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SEGURANÇA ONLINE:

Novas tendências para 2025

Os últimos anos foram marcados por eventos globais que têm alterado o paradigma das viagens no setor. A pandemia COVID-19, o surgimento de conflitos geopolíticos em vários pontos do planeta, a aceleração do desenvolvimento da inteligência artificial e a agenda ODS 2030, entre outros fatores, têm reformulado os padrões de escolha dos turistas e o posicionamento das Empresas do setor um pouco por todo o mundo. Para 2025 prevê-se um ano de elevado crescimento no setor do Turismo assente em novas tendências, com Portugal a continuar a posicionar-se como um destino de eleição, percecionado como um país seguro e com uma oferta bastante diversificada.

Uma das grandes tendências é a valorização de viagens personalizadas e feitas à medida, com a possibilidade de definição de datas, roteiros, atividades, transportes e alojamento ajustados às motivações e propósitos de cada pessoa. Aliados às vantagens das novas tecnologias, são cada vez mais os viajantes que optam por organizar as suas próprias viagens com ou sem apoio de players do setor.

No turismo nas cidades, verifica-se que os viajantes têm estado mais propensos para experiências culturais mais autênticas, com valorização do património histórico e cultural, substituição de visitas a museus massificados por galerias de arte independentes e exploração de zonas pouco exploradas.

Já no âmbito de turismo de natureza, assistir-se-á a uma consolidação das viagens com carácter imersivo, onde os viajantes possam realizar atividades que potencializem a desconexão da rotina e a possibilidade de realizar desportos ao ar livre. Neste âmbito, observações astronómicas, caminhadas, trekking, retiros, canoagem, escalada, workshops na natureza representam grandes atrativos.

Os destinos de praia manter-se-ão uma base do setor, mas ocorrerá substituição dos mais tradicionais por outros que seguem práticas sustentáveis. Nas últimas décadas, em virtude das alterações climáticas, alguns dos tradicionais destinos de praia têm perdido popularidade, como consequência de fenómenos extremos. Deste modo, tem aumentado a procura por zonas que adotam modelos de exploração mais sustentáveis.

Mais especificamente a gastronomia e o enoturismo continuarão a afirmar-se nos roteiros de viagens, com uma oferta de atividades cada vez mais diversificada e enquadrada em tradições regionais. Portadores de características únicas e identificativas de costumes e tradições, a cozinha regional e a temática envolvente do vinho atraem cada vez mais pessoas que procuram experiências de lazer diferenciadoras. Outros grandes atrativos serão os congressos, as feiras, os espetáculos e outros eventos, os quais têm o poder de mobilizar pessoas de forma massiva para determinadas geografias. Concertos com participação de nomes sonantes, feiras de caracter internacional, eventos desportivos de grande escala são apenas alguns dos exemplos.

Além das tendências atrás descritas, outras destacam-se pela sua índole mais estrutural. É o caso da redução da sazonalidade, com uma maior distribuição de viagens ao longo do ano, alavancada pelos novos modelos de trabalho que conferem mais flexibilidade laboral e que se tornaram populares após a pandemia COVID-19. O teletrabalho oferece a possibilidade de trabalhar remotamente, enquanto se desfruta de uma estadia em qualquer lugar do planeta. Também os conflitos que têm crescido em escala, sem previsão de término estão a desviar os interesses dos turistas para destinos seguros e enquadrados em contextos sociais mais previsíveis.

Também no Turismo, a Inteligência Artificial está a ganhar cada vez mais expressão como elemento facilitador do planeamento e descoberta de viagens, com redefinição de novas formas de interagir com os turistas.

Perante as tendências descritas, o setor do Turismo em Portugal dispõe de um posicionamento bastante propício ao seu crescimento em 2025. O esforço que tem sido efetuado na materialização dos pilares ESG, a valorização de diferentes zonas territoriais com preservação das suas características naturais, a premiação e o reconhecimento do país a nível internacional em diversos domínios, o investimento que as Empresas têm realizado em modernização e inovação, o clima ameno e o contexto de segurança são alavancas muito favoráveis a um ano de franco crescimento do setor.

 

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