Skip to main content
SEGURANÇA ONLINE:

economia e mercados

24 Economia e Mercados

  

 

Diário

Publicação diária com os principais indicadores dos mercados financeiros (ações, obrigações, mercado monetário, taxas de câmbio, commodities) e com a análise dos principais “market movers” do dia, incluindo os indicadores de atividade económica, as decisões de política monetária e os eventos políticos mais relevantes.

Janeiro 2025

  • Os índices accionistas europeus evoluíam maioritariamente em alta ligeira esta manhã (+0.1% no Euro Stoxx 600), depois de uma sessão positiva, esta 2ª feira, na Ásia (+1.17% no Nikkei). A yield do Bund a 10 anos segue relativamente estabilizada, em 2.53%. O euro aprecia 0.38% face ao dólar, para EUR/USD 1.0315. O preço do petróleo (Brent) recua 0.4%, para USD 80.45/barril, e o ouro avança 0.1%. Hoje, os mercados estarão encerrados nos EUA, devido ao feriado do Martin Luther King Day.

  • O dia e a semana serão marcados pela tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA. As medidas que poderão/deverão ser anunciadas imediatamente após a tomada de posse são as que dependem de ordens executivas, e não de legislação do Congresso, e deverão incluir a o reforço do controlo das fronteiras, a deportação de imigrantes, o anúncio de uma 1ª fase de aumentos de tarifas e medidas de desregulamentação em sectores como a energia e o sector financeiro. Legislação com vista à redução de impostos deverá marcar a actuação do Congresso nos próximos meses.

  • Numa semana fraca em indicadores de actividade, destaca-se a divulgação, na Zona Euro, dos PMIs e da confiança no consumo de Janeiro, para os quais se esperam quedas marginais. Na Alemanha, espera-se um recuo do indicador de sentimento ZEW. No Japão, espera-se a divulgação de uma subida da inflação em Dezembro, para 3% YoY. Neste contexto, o Banco do Japão poderá subir os juros de referência, de 0.25% para 0.5%, uma decisão com potencial impacto relevante nos mercados. Hoje, inicia-se o World Economic Forum, em Davos.
Ver diário completo Ver diário completo

  • O PIB da China cresceu 1.6% QoQ e 5.4% YoY no 4Q’24, acima do esperado e em aceleração face ao 3Q, beneficiando dos vários estímulos de política levados a cabo na 2ª metade do ano. Estes registos permitiram reportar um crescimento anual de 5% na economia chinesa no conjunto de 2024 (vs. 5.2% em 2023), em linha com a meta estabelecida. Em Dez, as vendas a retalho cresceram 3.7% YoY, vs. 3% YoY em Nov, enquanto a produção industrial cresceu 6.2% YoY, vs. 5.4% em Nov. A economia chinesa mantém-se condicionada por níveis elevados de endividamento, pressões deflacionistas e riscos associados a guerras comerciais.

  • Nos EUA, as vendas a retalho cresceram 0.4% MoM e 3.9% YoY em Dez, abaixo do esperado e em desaceleração face ao mês anterior. Apesar de tudo, estes números sugerem a continuação de uma relativa robustez do consumidor americano. No Reino Unido, o indicador do PIB mensal subiu 0.1% em Novembro, abaixo do esperado, após quedas de 0.1% nos dois meses anteriores. Os serviços lideraram a expansão da actividade, mantendo-se a indústria em contracção. Já em Dez, as vendas a retalho caíram 0.3% MoM no Reino Unido, um registo abaixo do esperado, levando a libra a recuar 0.38% face ao dólar, para GBP/USD 1.22.

  • Os índices accionistas europeus registavam ganhos em torno de 0.5%-0.9% esta manhã, depois de uma sessão negativa, ontem, nos EUA, liderada por quedas nas tecnológicas. O dólar apreciava 0.1% em termos efectivos e o petróleo valorizava 0.5% no Brent e 0.65% no WTI, para USD 81.7 e 79.2/barril, apesar de notícias positivas sobre o cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Scott Bessent, próximo Secretário do Tesouro dos EUA, defendeu no Senado a necessidade vital de o Congresso renovar os cortes de impostos de 2017. Admitiu ainda a possibilidade de sanções às petrolíferas russas e afirmou como crítica a manutenção do dólar como divisa de referência nas reservas externas.   
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os mercados accionistas exibem esta 5ª feira um desempenho favorável a nível global, beneficiando da evolução benigna da inflação core nos EUA, e que conduziu a um desempenho particularmente expressivo dos índices de referência norte-americanos. O sector tecnológico lidera as valorizações, favorecido também pelo outlook favorável emitido pela TSMC, renovando o entusiasmo em torno do investimento em inteligência artificial. O anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, estará também a contribuir para a melhoria do sentimento dos investidores. Contudo, o Primeiro-Ministro de Israel afirmou já esta 5ª feira que há ainda pontos importantes a acordar, pelo que há ainda riscos importantes quanto à sua efectiva concretização.

  • Tendo o índice de preços no consumidor nos EUA tido em Dezembro a evolução antecipada pelo mercado (+0.4% MoM e +2.9% YoY), o índice core (que exclui energia e alimentação não-processada) revelou uma descida da respectiva variação homóloga para 3.2%. Aumentou a probabilidade que o mercado atribui a novas descidas dos juros de referência do Fed. Volta a ser antecipado um novo corte em Julho, depois de ter deixado de ser esperado na 6ª feira, com a divulgação da forte criação de emprego em Dezembro. As yields da dívida americana desceram ontem de forma acentuada (10 e 14 bps a 2 e a 10 anos).

  • Refira-se a depreciação da libra (GBP/USD 1.220 e EUR/GBP 0.843), penalizada pela divulgação de um crescimento do PIB de apenas 0.1% MoM em Novembro. Por seu turno, o iene avança (USD/JPY 155.8), com alguns membros do Banco do Japão a sugerirem a possibilidade de uma subida da taxa de juro de referência já na reunião da próxima semana
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os principais índices accionistas europeus abriram a sessão de 4ª feira com ganhos ligeiros, mais visíveis no Reino Unido. Esta manhã, foi conhecida uma descida inesperada da inflação em Dezembro na economia britânica, de 2.6% para 2.5% YoY. A nível core, os preços no consumo desaceleraram de 3.5% para 3.2% YoY, vs. expectativa de 3.4%. O aparente alívio da inflação levou o mercado a reforçar as expectativas de cortes dos juros de referência pelo BoE em 2025, antecipando agora plenamente 2 cortes de 25 bps. A yield dos Gilts a 10Y recuava 6 bps, para 4.84%, e a libra depreciava marginalmente face ao dólar, para GBP/USD 1.221.

  • Também esta manhã, ficou a saber-se que a economia da Alemanha contraiu 0.2% em 2024, o 2º ano consecutivo de queda da actividade, após -0.3% em 2023. Perante evidência de que a economia da Zona Euro se encontra a perder momentum, alguns responsáveis do BCE, incluindo o Chief Economist Philip Lane e o VP Luis de Guindos, reafirmaram a intenção de a autoridade monetária continuar a reduzir os juros de referência, apesar da expectativa de uma pausa pelo Fed, nos EUA. A yield do Bund a 10Y recuava 2 bps e o euro seguia relativamente estabilizado vs. o USD.

  • O tema do crescimento dos preços mantém-se hoje em foco. A inflação terá voltado a subir nos EUA em Dezembro, de 2.7% para 2.9% YoY, com o registo core a dever manter-se inalterado em 3.3% YoY. A concretizar-se, esta evolução tenderia a reforçar as recentes expectativas de que o Fed fará uma pausa no ciclo de descida dos juros de referência nos próximos meses. Com a economia americana a revelar-se mais robusta que o esperado, os investidores parecem recear que o programa económico da segunda Administração Trump venha “deitar mais achas para a fogueira” no que respeita a pressões inflacionistas.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • A manhã desta terça-feira está a ser caracterizada por ganhos generalizados dos mercados accionistas europeus e asiáticos, após duas sessões de perdas expressivas. A contribuir para a melhoria do sentimento dos investidores está a possibilidade de a equipa económica do Presidente Trump (que tomará posse na próxima 2ª feira) estar a ponderar uma subida gradual das tarifas às importações dos EUA, por oposição a um aumento abrupto implementado num único momento, uma estratégia que visaria impedir aumentos significativos da inflação.  

  • O dólar recua ligeiramente, após 5 sessões consecutivas de apreciação, com a cotação EUR/USD em 1.026 esta manhã. Por seu turno, as yields da dívida pública norte-americana descem também ligeiramente. A taxa do Treasury a 10 anos recua 1 bp, para 4.77%, depois de ter ascendido ontem ao nível mais elevado desde Outubro de 2023 (4.80%). A subida de ontem acompanhou o recuo de expectativas quanto a descidas adicionais do target para a taxa fed funds pelo Fed, após a forte criação de emprego nos EUA em Dezembro conhecida na 6ª feira. É aguardada agora com expectativa, nos EUA, a evolução dos preços no produtor (esta tarde) e no consumidor (4ª feira).

  • Em França, o índice CAC 40 avança esta manhã mais que os seus congéneres, com o sentimento dos investidores a ser favorecido pela possibilidade de o Partido Socialista Francês vir a apoiar no Parlamento o Governo de François Bayrou. O Partido Socialista poderá votar contra uma provável moção de censura ao Governo, exigindo em troca a suspensão da proposta de reforma do sistema de segurança social. O spread da dívida pública de França a 10 anos face à Alemanha diminui 2 bps esta manhã, para 83 bps
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os mercados accionistas iniciam a semana com perdas generalizadas, penalizados pela expectativa de menos descidas dos juros pelo Fed, reforçada pelos dados do mercado de trabalho conhecidos na 6ª feira. As yields sobem nos EUA e na Europa e o dólar aprecia em termos efectivos, com a cotação EUR/USD em 1.022. Os preços do petróleo avançam para os níveis mais altos dos últimos 4 meses (Brent em USD 81.5/barril), depois da introdução de um novo conjunto de sanções dos EUA às petrolíferas russas. 

  • Na 6ª feira, os dados relativos à evolução do mercado de trabalho dos EUA em Dezembro revelaram-se particularmente fortes, tendo-se observado a criação líquida de 256 mil postos de trabalho, acima de 212 no mês anterior. A taxa de desemprego recuou de 4.2% para 4.1% da população activa. Por seu turno, o índice de confiança dos consumidores apurado pela Universidade de Michigan apontou para uma deterioração ligeira do sentimento das famílias em Janeiro. Destacou-se o aumento claro das expectativas de inflação tanto a um prazo de um ano como a um prazo mais alargado.

  • No que respeita à divulgação de indicadores macroeconómicos, merece destaque, esta semana, a inflação nos EUA em Dezembro, na 4ª feira. É esperada uma subida da taxa de inflação homóloga de 2.7% para 2.9%, devendo a inflação core permanecer em 3.3%, pelo 4º mês consecutivo. A confirmar-se, esta evolução ilustra uma certa ausência de progresso na trajectória de descida da inflação, consolidando a expectativa de manutenção dos juros de referência por parte do Fed no curto prazo. Na 6ª feira, será conhecida a estimativa de crescimento do PIB da China no 4º trimestre, que poderá revelar uma aceleração face ao trimestre anterior, e confirmar uma expansão anual “em torno de 5%”.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os principais índices accionistas apresentavam uma tendência de queda esta manhã. Na China, o índice Shanghai Composite encerrou a sessão desta 6ª feira a cair 1.3% e o PBoC anunciou a suspensão do seu programa de compra de dívida, procurando contrariar a tendência de queda das yields (que atingiram recentemente mínimos históricos) e a consequente pressão em baixa sobre o renminbi (para níveis anteriormente observados em Set 2023, correspondendo a mínimos desde 2007). 

  • Hoje, merece destaque a divulgação dos dados referentes à evolução do mercado de trabalho dos EUA em Dezembro. É esperada uma diminuição da criação de emprego de 227 mil para cerca de 165 mil. A taxa de desemprego ter-se-á mantido em 4.2% da população activa. Será ainda conhecido o índice de confiança dos consumidores apurado pela Universidade de Michigan para Janeiro.  Ontem, a Presidente do Fed de Boston, Susan Collins, defendeu ser agora apropriado um ritmo mais lento de ajustamento dos juros de referência nos EUA, dada a “considerável incerteza” em torno do outlook.

  • Prossegue o sell-off de dívida britânica decorrente dos receios em torno da política orçamental no Reino Unido. A libra atingiu ontem a cotação mais baixa face ao dólar desde Nov 2023 (GBP/USD 1.224) e os Gilts voltaram a desvalorizar esta manhã, com as yields a 2 e a 10 anos a subirem para 4.52% e 4.81%. Em Portugal, o IGCP procedeu ontem à emissão sindicada de uma nova Obrigação do Tesouro com maturidade em Jun 2035, num montante de EUR 4 mil milhões, a uma yield de 3.074%, abaixo dos níveis de operações semelhantes levadas a cabo recentemente pela Bélgica e Itália.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os mercados accionistas europeus exibem esta 5ª feira variações contidas, sem direcção bem definida, depois da desvalorização generalizada de ontem, num quadro de preocupação renovada acerca da política de tarifas a ser implementada pela futura Administração norte-americana, após a reafirmação, por Donald Trump, das ameaças defendidas na campanha eleitoral. Em contraste com o observado em muitas outras economias, na China permanecem os receios de um fenómeno de deflação. A taxa de inflação homóloga recuou de 0.2% para 0.1% em Dezembro.

  • Intensificaram-se ontem as preocupações em torno da situação orçamental do Reino Unido, tendo ocorrido uma desvalorização acentuada da dívida pública britânica, com subida das respectivas yields. A yield do Gilt a 10 anos subiu ontem 12 bps, avançando já hoje mais 3 bps, para 4.83%, nível mais elevado desde Agosto de 2008. A libra cai hoje pela 3ª sessão consecutiva, recuando 1% face ao dólar, para o nível mais baixo desde Outubro de 2023 (GBP/USD 1.224). Face ao euro, a libra recua para EUR/GBP 0.838. São muitas as vozes que apelam à apresentação de medidas de redução de despesa e aumento de receita públicas pelo actual Governo do Partido Trabalhista.

  • As minutas da última reunião de política monetária do Fed, ontem divulgadas, revelaram de forma clara a intenção dos participantes em abrandar o ritmo de descida dos juros de referência, num quadro de maior incerteza acerca da evolução da inflação. Encontrando-se hoje o mercado accionista nos EUA encerrados por ocasião do funeral do ex-Presidente Jimmy Carter, a atenção dos investidores centra-se agora na publicação, amanhã, dos dados referentes à evolução do mercado de trabalho em Dezembro.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os principais índices accionistas europeus exibiam esta manhã pequenos ganhos, depois de uma sessão negativa, ontem, nos EUA, e já hoje na Ásia. O sentimento dos investidores permanece condicionado pela persistência de pressões inflacionistas nos EUA, levando a um movimento de subida dos juros de mercado. A yield do Treasury a 10 anos aproximou-se ontem dos 4.7%, evoluindo esta manhã em 4.679%, vs. 4.22% há um mês. Esta manhã, foram conhecidos novos indicadores de actividade negativos na Zona Euro. Na Alemanha, registaram-se quedas de 5.4% MoM nas encomendas à indústria e de 0.6% MoM nas vendas a retalho, em Novembro.

  • A estes factores acresce a percepção crescente de imprevisibilidade associada à futura Administração Trump, desta vez após ameaças do próximo Presidente dos EUA à soberania do Canadá, Panamá e Gronelândia/Dinamarca, e com a reafirmação de uma política agressiva de tarifas às importações. O dólar aprecia 0.3% em termos efetivos. O euro recua 0.2% face à divisa americana, para EUR/USD 1.032.  

  • Num novo sinal de que a economia dos EUA se mantém relativamente aquecida, o ISM Serviços sugeriu uma aceleração da actividade no sector em Dezembro. O mercado reagiu, sobretudo, à forte aceleração da componente dos preços. Em Novembro, o número de ofertas de emprego no EUA aumentou para um máximo de 6 meses, sobretudo com o contributo dos serviços. Estes indicadores favoreceram a expectativa de um Fed mais hawkish, com o mercado a adiar para Julho a expectativa a 100% de um corte de 25 bps na target rate dos fed funds. Hoje, merece atenção a divulgação das minutas do último comité de política monetária do Fed, que poderão suportar estas expectativas.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • A inflação homóloga na Zona Euro subiu de 2.2% para 2.4% em Dezembro, em linha com as expectativas. A nível core, a variação homóloga dos preços manteve-se em 2.7%. Estes dados, amplamente antecipados, vêm ilustrar que a descida esperada da inflação para o nível desejado de 2% não é linear, não se alterando a nossa expectativa de que o BCE deverá anunciar novos cortes dos juros de referência ao longo dos próximos meses. O euro aprecia marginalmente, para EUR/USD 1.042 e as yields na Zona Euro mantêm-se relativamente estáveis.

  • A sessão de ontem ficou marcada por uma valorização dos mercados accionistas europeus e dos EUA, liderada pelo sector tecnológico. A cotação da Nvidia atingiu novos máximos, antes da apresentação, já após o fecho do mercado, de novos produtos pela empresa. O sector bancário nos EUA valorizou, beneficiando da notícia de que Michael Barr pretende deixar as suas funções como Vice-Chair do Fed responsável pela supervisão. Esta decisão permitirá a Trump nomear um substituto que promova uma diminuição da regulação bancária. Nos EUA, será hoje conhecido o índice ISM Serviços para Dezembro e o inquérito JOLTS acerca das vagas de emprego em aberto em Novembro.

  • Donald Trump, que tomará posse como Presidente dos EUA no próximo dia 20, veio a público negar rumores que davam conta de que estaria a ponderar uma política de tarifas mais ligeira que o defendido em campanha eleitoral. O iene atingiu já esta terça-feira um novo mínimo desde Julho face ao dólar (USD/JPY 158.42), recuperando ligeiramente (para USD/JPY 157.70) depois de o Ministro das Finanças do Japão ter afirmado que agirá no sentido de contrariar movimentos unidireccionais e abruptos da divisa.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • A semana arranca com ganhos ligeiros nos mercados accionistas europeus, em contraste com perdas generalizadas na Ásia. Os riscos de agravamento das tensões comerciais com os EUA sob a Presidência Trump mantêm os activos chineses sob pressão. Na 6ª feira, os índices accionistas de referência nos EUA encerraram em alta, com o sentimento dos investidores a ser impulsionado pela reeleição do Republicano Mike Johnson para a liderança da Câmara dos Representantes, ultrapassando a resistência de um grupo de conservadores no partido, o que sugere que os Republicanos acabarão por apoiar a política business-friendly e de desregulação do Presidente Trump. Apesar dos ganhos de 6ª feira, a semana ficou marcada por uma clara perda semanal dos mercados accionistas.

  • As yields da dívida norte-americana prosseguem esta manhã uma trajectória de subida (com a taxa do Treasury a 10 anos a ascender a 4.63% e a dos 30 anos a 4.85%), na sequência de comentários do Presidente do Fed de Richmond. Tom Barkin defendeu a sua preferência pela manutenção do actual nível de restritividade da política monetária por um período mais prolongado, dados os riscos inflacionistas que persistem nos EUA. O índice ISM Manufacturing subiu em Dezembro, tendo o sub-índice de novas encomendas revelado o nível mais elevado desde o início de 2024.

  • Esta semana, destaca-se, na Zona Euro, a divulgação da estimativa de inflação para Dezembro (terça-feira), antecipando-se uma subida da taxa homóloga de 2.2% para 2.4%. A nível core, a variação homóloga dos preços poderá ter-se mantido em 2.7%. Nos EUA, o principal destaque vai para os dados do mercado de trabalho em Dezembro (6ª). Espera-se uma diminuição da criação de emprego, de 227 mil para cerca de 160 mil. Antes, serão conhecidos o índice ISM Serviços de Dezembro (terça) e as minutas da última reunião do Fed (4ª), da qual resultou um novo corte de 25 bps do target para a taxa fed funds
Ver diário completo Ver diário completo

Dezembro 2024

  • Os principais índices accionistas europeus seguiam, esta manhã, com quedas em torno de 1%, ainda a reflectir a expectativa de juros altos por mais tempo após a reunião do Fed na 4ª feira, e na expectativa sobre a evolução do deflator do consumo pessoal nos EUA, a divulgar mais logo. Depois da queda dos últimos dias, o euro recuperava face ao dólar, para EUR/USD 1.039. Trump voltou a ameaçar a Europa com a imposição de tarifas, caso esta não reduza o seu excedente comercial com os EUA através de aumentos das importações de petróleo e gás americanos
         
  • Hoje, ao final do dia, os EUA enfrentam mais um deadline para um Government shutdown. Um acordo inicial entre Republicanos e Democratas para aprovar legislação orçamental temporária gerou forte oposição de Donald Trump (após críticas ferozes de Elon Musk, actualmente um conselheiro próximo do Presidente-Eleito), perdendo rapidamente apoio. Ontem, uma proposta alternativa dos Republicanos, apoiada por Trump e por Musk, foi chumbada na Câmara dos Representantes, com a oposição dos Democratas e de vários Congressistas Republicanos. Esta proposta cortava várias iniciativas de despesa incluídas anteriormente, mas suspendia o tecto da dívida durante 2 anos (Trump quer esta restrição eliminada antes de tomar posse).  

  • Ontem, o Banco de Inglaterra manteve a Bank Rate inalterada em 4.75%, como esperado. O Governador Bailey referiu que, perante os riscos de persistência da inflação, uma abordagem gradual a novas descidas dos juros é apropriada (esta semana, foi conhecida uma subida da inflação no Reino Unido, em Novembro, de 2.3% para 2.6% YoY). O mercado ainda espera dois cortes dos juros de 25 bps pelo BoE em 2025. Ontem, antes do BoE, o BoJ tinha também mantido os juros de referência inalterados, neste caso em 0.25%, apesar das expectativas de subida da inflação, confirmadas, aliás, esta 6ª feira. Em Novembro, os preços no consumo aceleraram no Japão, de 2.3% para 2.9% YoY

 RETOMAREMOS A PUBLICAÇÃO DO “24 Economia e Mercados DIÁRIO” NO DIA 6 DE JANEIRO DE 2025

Ver diário completo Ver diário completo

  • Como esperado, o Fed reduziu a target rate dos fed funds em 25 bps, para 4.25%-4.5%. Os membros do FOMC reviram em alta as expectativas para a inflação, de 2.1% para 2.5% em 2025 e de 2% para 2.1% em 2026. A nível core, a projecção para o deflator do consumo pessoal sobe de 2.2% para 2.5% no próximo ano e de 2% para 2.2% em 2026. A mediana das projecções para a fed funds rate é, assim, elevada de 3.4% para 3.9% em 2025. Isto significa que o FOMC passou a antecipar apenas 50 bps de cortes dos juros no próximo ano (ou 2 cortes de 25 bps), vs. 100 bps na anterior projecção, em Setembro.   

  • O Chair Powell afirmou que será necessário observar maiores progressos na descida da inflação antes de o Fed avançar com novos cortes. A perspectiva de juros altos por mais tempo penalizou as acções, com o S&P 500 e o Nasdaq a recuarem ontem 2.9% e 3.6%. Esta 5ª feira, registavam-se quedas superiores a 1% no DAX e no Euro Stoxx 600. As yields dos Treasuries a 2 e 10 anos sobem, desde ontem, 8 e 11 bps, no 2º caso após ligeiro recuo, esta manhã, para 2.52%. A yield do Bund a 10 anos subia 4 bps, para 2.29%. O dólar estabilizava esta manhã, após apreciar ontem 1.1% em termos efectivos. O euro recuperava para EUR/USD 1.04, depois de ontem ter tocado nos 1.037 (-1.2% vs. USD). O ganho do dólar penalizou particularmente o real (Brasil) e o won (Coreia do Sul).  

  • Já esta 5ª feira, o Banco do Japão manteve os juros de referência inalterados em 0.25%. Apesar de continuar a ver uma recuperação da actividade e uma tendência de subida da inflação, a autoridade monetária japonesa defende que precisa de mais tempo para avaliar alguns riscos. Ao final da manhã, o Banco de Inglaterra deverá manter a Bank Rate em 4.75%. Depois de conhecida a subida da inflação, em Novembro, de 2.3% para 2.6% YoY, o mercado atenuou as expectativas de cortes dos juros pelo BoE em 2025.    
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os principais índices accionistas europeus evoluíam, esta manhã, entre pequenos ganhos e perdas, depois de uma sessão mista, esta 4ª feira, na Ásia e depois de os índices americanos terem recuado ligeiramente na terça-feira. O sentimento é suportado por notícias de potenciais operações de M&A na banca e no sector automóvel. Por outro lado, o mercado reage ao downgrade, pela Moody’s, do BNP Paribas e do Credit Agricole, reflectindo o anterior downgrade da dívida soberana francesa. Ao nível dos indicadores, destaca-se a subida da inflação no Reino Unido em Novembro, de 2.3% para 2.6% YoY, em linha com o esperado, e suportando as expectativas de que o BoE mantenha a Bank Rate inalterada na reunião de amanhã.

  • Hoje, o Fed deverá cortar a target rate dos fed funds em 25 bps, para 4.25%-4.5%. O ligeiro arrefecimento do mercado de trabalho e a expectativa de que a inflação irá prosseguir um movimento descendente validam a decisão. O maior interesse da reunião deverá centrar-se, contudo, na actualização das projecções económicas dos membros do comité de política monetária do Fed  (incluindo o chamado dot-plot, com as projecções para a taxa fed funds). Recentemente, o Chair Powell referiu que o Fed deve ser mais cauteloso na descida dos juros, tendo em conta o crescimento e a inflação mais elevados que o esperado. Em Novembro, as vendas a retalho aceleraram, com registos de 0.7% MoM e 3.8% YoY.

  • A crescente desconfiança do mercado em relação às finanças públicas do Brasil traduz-se numa pressão sobre o real, o Bovespa e a dívida do país. Com o real a perder 5.7% vs. USD no último mês, o Banco Central do Brasil voltou, ontem, a intervir no mercado cambial, vendendo mais de USD 3 mil milhões
Ver diário completo Ver diário completo

  • Na Alemanha, o índice IFO de clima empresarial voltou a cair em Dezembro, traduzindo uma deterioração do sentimento empresarial alemão mais acentuada que o esperado. O recuo foi muito expressivo na componente de expectativas, o que ilustra os desafios que se colocam à economia alemã. Isabel Schnabel, membro influente da Comissão Executiva, defendeu ontem que as taxas de juro de referência do BCE poderão continuar a ser reduzidas “de forma gradual”. A expressão utilizada sugere a continuação de descidas sucessivas de 25 bps, em vez de um possível corte de magnitude maior. Em França, foi ontem aprovado o projecto de lei especial que permite ao Estado, na ausência de um OE 2025, cobrar impostos e a realizar despesas essenciais a partir do início do ano. O spread da OAT vs. Bund a 10Y sobe marginalmente, para 81 bps.

  • As autoridades chinesas terão fixado um objectivo de crescimento do PIB de 5% em 2025 (idêntico ao definido para 2024) e a elevação do défice orçamental para 4% do PIB no próximo ano. Tratando-se de objectivos em linha com o esperado pelo mercado, e consistentes com o compromisso de expansão da despesa pública, não se regista um impacto relevante no mercado, mantendo-se a cotação USD/CNY estável em torno de 7.285, enquanto o índice Shanghai Composite perdeu 0.7%.

  • No Reino Unido, foi hoje conhecida uma aceleração do salário médio em Outubro, de 4.9% para 5.2% em termos homólogos, um crescimento mais acentuado que o esperado e o mais forte desde Agosto de 2023. Neste contexto, assiste-se esta manhã a um decréscimo claro das expectativas de descida dos juros de referência pelo Banco de Inglaterra ao longo do próximo ano. A libra regressa acima de GBP/USD 1.27.
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os mercados accionistas iniciam a semana com perdas generalizadas, depois de conhecida uma clara (e inesperada) desaceleração das vendas a retalho na China em Novembro, de 4.8% para 3% em termos homólogos, ilustrando de forma evidente a debilidade do consumo das famílias. Na semana passada, as autoridades chinesas indicaram a reanimação do consumo como a principal prioridade económica para o próximo ano, embora sem apresentar medidas concretas. A yield da dívida da China recua 6 bps, para 1.72%, um novo mínimo.

  • O sentimento dos investidores está também a ser penalizado pelo downgrade do rating da dívida francesa de Aa2 para Aa3 anunciado pela agência Moody’s, alinhando-o assim com o nível da S&P e Fitch. A revisão deve-se à deterioração de perspectivas para a situação orçamental do país, e em especial à baixa probabilidade que a agência vê numa redução do défice nos próximos anos. O spread da dívida de França face à Alemanha sobe 2 bps, para 80 bps a 10 anos. O Parlamento alemão vota esta tarde a moção de confiança ao Governo apresentada pelo Chanceler Scholz e que, devendo ser aprovada, determinará a antecipação de eleições gerais para 23 de Fevereiro. 

  • Na Zona Euro, os índices PMI apurados para Dezembro apontam para uma aceleração da actividade nos serviços, com um desempenho consideravelmente mais forte que o esperado. O principal evento da semana deverá ser a reunião do Fed, cujas conclusões serão anunciadas na 4ª feira. Esperamos o anúncio de um novo corte de 25 bps do target para a taxa fed funds. Na 5ª feira, os Bancos de Inglaterra e do Japão deverão manter os respectivos juros de referência inalterados.        
Ver diário completo Ver diário completo

  • O BCE anunciou ontem um novo corte de 25 bps nas taxas de juro de referência, levando a taxa da facilidade de depósito para 3%. A decisão reflecte a expectativa de que a inflação convergirá para o target de 2% de forma sustentada a médio-prazo. As projecções para o crescimento do PIB e para a inflação foram revistas em baixa. O banco central da Zona Euro continua a afirmar-se data dependent, não se comprometendo com uma trajectória específica de alívio monetário.

  • Depreciação do euro, para EUR/USD 1.047 esta manhã. As yields soberanas subiram de forma expressiva na sessão de ontem e prosseguem hoje em alta, reflectindo o recuo das expectativas de cortes mais agressivos nos juros pelo BCE. Recuo mais forte que o esperado das exportações de bens na Alemanha em Outubro (-2.8% MoM).

  • Nas acções, os mercados europeus abriram com ganhos modestos, depois de um fecho negativo na Ásia e, ontem, nos EUA. Nova aceleração dos preços no produtor na economia americana em Novembro, de 2.6% para 3% YoY, acima do esperado. A medida core permaneceu inalterada em 3.4% YoY. Estes dados vieram reforçar os sinais de que as pressões inflacionistas permanecem relevantes nos EUA. Este contexto impulsiona o dólar, que aprecia em termos efectivos pela 6ª sessão consecutiva. 
Ver diário completo Ver diário completo

  • A manhã desta 5ª feira está a ser caracterizada por ganhos generalizados dos mercados accionistas, depois de os índices de referência norte-americanos terem encerrado a sessão de ontem em alta. Na China, a expectativa de que as autoridades venham a anunciar novos estímulos ao consumo impulsionou o mercado accionista. O Banco Nacional da Suíça anunciou esta manhã um corte de 50 bps da sua taxa de juro de referência, para 0.5%, surpreendendo o mercado, que antecipava um movimento de 25 bps. A decisão visa impedir uma apreciação excessiva da divisa, que coloca riscos negativos à estabilidade de preços. O franco suíço recua cerca de 0.6% face ao euro, para EUR/CHF 0.933. Em contraste, o Banco Central do Brasil elevou ontem a taxa Selic em 100 bps, para 12.25%, acima do esperado, visando combater as pressões inflacionistas.

  • O BCE deverá anunciar hoje uma nova descida das taxas de juro de referência de 25 bps, colocando a taxa da facilidade de depósito em 3%. A deterioração do outlook para a economia europeia poderá suscitar o debate em torno de um movimento de maior dimensão, mas acreditamos que, face à atitude de prudência defendida por vários responsáveis, a opção deverá ser a de manter o ritmo de descida dos juros. As novas previsões macroeconómicas deverão rever em baixa as perspectivas para a actividade e para a inflação.

  • Nos EUA, a evolução dos preços no consumidor em Novembro correspondeu inteiramente às expectativas, tendo-se verificado uma subida de 0.3% face ao mês anterior, tanto do índice geral como em termos core. A inflação homóloga subiu, como esperado, de 2.6% para 2.7%, mantendo-se em 3.3% ao nível subjacente. Os preços das despesas de alojamento (shelter) subiram 0.3%, em ligeira desaceleração. Consolidou-se a expectativa de que o Fed procederá na reunião da próxima semana a um novo corte de 25 bps do target para a taxa fed funds.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • A manhã arranca com descidas na generalidade das praças de acções europeias, em linha com o fecho de ontem. Alguns resultados empresariais ajudam a explicar este movimento, como as vendas fracas da Inditex no 3º trimestre. O Chancellor alemão Olaf Scholz deverá apresentar hoje ao Parlamento um pedido de moção de confiança, para ser votada na próxima 2ª feira. As yields dos Bunds alemães seguem relativamente inalteradas esta manhã.

  • O dólar prolonga a sua apreciação e as yields dos Treasuries registam subidas ligeiras em todos os prazos, enquanto os investidores aguardam a divulgação dos números da inflação medida pelo IPC nos EUA em Novembro, esta tarde. É antecipada uma nova subida ligeira da medida total, de 2.6% para 2.7% YoY, mas com a manutenção da taxa core em 3.3% YoY. A libra aprecia face ao euro, para EUR/GBP 0.824, um máximo dos últimos 2 anos e meio, reflectindo a expectativa de que a política monetária tornar-se-á mais acomodatícia na Zona Euro do que no Reino Unido.

  • Os futuros do café arábica atingiram um máximo de 1972, impulsionados pela deterioração das perspectivas para a oferta, dado o clima seco no Brasil (principal produtor mundial) e as condições climatéricas adversas no Vietname. O petróleo prossegue em alta ambos os lados do Atlântico, acompanhando a melhoria das perspectivas para a procura.     
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os mercados accionistas apresentam perdas generalizadas na manhã desta terça-feira, acompanhando a tendência observada nos mercados americanos ontem. Os índices accionistas dos EUA recuaram face aos máximos de 6ª feira, destacando-se a perda da Nvidia (-2.6%), depois de ter sido conhecido que a empresa está sob investigação na China por possível incumprimento da legislação anti-monopólio.

  • Na China, as exportações desaceleraram em Novembro de forma mais acentuada que o esperado (de 12.7% para 6.7% em termos homólogos), e a queda das importações intensificou-se (para -3.9%), pondo em evidência os riscos negativos ao desempenho da economia. As autoridades sublinharam ontem de novo o compromisso com o estímulo à actividade. Após um expressivo ganho inicial no arranque da sessão desta terça-feira, o mercado accionista chinês moderou a sua reacção, avançando o índice Shanghai Composite apenas 0.6%, com os investidores a aguardarem o anúncio de medidas concretas, e a reunião do Central Economic Work Conference, que arranca já amanhã.

  • Em França, o Presidente Macron reunir-se-á hoje com um grupo alargado de partidos políticos, visando alcançar um compromisso para a formação de um novo Governo ou de uma maioria parlamentar que o suporte. O Rassemblement National de Marine Le Pen fez saber que não foi convocado para este encontro. O spread entre as yields da dívida francesa e a alemã continua o movimento de estreitamento dos últimos dias, para 74 bps a 10 anos.    
Ver diário completo Ver diário completo

  • A inflação medida pelo IPC recuou inesperadamente na China em Novembro, de 0.3% para 0.2% YoY, ao mesmo tempo que os preços no produtor registaram uma queda (-2.5% YoY). Num contexto de continuadas pressões deflacionistas, o Politburo anunciou que as autoridades chinesas adoptarão uma política monetária “moderadamente expansionista” em 2025 (a 1ª alteração desde 2011, quando adoptou uma postura “prudente”, dada a subida da inflação). A política orçamental é vista a tornar-se “mais proactiva”. O mercado reagiu favoravelmente, com o Hang Seng a subir 2.8% e com os principais índices europeus a iniciarem a semana com ganhos (+0.24% no Euro Stoxx 600).

  • O preço do petróleo (Brent) subia 1.2% esta manhã, para USD 71.95/barril, em parte em reacção à queda do regime de Bashar  al-Assad na Síria, que veio gerar mais incerteza no Médio Oriente. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 2.78%, com a perspectiva de continuação da instabilidade política (esta semana, o Parlamento fará mais uma tentativa de impeachment do Presidente Yoon Suk Yeol). 

  • Esta semana, o BCE deverá cortar os juros de referência em 25 bps, levando a taxa de juro da facilidade de depósito para 3%. As projecções para o PIB e inflação da Zona Euro deverão ser revistas em baixa. A possibilidade de um corte de 50 bps poderá ser discutida, tendo em conta os actuais riscos negativos para o outlook. Lagarde deverá reforçar a ideia de um BCE data dependent, e pronto a agilizar a política monetária em caso de uma deterioração da actividade. Nos EUA, deverá ser divulgada uma subida da inflação em Novembro, de 2.6% para 2.7% YoY, com o registo core a manter-se em 3.3% YoY. Esta evolução reforçaria a expectativa de um Fed mais cauteloso na descida dos juros. Na China, deverão ser conhecidos crescimentos homólogos de 8.9% e 1% nas exportações e importações de Novembro, no primeiro caso em desaceleração.  
Ver diário completo Ver diário completo

  • A manhã arranca com ganhos ligeiros nas acções da Europa. A travar uma evolução mais benigna do mercado está o recuo inesperado da produção industrial na Alemanha em Outubro (-1% MoM). Em França, o Presidente Macron anunciou que irá nomear um novo Primeiro-Ministro nos próximos dias. O euro segue em torno de EUR/USD 1.058, enquanto as yields da dívida francesa recuam em todos ao prazos. Depois de atingir um máximo de 2012 de 88.4 bps na 2ª feira, o spread da dívida francesa face à alemã continua a recuar, para 74.4 bps

  • Nos EUA, o foco estará sobre a divulgação do relatório de Novembro sobre o mercado do trabalho americano. Prevê-se que tenham sido criados 200 mil novos postos de trabalho, em termos líquidos, a manutenção da taxa de desemprego em 4.1% da população activa e uma desaceleração da remuneração média horária, de 4% para 3.9% YoY. A curva de rendimentos dos EUA regista subidas moderadas nos prazos médios, para 4.16% na yield dos Treasuries a 2Y. Na parte mais longa, as taxas de juro permanecem quase flat

  • Na Ásia, o Nikkei 225 a recuou 0.8%, enquanto que a praça de Shanghai valorizou 1%. A animar o mercado chinês está a expectativa de anúncio de novos estímulos à actividade, no Central Economic Work Conference (4ª feira). Na Índia, o Banco Central decidiu manter inalterada a repo rate, em 6.5%, mas cortou em 50 bps o rácio de reserva de liquidez, para 4%. A rupia permanece estável em USD/INR 84.68.   
Ver diário completo Ver diário completo

  • Como esperado, o Parlamento francês aprovou uma moção de censura contra o Governo, determinando a sua queda e rejeitando assim o OE 2025. O Presidente Macron dirigir-se-á esta noite ao país. É provável que venha a nomear um novo Primeiro-Ministro, mas será difícil conseguir o apoio de um Parlamento altamente fragmentado. Barnier mantém-se, para já, em funções, mas com poderes limitados. A reacção imediata do mercado está a revelar-se benigna, possivelmente pelo facto de os activos franceses terem vindo já a ser penalizados nas últimas semanas, e também por não se anteciparem efeitos de contágio relevantes ao resto da Zona Euro. Os mercados accionistas voltam a exibir ganhos esta manhã, incluindo o francês. O spread da dívida francesa face à Alemanha diminui de 84 para 80 bps nos 10 anos. 

  • Na sessão de ontem, nos EUA, os índices accionistas Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq encerraram em novos máximos históricos, impulsionados pelo tom positivo dos comentários de Jerome Powell. O Chair do Fed vê a economia americana em “notável boa forma”, e vê uma redução dos riscos negativos para o outlook. Será hoje conhecida a evolução semanal dos jobless claims, antes da divulgação, amanhã, dos dados referentes ao mercado de trabalho em Novembro. 

  • Perante o Parlamento Europeu, a Presidente do BCE afirmou que a economia da Zona Euro deverá permanecer frágil no curto prazo, sublinhando a incerteza e os riscos negativos ao crescimento. Christine Lagarde destacou a desaceleração do sector dos serviços e a contracção prolongada da indústria e, no plano externo, os riscos geopolíticos e as ameaças ao comércio internacional.   
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos ligeiros esta 4ª feira, prosseguindo o movimento de valorização de ontem. Não obstante, as atenções dos investidores estão centradas nos desenvolvimentos políticos em França e na Coreia do Sul, bem como na intervenção que Jerome Powell, Chair do Fed, tem agendada para o final da tarde. No plano macroeconómico, serão conhecidos nos EUA o índice ISM Serviços para Novembro e as encomendas dirigidas à indústria em Outubro.

  • Em França, decorrerão esta tarde o debate e a votação das moções de censura apresentadas pela esquerda e pelo Rassemblement National de Marine Le Pen, que já anunciou que vai votar a favor da moção apresentada pela aliança de partidos de esquerda. A confirmar-se, tal levará à queda do Governo do Primeiro-Ministro Michel Barnier. O Presidente Macron terá, assim, de nomear um novo Primeiro-Ministro ou reconduzir Michel Barnier no cargo, mas o risco de uma nova moção de censura é muito elevado em qualquer um dos cenários. Assim, é pouco provável que França venha a ter um OE 2025, devendo o OE 2024 transitar para o novo ano durante alguns meses. O euro recua marginalmente, para EUR/USD 1.050, e o spread da dívida francesa a 10 anos face à Alemanha diminui ligeiramente, para 84 bps.

  • O índice Kospi de Seul recuou 1.4%, depois de o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ter decretado a lei marcial, uma decisão surpreendente e que foi justificada pelo facto de o partido da oposição (Partido Democrático) se encontrar a paralisar a sua governação e em especial a impedir a aprovação do OE 2025. Seis horas depois, o Presidente foi obrigado pelo Parlamento a levantar a lei marcial. Após uma depreciação abrupta esta noite, o won sul-coreano recupera esta manhã, para USD/KRW 1415.   
Ver diário completo Ver diário completo

  • A manhã arranca com ganhos nos principais índices de acções da Europa, liderados pelas tecnológicas. O alemão DAX supera o patamar dos 20000 pontos pela primeira vez, enquanto o francês CAC 40 ganha 0.6%, em linha com a evolução das últimas 3 sessões, apesar da elevada incerteza em torno da possível queda do Governo. O movimento de valorização das techs é suportado pela leitura de que as novas restrições à exportação de produtos tecnológicos americanos para a China são mais suaves que as esperadas.

  • O euro recupera terreno face ao dólar, regressando acima de EUR/USD 1.05. Ontem, a cotação da moeda única foi pressionada pela instabilidade política em França, bem como pelos comentários dovish de Martins Kazaks, do Banco da Letónia, defendendo novos cortes aos juros directores do BCE. Do lado do dólar, assistiu-se a uma apreciação de 0.7% em termos efectivos na sessão de ontem, com a divisa a beneficiar da sinalização de uma moderação do ritmo de contracção da indústria americana. O movimento acabou, no entanto, por se atenuar, depois de o Governador do Fed Christopher Waller ter afirmado que deverá votar a favor de um corte de juros na próxima reunião de política monetária do banco central.

  • No mercado obrigacionista, assiste-se a um movimento de subida moderada das yields soberanas nas economias core da Zona Euro, (e.g. 2.063% no Bund a 10Y). Já em França, as taxas seguem praticamente inalteradas, o que se traduz num encurtamento ligeiro do spread das OATs face à Alemanha, para 86 bps nos 10Y (vs. 88 bps no fecho de ontem, um máximo desde 2012).
Ver diário completo Ver diário completo

  • Os principais índices accionistas europeus abriram a semana em queda (-0.1% no DAX e Euro Stoxx 600), com um aumento dos receios relativamente à situação orçamental e política em França (o CAC recuava 0.9%) e, em geral, com um maior pessimismo relativo à economia da Zona Euro (neste caso, também com a demissão do CEO da Stellantis, Carlos Tavares, mais uma “baixa” da crise no sector automóvel europeu). O euro recuava 0.7% face ao dólar, evoluindo em torno de EUR/USD 1.0505, e a yield do Bund a 10 anos recuava 4 bps, para 2.05%.

  • A situação orçamental e política em França estará hoje em foco, com a votação sobre o Orçamento para a Segurança Social e com a possibilidade de apresentação de uma moção de censura pela Oposição ao Governo de Barnier (que poderia ser votada já na 4ª feira). Um apoio simultâneo da esquerda e extrema-esquerda (Nouveau Front Populaire) e da extrema-direita (Rassemblement National) à moção de censura levaria à queda do Governo sem a aprovação de um Orçamento para 2025. Esta incerteza poderia pressionar em baixa os activos franceses – o spread da dívida pública face ao Bund evoluía em 84 bps, próximo do da Grécia.

  • A yield do Treasury a 10 anos subia 2 bps e o dólar apreciava 0.6% em termos efectivos, depois de, no fim-de-semana, Trump ter ameaçado a imposição de tarifas de 100% às importações dos BRICs, no caso de estas economias se afastarem da utilização do dólar como divisa de referência. Esta semana, deverá ser divulgada na economia americana uma criação de 200 mil empregos em Novembro, em recuperação face aos 12 mil de Outubro (influenciado pela hurricane season). A taxa de desemprego terá permanecido em 4.1% da população activa. Já hoje, o ISM Manufacturing de Novembro deverá indicar a continuação de uma queda da actividade industrial nos EUA, ainda que a um ritmo menor. Na China, o PMI Manufacturing Caixin subiu de 50.3 para 51.5 pontos em Novembro, acima do esperado e sinalizando uma recuperação (e expansão) da actividade industrial, suportada por um aumento das novas encomendas e da produção. 
Ver diário completo Ver diário completo