A mesada é um tema que gera muitas dúvidas entre os pais. E não é para menos: afinal, este é o primeiro contacto que as crianças têm com a gestão do dinheiro. Mas qual o valor aconselhado para cada idade? É a essa pergunta que vamos ajudar a responder.
Dar uma mesada aos filhos é o primeiro grande passo para os ensinar a lidar com o dinheiro. Por um lado, ajuda-os a ganharem responsabilidade para gerirem o seu orçamento, por outro, aprendem a importância da poupança. Mas a partir de que idade devemos começar?
Antes de definirmos o valor da mesada, é importante que as crianças já tenham aprendido alguns conceitos básicos, como: De onde vem o dinheiro? Quanto é que este chocolate custa? Tenho dinheiro para comprar este brinquedo?
Nos primeiros anos, as crianças não devem receber nem semanada nem mesada. Isto porque ainda não têm maturidade para gerir o recebimento de um valor regular, nem percebem bem o que é efetivamente o dinheiro e para que serve.
Em alternativa, pode começar a promover hábitos de poupança. Experimente dar-lhes uma moeda de vez em quando para colocarem no mealheiro. É uma excelente forma de os mais pequenos verem o montante crescer e de os motivar a quererem juntar cada vez mais.
Quando entram na escola, as crianças já têm outro nível de maturidade. Além disso, é nesta altura que ganham muitos outros recursos essenciais para este passo, como aprender a ler, a escrever e a fazer contas.
Por volta desta idade, pode introduzir o pagamento de um valor. No entanto, e uma vez que ainda são pequenos, é recomendável começar por atribuir um valor semanal, ou seja, uma semanada. Como este é o primeiro contacto “mais sério” com o dinheiro, é preciso dar-lhes tempo para aprenderem a gerir o seu “orçamento”.
Na pré-adolescência, os jovens já têm alguns conhecimentos financeiros e conseguem gerir de forma mais precisa o dinheiro que recebem dos pais. Nesta altura, pode considerar passar a entregar um valor mensal, em vez de uma semanada.
Contudo, isto vai depender do nível de autonomia da criança e do seu sentido de responsabilidade. Se sente que o seu filho ainda tem dificuldades em chegar ao final da semana com dinheiro ou não consegue planear a tão longo prazo, mantenha a semanada.
Uma criança de 6 anos e um adolescente de 15 têm diferentes necessidades financeiras, mas também capacidades de entendimento. Por isso, explique-lhes regularmente a razão do valor atribuído. Lembre-se de que este pequeno gesto terá grandes repercussões na vida do seu filho.
O valor da mesada depende de vários fatores e deve ser adaptado à realidade de cada família. Uma vez que a mesada é mais um elemento a juntar ao orçamento familiar, comece por fazer contas e perceber se consegue suportar a nova “despesa”.
lembre-se de definir um montante que permita ao seu filho ficar com dinheiro depois de pagar as despesas para, por exemplo, ir almoçar com os amigos ou comprar uma peça de roupa de que gosta. Se não sobrar mesada, não há orçamento para gerir, e a aprendizagem torna-se mais difícil.
Se considerar a fórmula dos 50 cêntimos por semana, estes seriam os valores a pagar em cada idade:
As tarefas domésticas normais não devem ser incluídas nesta lista, uma vez que os mais jovens também devem ajudar em casa. Fazer a cama, arrumar a roupa ou pôr a loiça na máquina são tarefas da família, sem direito a remuneração.
Enquanto ainda estão a aprender a lidar com o seu dinheiro, as crianças devem receber a mesada em dinheiro. Manusear as notas e as moedas vai ajudá-las a fazer contas e a perceber exatamente quanto têm e qual o valor que gastaram.
Por volta dos 12/13 anos, já pode trocar as notas por um cartão pré-pago: