A reforma ainda parece longe? Hoje, é o dia de começar porque cada ano conta, e muito, para o seu esforço de poupança. Planear a reforma, começar a aplicar algum do seu dinheiro em produtos de poupança reforma e fazer contas ao futuro são hábitos que deve cultivar na idade ativa. Vamos começar?
Poupar para a reforma não é um hábito enraizado junto dos portugueses. Por um lado, porque a maioria confia no Sistema Previdencial da Segurança Social para assegurar o pagamento das suas reformas (84,5%, segundo dados do Banco de Portugal, CMVM e ASF). Por outro, porque a generalidade das famílias debate-se ao longo da vida com objetivos de poupança de curto e médio prazo, tais como comprar um carro, adquirir uma casa e financiar a educação e formação dos filhos.
Resultado? A constituição de uma poupança para assegurar uma velhice mais tranquila é, frequentemente, relegada para segundo plano. Só com o aproximar da idade da aposentação se começa a pensar de forma mais séria neste tema. Mas nessa altura pode já ser muito tarde.
Fonte: Relatório do 3.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa – 2020, Todos Contam, Plano Nacional de Formação Financeira
Há 3 boas razões para começar o seu plano de poupança para a reforma hoje:
Quanto mais cedo começar a poupar, maior o efeito de capitalização dos seus rendimentos
Graças à melhoria das condições de vida e, sobretudo, dos cuidados de saúde, a esperança média de vida aos 65 anos tem vindo a alargar-se, como comprovam os dados do INE. São 19,75 os anos que alguém que chegue aos 65 anos pode ainda esperar viver e, para isso, é preciso juntar o descanso da poupança na reforma.
Tendencialmente, viveremos por mais anos de reforma, mas com pensões pagas pela Segurança Social mais baixas. De acordo com a Comissão Europeia, quem se reformar em 2050 receberá de pensão do sistema público cerca de metade do salário que tinha.
A idade é um fator crítico para o seu “mealheiro”. Se começar a poupar para a reforma aos 30 anos, conseguirá juntar mais capital do que se iniciar a poupança aos 50 ou 60 anos. Lógico? Sim, mas as suas poupanças crescerão também mais, ao longo do tempo, por duas vias:
Por exemplo, juros ou rendimentos recebidos que reinvestidos geram novos juros e assim sucessivamente.
Se estiver a duas ou três décadas de distância de atingir a idade da reforma, poderá alocar as suas poupanças em instrumentos financeiros que comportam um maior nível de risco, mas apresentam um potencial de rendibilidade média superior. O facto de estar a investir no longo prazo permite ter tempo para recuperar de eventuais perdas que os mercados financeiros possam registar durante um período.
Para perceber melhor o impacto do tempo nas poupanças, mostramos-lhe três situações simuladas, com diferentes idades, de preparação de investimento para a reforma.
Pode poupar para a sua reforma com vários tipos de produto e de acordo com o seu perfil e objetivo, desde fundos de investimento, seguros de capitalização e até aos depósitos tradicionais. Mas, para este efeito, o Plano de Poupança Reforma (PPR), pelas suas caraterísticas, é um produto essencial quando falamos de planeamento de reforma.
Tente manter um investimento certo num prazo de tempo que pode ser mensal, trimestral ou noutro prazo. Além disso, trate este investimento como uma despesa e faça-a sair da sua conta do Banco como uma despesa. Assim, passa a não contar com esse dinheiro.
Escolha os pesos que cada ativo deve representar no seu investimento para a reforma (veja os exemplos meramente ilustrativos e simulados abaixo).
Comprou recentemente casa e encontra-se numa fase ascendente da sua carreira profissional, tendo a estabilidade financeira necessária para começar a programar as poupanças para a reforma. Está disponível para aceitar um nível de risco dos seus investimentos.
Apesar dos encargos com a educação dos filhos e com os empréstimos da casa e do carro, Rui encontra-se a meio da sua carreira profissional e está preocupado com o futuro da sua reforma. Vai começar agora a poupar com este objetivo. Considera-se um investidor com um perfil moderado, estando disposto a aceitar as oscilações do mercado, numa perspetiva de longo prazo.
Só agora, com o aproximar da idade de reforma e com a saída dos filhos de casa, João vai iniciar o seu plano de poupança para a reforma. Como faltam poucos anos para a sua aposentação, João deverá privilegiar o investimento em produtos de capital garantido e elevada liquidez.