terem encerrado a perder mais de 1%. A incerteza geopolítica e a expectativa em torno dos dados do mercado de trabalho norte-americano em Março, a divulgar esta tarde, estão a penalizar o sentimento dos investidores. Os preços do petróleo voltam a avançar (com o barril de Brent a USD 90.8), depois de ontem terem subido 1.5%, com o aumento das preocupações de escalada do conflito no Médio Oriente, depois do ataque israelita a instalações diplomáticas do Irão na Síria na 2ª feira. Israel estará a preparar-se para uma potencial retaliação do Irão, que estará iminente.

  • Registe-se a apreciação do iene (para USD/JPY 151.3), depois de o Governador do Banco do Japão ter afirmado no Parlamento que está a acompanhar de perto a evolução do iene, podendo a sua depreciação conduzir à necessidade de uma política monetária mais restritiva até ao final do ano. Estas declarações aumentaram a especulação quanto a uma nova subida da taxa de juro de referência na 2ª metade do ano

  • Destacar-se-á hoje a divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano no mês de Março. É antecipada uma criação de emprego de cerca de 214 mil postos de trabalho, depois de 275 mil em Fevereiro. Uma evolução mais robusta poderia coglcontribuir para a manutenção dos juros pelo Fed por mais tempo, adiando o primeiro movimento de descida dos juros. Ontem, Neel Kashkari, Presidente do Fed de Minneapolis, referiu a possibilidade de não haver mesmo qualquer descida da taxa fed funds caso a trajectória de descida da inflação não se confirme
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  • A incerteza quanto ao timing de uma primeira descida da taxa fed funds mantém-se, depois de Jerome Powell, Chair do Fed, ter ontem reiterado que a instituição aguardará por sinais mais claros de descida da inflação para 2% antes de avançar para um corte dos juros. Powell afirmou que as decisões do Fed serão tomadas “reunião a reunião”, e sinalizou, como anteriormente, que será adequado começar a reduzir os juros “a determinada altura no decorrer deste ano”. A probabilidade atribuída pelo mercado a um primeiro corte dos juros a 12 de Junho voltou a reduzir-se, mantendo-se 31 de Julho a reunião em que uma primeira descida é antecipada na totalidade.

  • A intervenção de Powell teve lugar após a divulgação de uma queda inesperada do índice ISM Serviços em Março, de 52.6 para 51.4 pontos, sinalizando um arrefecimento da actividade no sector dos serviços dos EUA pelo 2º mês consecutivo. O dólar depreciou de forma evidente, com a cotação EUR/USD a ascender a 1.086 esta manhã.

  • Os mercados accionistas apresentam uma evolução tendencialmente positiva, centrando-se agora a atenção dos investidores na divulgação, na 6ª feira, dos dados para o mercado de trabalho norte-americano em Março. No plano das commodities, o ouro voltou a atingir já hoje um novo máximo histórico, acima de USD 2300/onça, em resultado da expectativa de cortes dos juros pelo Fed, da elevada tensão geopolítica e da procura robusta por parte de bancos centrais. 
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  • A inflação da Zona Euro recuou em Março de 2.6% para 2.4% YoY, ou de 3.1% para 2.9% YoY a nível core, uma descida ligeiramente maior que a esperada e prolongando a tendência decrescente dos últimos meses. Na China, o PMI Caixin relativo aos serviços subiu em Março, para 52.7 pontos, sinalizando uma ligeira aceleração da actividade neste sector, e suportando as recentes expectativas de melhoria da conjuntura na economia chinesa. Os índices accionistas europeus seguiam em terreno misto esta manhã (+0.3% no DAX, -0.1% no Euro Stoxx 600). As yields do Treasury e Bund a 10 anos subiam 3 bps e 1 bp, respectivamente. O euro seguia estável face ao dólar (1.077).

  • Ontem, o sentimento negativo no mercado accionista foi alimentado por uma nova atenuação das expectativas do mercado sobre a descida dos juros pelo Fed. Loretta Mester, do Fed de Cleveland, e Mary Daly, do Fed de São Francisco, reafirmaram a falta de urgência na descida da taxa directora, dada a robustez do crescimento da economia americana e a necessidade de mais evidência sobre a descida da inflação (ambas continuam a admitir, apesar de tudo, 3 cortes dos juros este ano). Ontem, foi conhecido um crescimento acima do esperado das encomendas de bens industriais na economia americana. Na Zona Euro, foram divulgados registos acima do esperado dos PMIs Manufacturing de Março em Espanha e em Itália (neste caso, sinalizando a 1ª expansão na indústria em 11 meses).

  • O sentimento dos investidores segue condicionado pela deterioração do ambiente geopolítico, com o Irão a prometer retaliar contra Israel, depois de um ataque aéreo a instalações do consulado iraniano em Damasco, na Síria. A escalada das tensões geradas pela guerra na Faixa de Gaza traduziu-se ontem numa subida do preço do petróleo de 1.7%. Esta manhã, o Brent avança mais 0.1%, para USD 89.0/barril, em dia de reunião da OPEC+.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos moderados esta terça-feira, na reabertura após a interrupção da Páscoa. O Euro Stoxx 600 valoriza 0.4%, renovando o seu máximo histórico. Os preços do petróleo sobem mais de 1%, com o recrudescimento de tensões no Médio Oriente, após um ataque das forças israelitas a instalações da embaixada do Irão na Síria e ameaça de retaliação por parte das autoridades iranianas. O barril de Brent ascende a USD 88.3, nível mais elevado dos últimos 5 meses.

  • A sessão de ontem ficou marcada por uma acentuada subida das yields da dívida pública norte-americana – e correspondente desvalorização dos respectivos títulos –, na sequência da divulgação de uma melhoria inesperadamente forte do índice ISM Manufacturing nos EUA relativo ao mês de Março. As taxas dos Treasuries a 2 e a 10 anos subiram 9 e 11 bps, respectivamente, situando-se aquelas taxas em 4.70% e 4.32% esta manhã. O dólar avançou face à generalidade das divisas, em particular face ao euro (EUR/USD 1.073), ganhando força a convicção de que o primeiro movimento de corte dos juros de referência ocorrerá primeiro na Zona Euro do que nos EUA

  • Nos EUA, o índice ISM Manufacturing referente a Março subiu 2.5 pontos, para 50.3, situando-se em terreno de expansão da actividade pela primeira vez desde Setembro de 2022. Esta melhoria surpreendente terá resultado de um acentuado aumento da produção (+6.2 pontos) e das encomendas, sinalizando um incremento da procura, tendo também os custos de produção registado um aumento, o que aponta para a persistência de pressões ascendentes sobre os preços.
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