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4 regras de ouro para criar um plano de poupança

POUPANÇA
09/06/2024
5 min. leitura

Conjugar o verbo “poupar” no atual contexto é uma tarefa desafiante. O aumento do custo de vida e a subida das taxas de juro deixam pouca margem para poupança. Resultado? Encolhem as carteiras, sobram os dias do mês. Saiba como inverter esta situação e iniciar um plano de poupança duradouro.

 

Quando o dinheiro não estica existem dois caminhos possíveis para uma família conseguir criar um plano de poupança: ou se aumentam os rendimentos ou então é necessário gerir melhor as despesas e identificar gastos a eliminar ou reduzir. Parece óbvio, certo? O grande desafio está em conseguir transpor estas ideias do plano teórico para ações concretas. Não sabe por onde começar? Siga as recomendações deste guia rápido.

Criar um plano de poupança em 4 passos? É possível

 
  • 1. Comece com pequenos montantes
  • 2. Trate a poupança como uma despesa fixa do seu orçamento
  • 3. Defina objetivos para o seu plano de poupança
  • 4. Não basta poupar: rentabilize o seu plano de poupança

O primeiro passo para poupar é fazer um check-up à sua situação financeira. Comece por criar um orçamento familiar para perceber para onde está a “voar” o seu dinheiro. Sem esta “radiografia”, não conseguirá ter a noção rigorosa das suas despesas e dificilmente conseguirá perceber quais os encargos que estão a pesar mais no seu orçamento e podem ser reduzidos ou até eliminados.

Precisa de ajuda com o seu orçamento?

Temos um documento que vai ajudá-lo nesta tarefa. Se for cliente novobanco, pode também utilizar a ferramenta Orçamento Familiar, através da app e novobanco online, e, assim, automatizar o controlo das suas despesas. 

 

1. Comece com pequenos montantes

Idealmente, as famílias deveriam poupar entre 10% a 20% dos seus rendimentos mensais. Mas nem sempre é possível atingir esta meta.

Para as famílias com orçamentos muito apertados e pouca margem para poupar há, no entanto, boas notícias: não é necessário dispor de elevados montantes para criar um plano de poupança eficaz e duradouro. Comece com pouco, porque cada euro conta.

 

O mais importante é tornar a poupança regular e alocá-la em produtos financeiros que permitam fazer o seu dinheiro crescer. No longo prazo esse esforço será recompensado.

 

Vamos a um exemplo?
 

  • Montante Inicial:

    100 €

  • Reforço Mensal:

    25 €

  • Prazo:

    3 anos 

  • Taxa de juro anual:

    1%


 

VALOR A RECEBER: 1.012 €

Se reforçar o seu plano de poupança com 25 euros por mês ao longo de 3 anos e aplicar estes montantes num produto financeiro que permita a capitalização de juros e apresente uma rendibilidade anual líquida de 1%, chegará ao final do prazo de investimento com um montante global de 1.012 euros.

Fonte: Simulador de juros compostos da Securities And Exchange Comission (SEC)

E se pudesse programar a poupança?

2. Trate a poupança como uma despesa fixa do seu orçamento

 

Não espere pelo fim do mês para verificar se tem dinheiro disponível para poupar. Assuma a poupança como uma prioridade e destine uma parcela dos seus rendimentos para este efeito. Para ajudá-lo nesta missão, comece por fazer estes passos:

  • Torne a poupança automática:

    Crie um automatismo no seu banco para que todos os meses seja transferido da sua conta bancária um montante definido para um produto de poupança.

  • Descubra o programa de arredondamentos:

    Por cada compra realizada o banco vai arredondar o valor da compra e essa diferença será depois transferida para uma poupança definida por si. Desse modo estará a poupar sem dar por isso.

     

Poupar no dia a dia

3. Defina objetivos para o seu plano de poupança

Será mais fácil e motivador criar um plano de poupança, se tiver um objetivo em mente. O seu plano é ter o valor de entrada para comprar uma casa? Ou financiar os estudos dos filhos? Fazer umas férias de sonho, trocar de carro, renovar a casa, ou planear a reforma? Defina uma meta e foque-se, para lá chegar.

 

Mas atenção: antes de traçar uma meta de poupança, certifique-se de que tem um fundo de emergência (1) adequado  às suas necessidades.

(1) Fundo de emergência

É uma almofada financeira constituída por uma poupança equivalente, no mínimo, a seis meses dos encargos familiares. Serve para assegurar que caso exista uma quebra de rendimentos (ex: desemprego, doença) a família tem recursos suficientes para gerir as suas despesas durante o determinado período.

Quer saber como criar um fundo de emergência?

4. Não basta poupar: rentabilize o seu plano de poupança

Tão relevante quanto adquirir hábitos regulares de poupança é saber escolher os produtos financeiros onde os montantes serão aplicados. Idealmente deverá selecionar aplicações financeiras que façam o seu dinheiro crescer ao longo do tempo e sejam adequadas ao seu perfil de investidor.

 

No mínimo, certifique-se que coloca o seu plano de poupança numa aplicação com uma remuneração acima da inflação. Caso contrário, o seu dinheiro acabará por “encolher”, uma vez que a sua poupança não está a acompanhar o aumento do custo de vida. 

 

 

Vamos a um exemplo?

 

  • Investimento:

    3000 €

  • Prazo:

    15 anos

  • Taxa de inflação média anual:

    3% 

 


 

VALOR REAL DA POUPANÇA NO FINAL DO DEPÓSITO A PRAZO:

 

 

  • Conta à ordem (0%):

    1.926 euros

  • Produto financeiro com rendibilidade média anual de 3%

    3.000 euros

  • Produto financeiro com rendibilidade média anual de 5%

    4.003 euros

Neste cenário, com um montante de 3 mil euros investidos num prazo de 15 anos e assumindo uma taxa de inflação média anual de 3%, a sua poupança poderia chegar aos 4.003 euros, caso optasse por um produto financeiro com rendibilidade média anual de 5%, assumindo um risco médio a elevado.

 

Quer saber quanto vale a sua poupança? Altere os valores acima para o montante que lhe fizer mais sentido e teste os vários cenários.