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economia e mercados

24 Economia e Mercados

  

 

Diário

Publicação diária com os principais indicadores dos mercados financeiros (ações, obrigações, mercado monetário, taxas de câmbio, commodities) e com a análise dos principais “market movers” do dia, incluindo os indicadores de atividade económica, as decisões de política monetária e os eventos políticos mais relevantes.

Fevereiro 2025

  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos moderados na manhã desta 5ª feira, recuperando parcialmente da desvalorização sofrida ontem. O sentimento dos investidores deteriorou-se ontem depois de o Presidente Trump ter formulado novas ameaças de imposição de tarifas de 25% sobre as importações norte-americanas de automóveis, chips e medicamentos em Abril, podendo vir a ser agravadas no futuro. Nos EUA, o S&P 500 encerrou a sessão num novo máximo, tendo ganho 0.2%.

  • O ouro ascendeu já esta 5ª feira a um novo máximo de USD 2947/onça, com as tensões geopolíticas a impulsionar a sua procura. As últimas declarações do Presidente Trump, criticando o Presidente da Ucrânia, aumentaram o nervosismo dos mercados quanto ao evoluir das negociações em curso entre os EUA e a Rússia em relação àquele conflito. O iene avança também, com especulação sobre o aumento da inflação no Japão, que poderá levar o Banco Central a anunciar uma nova subida dos juros de referência. 

  • As minutas da reunião do Fed do final de Janeiro, em que a autoridade monetária decidiu manter o target para a taxa fed funds inalterado em 4.25%-4.50%, revelaram que, desde que o mercado de trabalho continue a apresentar-se robusto, os membros do FOMC pretendem ver novos progressos na descida da inflação antes de ponderar uma nova descida dos juros de referência. Na sessão desta 5ª feira merece destaque a divulgação, nos EUA, dos novos pedidos de subsídio de desemprego na última semana e do índice Philadelphia Fed respeitante a Fevereiro. 
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  • A inflação do Reino Unido subiu, em Janeiro, de 2.5% para 3% YoY, acima do esperado, com os preços dos serviço a aumentarem 5% YoY. A inflação core subiu de 3.2% para 3.7% YoY. O BoE tinha já projectado uma subida da inflação até ao último trimestre deste ano. Mas os números agora divulgados suportam a ideia de alguma persistência de pressões inflacionistas nas principais economias, que se poderão traduzir num quadro de juros elevados por mais tempo. O FTSE 100 oscilava, ao início da manhã, entre pequenos ganhos e perdas, acompanhando o tom misto da maioria dos índices accionistas europeus. A yield dos Gilts a 10 anos subia 5 bps, para 4.61%, vs. aumentos de 1-2 bps no Treasury e Bund, na mesma maturidade. A libra seguia relativamente estabilizada face ao dólar e ao euro.   

  • Ontem, o Presidente Trump afirmou ser provável a introdução de tarifas em torno de 25% sobre as importações americanas de automóveis, de semicondutores e de produtos farmacêuticos, a partir do dia 2 de Abril. Logo a seguir, no entanto, Trump afirmou que pretende “dar tempo” aos parceiros comerciais dos EUA para evitarem estas tarifas, transferindo as suas unidades produtivas para a economia americana. Estas afirmações parecem suportar a expectativa de que, para a Administração Trump, as tarifas são utilizadas, sobretudo, como uma ferramenta negocial. Isto justificará a crescente imunidade dos mercados a estes anúncios.   

  • Na Alemanha, o indicador de sentimento económico ZEW melhorou, em Fevereiro, mais que o esperado (maior subida mensal desde Janeiro de 2023). Para esta evolução terá contribuído a expectativa de que o próximo Governo alemão – a sair das eleições de Domingo, 23 – adoptará uma postura market friendly e estimuladora da procura interna. O mercado continua também a reagir de forma favorável aos contactos entre os EUA e a Rússia, vendo-os como sinal de uma aproximação ao fim da guerra na Ucrânia. E, embora persistam muitas dúvidas e receios sobre o que o entendimento EUA-Rússia possa implicar para a UE, as acções europeias têm beneficiado, em particular no sector da Defesa.
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  • As yields da dívida pública das principais economias da Zona Euro prosseguem o movimento de subida já ontem observado, a que corresponde uma desvalorização dos respectivos títulos. A expectativa de que os países europeus terão de incrementar o investimento e a despesa pública em Defesa está na base deste movimento. A subida de taxas é mais acentuada em prazos mais longos, o que conduz a um aumento da inclinação da curva de rendimentos. Numa reunião promovida pelo Presidente francês, os líderes europeus presentes acordaram apresentar um conjunto de medidas na área da Defesa antes do Conselho Europeu de 20 e 21 de Março. Representantes dos EUA e da Rússia reúnem-se hoje na Arábia Saudita visando preparar um processo negocial que ponha termo à guerra na Ucrânia, que deverá culminar com um encontro dos dois Presidentes.

  • A perspectiva de maior investimento em Defesa na Europa impulsionou ontem as acções das empresas do sector, liderando os ganhos dos mercados accionistas europeus. Os índices DAX e Euro Stoxx 600 renovaram ontem os respectivos máximos históricos, recuando hoje marginalmente. Depois de ontem os mercados norte-americanos terem estado encerrados, as yields dos Treasuries sobem também esta terça-feira, para 4.27% e 4.51% a 2 e a 10 anos, respectivamente.

  • O dólar aprecia esta manhã em termos efectivos, recuperando parcialmente do recuo das últimas sessões. A cotação do euro situa-se, assim, em EUR/USD 1.046. A libra avança face ao euro, para EUR/GBP 0.829, depois de ter sido conhecida esta manhã uma expressiva aceleração dos salários no Reino Unido no 4º trimestre de 2024 (de 5.5% para 6% YoY), levantando questões quanto à expectativa de novas descidas dos juros de Inglaterra nos próximos meses.
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  • As yields da dívida pública a 10 anos das principais economias da Zona Euro subiam, esta manhã, em torno de 5-6 bps (para 2.49% no caso do Bund), ou perto de 10 bps no caso do Reino Unido (para 4.61%). A evolução reflectia a expectativa de que a despesa pública em Defesa dos países europeus será pressionada em alta no futuro próximo (i.e. mais necessidades de financiamento e mais emissões de dívida). Os líderes dos principais países europeus discutem hoje, em Paris, uma estratégia de Defesa comum, em reacção aos sinais de que os EUA se preparam para negociar, com a Rússia, o fim da guerra na Ucrânia em termos desfavoráveis para a própria Ucrânia e para a Europa. Os principais índices accionistas europeus oscilavam, esta manhã, entre pequenos ganhos e perdas.

  • Esta semana, na Zona Euro, o PMI Manufacturing deverá continuar a descrever uma actividade industrial em contracção, ainda que menos acentuada. O indicador relativo aos serviços deverá apontar para um crescimento relativamente estabilizado da actividade no sector. No Reino Unido, espera-se a divulgação de uma aceleração dos preços no consumidor, em Janeiro, para 2.8% YoY, ou para 3.7% YoY a nível core. No Japão, estima-se uma subida da inflação, no mesmo mês, de 3.6% para 4% YoY. Já esta 2ª feira, foi conhecido um crescimento do PIB da economia japonesa, no 4Q 2024, de 0.7% QoQ, vs. 0.4% no 3Q, acima do esperado. Na 4ª feira, o Fed divulga as minutas da última reunião de política monetária, que deverão reforçar a ideia de um Fed em pausa e sem pressa de descer os juros. 

  • No Domingo 23 Fev, terão lugar as eleições legislativas na Alemanha. As sondagens apontam para uma vitória da CDU-CSU, que deverá negociar uma coligação a dois ou a três (com SPD, Verdes e/ou FDP). Uma votação mais expressiva da AfD (direita nacionalista e populista) poderia dificultar uma solução de Governo estável. No período pós-eleições, o mercado procurará sinais de alteração da postura orçamental da Alemanha (mais expansionista?); de reformas estruturais (e.g. alívio da carga regulatória) e de mobilização de uma resposta da UE às pressões da Rússia e dos EUA. Recorde-se que a economia alemã contraiu 0.3% em 2023 e 0.2% em 2024.
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  • A sessão de ontem ficou marcada por uma expressiva valorização dos mercados accionistas europeus e norte-americanos e também da dívida pública na Europa e EUA (com descida das yields), observando-se na manhã desta 6ª feira variações mais contidas. A impulsionar o sentimento dos investidores na sessão de ontem estiveram as conversas telefónicas que Donald Trump teve na 4ª feira com Putin, por um lado, e com Zelensky, por outro. A possibilidade de estas conversas terem marcado o início de um processo negocial que conduza a um cessar-fogo ou mesmo ao final do conflito militar na Ucrânia animou os investidores. 

  • O Presidente Trump anunciou que os EUA vão avançar com a imposição de tarifas recíprocas, mas não para já. A Administração norte-americana procederá antes a um estudo e análise de todas as taxas e barreiras comerciais aplicadas pelos seus parceiros, com o objectivo de serem aplicadas medidas específicas para cada país que reequilibrem as relações comerciais dos EUA com cada parceiro “em condições justas”. O mercado viu neste passo uma nova utilização das tarifas como arma negocial da Administração Trump, com possibilidade de virem a ser objecto de negociação, afastando-se de um cenário de uma guerra comercial mais agressiva. Este facto foi particularmente bem recebido pelos mercados accionistas. Por seu turno, o dólar recuou, situando-se a cotação do euro em EUR/USD 1.048.

  • Nos EUA, os preços no produtor tiveram em Janeiro uma evolução mais desfavorável que o esperado. No entanto, as suas rubricas que entram no cálculo do deflator core das despesas de consumo pessoal, medida de inflação mais acompanhada pelo Fed, apontam para uma desaceleração em termos homólogos. No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego caíram na última semana de 220 para 213 mil
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  • As bolsas europeias apresentam esta 5ª feira ganhos generalizados, prolongando o movimento de valorização das últimas sessões. O sentimento dos investidores está a ser visivelmente favorecido pelo telefonema que decorreu ontem entre os Presidentes dos EUA e da Rússia (a que se seguiu um outro entre os Presidentes dos EUA e da Ucrânia), gerando optimismo quanto a um processo negocial que possa vir a conduzir ao fim do conflito militar na Ucrânia.

  • O PIB do Reino Unido cresceu 0.1% QoQ no 4º trimestre de 2024, o que contrasta com a expectativa de uma ligeira quebra, e sucede a uma estagnação no trimestre anterior. No conjunto do ano de 2024, o crescimento da economia britânica foi de 0.9%, antecipando o Banco de Inglaterra uma expansão de apenas 0.7% em 2025, de acordo com a previsão conhecida na passada semana. A libra aprecia esta manhã, para GBP/USD 1.248 e EUR/GBP 0.834.

  • Nos EUA, os preços no consumidor subiram 0.5% MoM em Janeiro, a maior subida mensal dos preços desde Agosto de 2023. Esta aceleração ficou também patente numa subida inesperada da taxa de inflação homóloga, de 2.9% para 3%. Também ao nível core se observou uma evolução dos preços mais desfavorável que o esperado e que no mês anterior. Esta evolução mais desfavorável dos preços gerou receios de uma possível reversão da trajectória recente de descida de inflação, levando a uma subida das yields da dívida e a um reforço da expectativa de que o Fed manterá uma postura de wait and see, num contexto de condições de mercado de trabalho que continuam a ser robustas.      
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  • Os principais índices accionistas europeus evoluíam esta manhã com ganhos ligeiros (+0.2% no Euro Stoxx 600, para novos máximos), após uma sessão positiva na Ásia, reflectindo notícias favoráveis na earnings season (e.g. resultados positivos da Heineken). O mercado parece continuar a desenvolver alguma insensibilidade à retórica proteccionista crescente nas principais economias. A yield do Treasury a 10 anos prolongava a subida observada ontem, aproximando-se dos 4.55%, com a perspectiva de juros elevados por mais tempo nos EUA. A rendibilidade do JGB a 10 anos atingiu máximos de 14 anos, acima de 1.34%, com comentários hawkish de responsáveis do BoJ.

  • Ontem, no seu testemunho semestral ao Comité de Banca do Senado dos EUA, o Chair Jerome Powell reafirmou que o Fed não tem pressa em voltar a reduzir os juros de referência. A economia e o mercado de trabalho americanos foram descritos como “fortes”, e a inflação como “algo elevada”. O Fed considera que a política monetária é agora “significativamente menos restritiva” do que antes, pelo que não há necessidade de ajustar o nível dos juros. Antes, a Presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, tinha referido que a paciência do Fed era justificada pela incerteza em torno da descida da inflação para os 2% e em torno das políticas económicas de Trump. Neste sentido, Hammack defendeu uma “abordagem Jerry McGuire” à descida dos juros de referência: “Show me the low inflation”.

  • Hoje será conhecida a evolução dos preços no consumo nos EUA, estimando-se que a inflação terá estabilizado em Janeiro na economia americana, em 2.9% YoY, com o registo core a recuar apenas marginalmente, para 3.1% YoY. Não serão ainda sinais de uma inflação baixa. Ontem, Powell foi ainda obrigado a lidar com temas políticos, incluindo as tarifas (“não cabe ao Fed comentar”), os riscos de excessiva desregulamentação e o debanking (negação de serviços bancários por critérios possivelmente políticos). 
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  • Os mercados accionistas europeus exibem pequenos ganhos esta manhã, depois de a sessão de ontem ter sido caracterizada por valorizações generalizadas. Assim, o sentimento dos investidores parece não ter sido significativamente afectado pelo anúncio da aplicação de tarifas de 25% sobre as importações norte-americanas de aço e alumínio e de artigos finais com estes metais, a partir de 12 de Março. Uma vez que ainda falta cerca de um mês para a introdução da medida, o mercado especula sobre a possibilidade de se tratar apenas de uma ameaça que poderia ainda não vir a ser concretizada.

  • Na Ásia, a evolução dos mercados accionistas foi mais desfavorável, enquanto o ouro volta a ascender esta terça-feira a novos máximos (USD 2942/onça), dada a elevada incerteza actual e os receios de que acções de retaliação por parte de outros países venham a determinar um escalar de uma guerra comercial. A este respeito, refira-se que a UE irá responder a qualquer aumento das tarifas dos EUA sobre as suas importações, de acordo com o comunicado da Presidente da Comissão Europeia já hoje publicado. Desde o início do ano, a valorização do ouro ascende a 11%. Também o dólar está a avançar em termos efectivos.

  • Os mercados aguardam com expectativa a intervenção de Jerome Powell, Chair do Fed, esta tarde e amanhã perante o Senado e a Câmara dos Representantes, respectivamente, bem como a divulgação (4ª feira) dos dados de inflação de Janeiro na economia americana. Para já, o mercado mantém a expectativa de que o Fed manterá inalterada a taxa de juro de referência nas próximas reuniões, antecipando um novo corte na 2ª metade do ano. 
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  • O Presidente Trump anunciou a introdução de tarifas de 25% sobre as importações americanas de aço e alumínio, a entrar em vigor esta 2ª feira. Afirmou ainda que, muito em breve, anunciaria novas “tarifas recíprocas” sobre os parceiros comerciais dos EUA. Hoje, entram em vigor as tarifas impostas pela China em retaliação à tarifa adicional de 10% anunciada na semana passada por Trump. O dólar reagia em alta ao cenário de novas tarifas dos EUA, apreciando 0.2% em termos efectivos. Os índices accionistas europeus e os futuros dos índices americanos abriram a semana com ganhos (sugerindo alguma insensibilidade ao tema das tarifas, sendo este o 3º fim-de-semana consecutivo com anúncios de tarifas de 25% por parte de Trump). Ainda assim, o ouro atingiu novos máximos (+1.2%, para USD/onça 2921).

  • Esta semana, deverá ser divulgada uma estabilização da inflação, em Jan, nos EUA, em 2.9% YoY. A nível core, os preços terão desacelerado de 3.2% para 3.1% YoY. O mercado estará atento às intervenções do Chair do Fed no Congresso dos EUA. Powell deverá reafirmar a postura cautelosa do Fed no que respeita a novos cortes dos juros. Hoje, será Lagarde a intervir no Parlamento Europeu, prestando contas sobre a política monetária do BCE. No Reino Unido, espera-se (na 5ª feira) a divulgação de um recuo de 0.1% QoQ no PIB no 4Q’24.

  • Na China, a inflação medida pelo IPC subiu de 0.1% para 0.5% YoY em Janeiro, enquanto a inflação medida pelos preços no produtor manteve a queda homóloga de 2.3% YoY.  Na earnings season, o sector do consumo estará em foco esta semana (e.g. McDonald’s, Coca-Cola, Hermès, Unilever, Nestlé). A nível geopolítico, nota para a Conferência de Segurança em Munique, com desenvolvimentos sobre a questão da Ucrânia.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam variações ligeiras esta manhã, depois de ganhos expressivos na sessão de ontem. De facto, com o avanço de 1.2% ontem registado, o índice Euro Stoxx 600 valoriza mais de 7% desde o início de 2025, mais do dobro do avanço do S&P 500, e atingiu um novo máximo histórico. Merece destaque, ontem, a recuperação do índice CAC 40 para níveis já superiores a 7 de Junho, dia em que o Presidente Macron convocou eleições antecipadas de forma surpreendente, o que levou a um sell-off dos activos franceses. A sessão de hoje deverá ser dominada pela divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho dos EUA em Janeiro.

  • Na Alemanha, a produção industrial sofreu em Dezembro uma quebra muito mais acentuada que o esperado, tendo caído 2.4% face ao mês anterior e 3.1% em termos homólogos. Já as exportações alemãs tiveram um crescimento mais forte que o esperado, de 2.9% em Dezembro face ao mês anterior. O excedente comercial da Alemanha face aos EUA alcançou um novo máximo histórico em 2024.

  • Tal como antecipado, o Banco de Inglaterra anunciou ontem uma nova descida da Bank rate de 25 bps, para 4.5%. Tendo elevado as previsões para a inflação no Reino Unido, o tom do discurso da autoridade monetária foi tendencialmente dovish, enfatizando os riscos negativos ao crescimento. Neste contexto, a libra recuou e o mercado antecipa uma nova descida dos juros em Maio.  
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  • Os mercados accionistas europeus e asiáticos apresentam na sua maioria ganhos ligeiros esta 5ª feira. Na ausência de notícias no plano da política de tarifas dos EUA, o sentimento dos investidores está a ser favorecido por declarações de Scott Bessent. O novo Secretário norte-americano do Tesouro, afirmou que o foco da Administração Trump está na descida da yield do Treasury a 10 anos, e não na redução da taxa de juro de referência. Na Alemanha, as encomendas dirigidas à indústria tiveram um forte crescimento de 6.9% em Dezembro face ao mês anterior. No plano da earnings season, destaque para os bons resultados da Société Générale.

  • Nos EUA, o índice ISM Serviços caiu em Janeiro de 54 para 52.8 pontos, um desempenho mais desfavorável que o esperado e que sugere um abrandamento da actividade nos serviços à entrada de 2025. Destaque-se a queda da componente de novas encomendas, para o nível mais baixo desde Junho, sinalizando um enfraquecimento da procura. A desaceleração na actividade nos serviços que estes dados sugerem contrasta com o maior dinamismo sinalizado pelo índice ISM Manufacturing. 

  • O Banco de Inglaterra deverá anunciar hoje uma descida da Bank rate de 25 bps, para 4.50%, o 3º corte do actual ciclo. Nos EUA, serão conhecidos os resultados da Amazon. De acordo com o indicador do BCE que antecipa a evolução dos salários na Zona Euro, ocorrerá ao longo deste ano uma clara desaceleração salarial. Partindo de 5.3% no 4º trimestre de 2024, a taxa de crescimento dos salários deverá diminuir gradualmente, até 1.5% no 4º trimestre de 2025. Esta sinalização é particularmente relevante para que o BCE mantenha a confiança na trajectória de descida da inflação ao longo deste ano.
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  • Os principais índices accionistas europeus e os futuros dos índices americanos seguiam esta 4ª feira em queda. Ontem, a Alphabet apresentou um crescimento de receitas abaixo do esperado em 2024 e projectou, para 2025, despesas de capital muito acima do esperado, levando a uma reacção adversa do mercado. As acções da empresa caíram mais de 9% no after-hours trading. Do lado positivo, merecem destaque os resultados positivos do Crédit Agricole e do Santander, no 2º caso um máximo histórico e levando ao anúncio de um plano de share buybacks de EUR 10 bn (as acções do banco espanhol valorizavam quase 8% esta manhã). A Novo Nordisk apresentou também resultados favoráveis, projectando uma forte subida das receitas, associada ao aumento da oferta de Ozempic. 

  • Na China, após as comemorações do Ano Novo Lunar, o mercado reabriu com o Shanghai Composite a recuar 0.6%. A tarifa adicional de 10% imposta pelos EUA às importações oriundas da China entrou ontem em vigor e o Governo chinês anunciou medidas de retaliação a partir do dia 10 (tarifas de 15% sobre importações de petróleo e GNL e de 10% sobre equipamento agrícola e material de transporte; restrições às exportações de recursos minerais para os EUA e uma investigação a práticas monopolísticas da Google). Apesar de tudo, as contramedidas da China foram vistas como “contidas”, admitindo-se negociações com os EUA. Ainda na China, o ISM Serviços de Jan recuou inesperadamente, sinalizando um abrandamento da actividade no sector

  • O ouro valorizava 0.7%, para novos máximos, reflectindo os receios associados às guerras comerciais e aos riscos geopolíticos (neste caso depois de Trump ter defendido o controlo da Faixa de Gaza pelos EUA). Ao nível dos indicadores de actividade, destaque para o recuo maior que o esperado dos job openings nos EUA, em Dez’24. Hoje, merece atenção a divulgação do ISM Serviços de Janeiro nos EUA. Na 2ª feira, o ISM Manufacturing tinha sinalizado a 1ª expansão da actividade industrial nos EUA em 26 meses, incluindo um aumento do emprego e uma aceleração dos preços. Em França, o Governo de Bayrou deverá hoje sobreviver a duas moções de censura, permitindo assim a aprovação do OE2025.  
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  • O anúncio, pela Administração Trump, de imposição de tarifas às importações do México, do Canadá e da China e a ameaça de uma acção semelhante sobre a UE marcaram o arranque da semana, penalizando o sentimento dos investidores. Entretanto, foi ontem anunciado pela Presidente do México um acordo com os EUA que permite o adiamento, por um mês, da implementação da tarifa sobre as importações mexicanas. O México ofereceu um reforço do controlo da fronteira com os EUA (com foco na imigração). Horas depois, o Primeiro-Ministro do Canadá anunciou um acordo semelhante (com foco no tráfico de fentanil). O peso mexicano e o dólar canadiano apreciam, retomando os níveis de 6ª feira face ao dólar, que recua em termos efectivos.

  • A única tarifa que entrou hoje em vigor foi a de 10% sobre as importações da China, à qual as autoridades chinesas responderam com um conjunto de medidas retaliatórias (contidas). Estas medidas entrarão em vigor no dia 10, o que sugere a possibilidade de um acordo antes da sua entrada em vigor. Trump manifestou entretanto o desejo de falar com o Presidente Xi. A reacção dos mercados parece também contida, provavelmente interpretando que uma escalada de medidas de retaliação poderá ser evitada. De qualquer modo, os mercados accionistas europeus apresentavam novas perdas esta manhã, após a desvalorização de ontem, que afectou também os mercados dos EUA.

  • O Primeiro-Ministro francês recorreu ontem ao artigo 49.3 da Constituição para aprovar o OE 2025, que contempla uma redução do défice público de 6% para 5.4% do PIB. O partido de esquerda França Insubmissa anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo esta 4ª feira, que poderá não ter sucesso, dado que mais deputados poderão desta vez abster-se. O spread da dívida francesa face à Alemanha a 10 anos diminui para 71 bps, o mais baixo desde Setembro.
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  • A semana iniciou-se com fortes quedas nos mercados accionistas (entre 1.2% e 1.6% na Europa; -2.7% no Nikkei; -2.5% no Kospi da Coreia do Sul), em reacção ao anúncio de imposição de tarifas pelos EUA ao México, Canadá e China, e à ameaça de uma acção semelhante sobre a UE. O sector automóvel europeu era especialmente penalizado. O dólar apreciava 1.1% em termos efectivos, para máximos de 2 anos. O euro (-1.1%), a libra (-0.7%), o peso mexicano (-3%) e o dólar canadiano (-0.5%) recuavam. De notar a ligeira apreciação do iene (0.2%). O preço do petróleo subia (2.1% no WTI e 1.2% no Brent), enquanto o cobre, o aço e a platina desvalorizavam entre 0.8% e 2%.

  • A Administração Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre as importações do México e Canadá (10% no caso de bens energéticos oriundos do Canadá) e de 10% sobre as importações da China. Em retaliação, o Governo do Canadá anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre USD 106 bn de importações oriundas dos EUA. Esperam-se também contramedidas por parte do México e China. Se prolongada no tempo, esta guerra comercial poderá gerar impactos adversos significativos, mais severos no México (80% das suas exportações vão para o mercado americano) e no Canadá (77% das exportações para os EUA). Os EUA serão também ser afectados, via disrupção das cadeias de abastecimento no sector automóvel e um custo mais elevado dos bens energéticos e alimentares, pressionando a inflação em alta.

  • Esta semana, espera-se a divulgação de um recuo da criação de emprego nos EUA, em Jan, com a taxa de desemprego estável em 4.1%. Os ISMs deverão sugerir uma actividade sólida. Na Zona Euro (já esta manhã), espera-se a divulgação de uma inflação estável em Jan (2.4% YoY), com a core a recuar de 2.7% para 2.6%. No Reino Unido, o BoE deve cortar a Bank Rate em 25 bps, para 4.5%. Na earnings season, a Alphabet, Amazon e Novo Nordisk apresentam resultados. Em França, o Governo procura hoje aprovar o seu Orçamento, mesmo sem a aprovação do Parlamento, o que poderá dar origem à votação de uma moção de censura na 4ª feira.
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Janeiro 2025

  • Os mercados accionistas europeus prosseguem a valorização das últimas sessões, com os futuros para os mercados dos EUA também positivos, impulsionados pelos bons resultados apresentados pela Apple e pela Intel. O dólar avança, com a expectativa do anúncio, este fim de semana, das tarifas a aplicar pela Administração Trump sobre as importações do México e do Canadá. A cotação EUR/USD recua para 1.038.

  • Tal como esperado, o BCE reduziu ontem os juros de referência para a Zona Euro, situando-se agora a taxa da facilidade de depósito em 2.75%. Mantém-se a perspectiva de uma recuperação da actividade a prazo, embora a curto prazo persistam elementos de fragilidade. Também ao nível da inflação o BCE considera que se mantém válido o cenário de desinflação. Lagarde considerou os níveis dos juros de referência actuais como sendo ainda restritivos, e anunciou que a 7 de Fevereiro será divulgado um estudo do staff do BCE que apresentará novas estimativas para a taxa de juro neutral (nível que nem estimula nem restringe a actividade económica).

  • A economia dos EUA cresceu 2.3% em termos anualizados no 4º trimestre de 2024, ligeiramente abaixo do esperado. Deve sublinhar-se o forte desempenho do consumo privado, que acelerou para 4.2% em termos anualizados. No ano de 2024, o PIB dos EUA cresceu 2.8%. Ao nível dos preços, o deflator core das despesas de consumo pessoal teve uma variação trimestral anualizada de 2.5%, acima de 2.2% no 3º trimestre, evidenciando a persistência de pressões inflacionistas acima do desejado pelo Fed, o que consolida a expectativa de que o Fed deverá continuar a manter, para já, os juros de referência inalterados. 
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  • O Fed anunciou a manutenção do target para a taxa fed funds no intervalo 4.25%-4.5%, uma decisão amplamente antecipada. A autoridade monetária sublinha a persistência de níveis de inflação “algo elevados”, sugerindo a manutenção dos juros de referência até que a inflação retome o movimento descendente e/ou o mercado de trabalho revele uma deterioração, o que poderá não ocorrer até à próxima reunião, em Março. No plano da earnings season, os resultados da Meta superaram claramente as expectativas, enquanto o lucro da Tesla ficou abaixo do esperado. Já a Microsoft desiludiu os investidores pelas suas previsões de receitas. Já hoje, os resultados do Deutsche Bank ficaram aquém das expectativas. Na Europa, os principais índices accionistas prosseguem a trajectória de valorização das últimas sessões.

  • A economia da Zona Euro registou uma estagnação no 4º trimestre de 2024, depois do crescimento de 0.4% entre Julho e Setembro, um desempenho mais negativo que o esperado que se deveu às duas maiores economias do bloco. O PIB da Alemanha caiu 0.2% QoQ (após +0.1% no 3º trimestre). A economia francesa recuou 0.1%, após o crescimento de 0.4% no 3º trimestre, impulsionado pelos Jogos Olímpicos. Portugal acelerou de forma expressiva, crescendo 1.5% QoQ (1.9% no conjunto do ano).

  • É neste contexto de baixo crescimento da Zona Euro (e de riscos negativos) que o Banco Central Europeu deverá anunciar hoje uma nova descida dos juros de referência de 25 bps, com a taxa da facilidade de depósito a recuar para 2.75%. Nos EUA, será conhecida a estimativa para o crescimento do PIB no 4º trimestre de 2024 (esperando-se uma desaceleração de 3.1% para 2.6% em termos anualizados) e serão apresentados os resultados da Apple para o mesmo trimestre. 
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  • Os principais índices accionistas europeus registavam ganhos esta manhã (+0.4% no Euro Stoxx 600), beneficiando da divulgação de resultados positivos pela ASML. A empresa holandesa, de equipamentos de produção de microprocessadores, reportou um crescimento de 24% YoY nas vendas no 4Q’24 e encomendas de EUR 7.1 mil milhões, acima da expectativa do mercado de EUR 4 mil milhões. O sentimento na Europa beneficia, também, da recuperação parcial dos índices americanos na sessão de ontem, após o sell-off das tecnológicas registado na véspera. O sector tecnológico manter-se-á hoje em foco, com a divulgação dos resultados da Microsoft, Meta e Tesla.  

  • Hoje, o Fed deverá manter os juros de referência inalterados em 4.25%-4.5%, não se esperando alterações na sua mensagem. A relativa robustez da actividade, a persistência da inflação e os potenciais riscos inflacionistas associados ao programa económico de Trump levam o Fed a não ter pressa em voltar a descer os juros. O Chair Powell deverá ser questionado sobre os impactos potenciais das políticas de Trump, bem como sobre os receios de perda de independência do Fed, depois de o Presidente ter pressionado a autoridade monetária a baixar os juros.

  • O dólar seguia relativamente estabilizado esta manhã. As yields do Treasury e Bund a 10Y recuavam 2 bps.  Hoje, o Banco do Canadá deverá cortar a sua taxa directora em 25 bps, para 3%. Na Suécia, o Riksbank cortou hoje os juros em 25 bps, para 2.25%. No Brasil, o Banco Central deverá subir a taxa Selic em 100 bps, para 13.25%. Ontem, soube-se que, nos EUA, o indicador de confiança dos consumidores medido pelo Conference Board recuou em Janeiro mais que o esperado, penalizado pelas preocupações com a inflação e com as condições do mercado de trabalho (empregos vistos como mais difíceis de obter).
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  • O dólar avança esta terça-feira, depois de o Presidente Trump ter reafirmado que pretende tarifas “muito maiores” sobre todas as importações. Estes comentários constituíram uma reacção à notícia de que o Secretário do Tesouro seria favorável à imposição de uma tarifa universal de 2.5% num primeiro momento, que seria aumentada mensalmente pelo mesmo montante. Trump acrescentou que “muito em breve” anunciará tarifas sobre as importações de semicondutores, produtos farmacêuticos e alguns metais (aço, cobre e alumínio), visando um incremento da sua produção nos EUA. Neste contexto, o dólar recupera 0.5% em termos efectivos. A cotação EUR/USD recua para 1.043.  

  • Os mercados accionistas europeus apresentam esta manhã ganhos ligeiros, depois de ontem terem sofrido perdas generalizadas. A desvalorização de ontem foi liderada pelo sector tecnológico, e foi particularmente acentuada nos EUA. O sell-off no sector tecnológico ontem registado deveu-se aos receios motivados pela startup chinesa DeepSeek, concorrente do ChatGPT. A aplicação, mais cost-effective que as concorrentes americanas, o que acentuou o receio de que as elevadas avaliações do sector possam ser excessivas. É de destacar a desvalorização de 17% da Nvidia, que corresponde à maior queda de sempre de uma empresa em valor de mercado (USD 589 mil milhões). Os futuros para o mercado americano sugerem uma recuperação na sessão de hoje

  • O aumento da aversão ao risco levou a um refúgio na dívida pública americana e europeia. As yields dos Treasuries recuaram 7 e 9 bps a 2 e a 10 anos, subindo hoje 2 e 3 bps respectivamente. Serão hoje conhecidos, nos EUA, o índice de confiança dos consumidores do Conference Board para Janeiro e as encomendas de bens duradouros em Dezembro. 
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  • A manhã desta 2ª feira está a ser marcada por uma clara desvalorização dos mercados accionistas europeus, bem como dos futuros para os mercados dos EUA. As quedas são lideradas pelo sector tecnológico, reflectindo notícias de que o concorrente chinês do ChatGPT, o DeepSeek, se tornou a app gratuita com melhores classificações na App Store da Apple nos EUA. O sentimento no mercado é também condicionado, esta manhã, pela divulgação de indicadores desfavoráveis na China, onde o PMI Manufacturing oficial recuou inesperadamente em Janeiro, de 50.1 para 49.1 pontos (sugerindo uma contracção).

  • A desvalorização do mercado accionista europeu ocorre apesar da divulgação, na Alemanha, de uma subida ligeira do índice IFO de clima empresarial em Janeiro, de 84.7 para 85.1 pontos. Na verdade, a melhoria deveu-se exclusivamente à avaliação da situação actual, em particular nos serviços. A componente de expectativas deteriorou-se de novo, de forma inesperada, ilustrando o pessimismo dos empresários alemães à entrada do novo ano. O euro seguia relativamente estabilizado, em EUR/USD 1.049.

  • A semana será bastante preenchida no que respeita a eventos e indicadores de actividade. Merecem especial atenção as várias reuniões de política monetária. Nos EUA, o Fed deverá manter os juros inalterados. Ainda nos EUA, espera-se a divulgação de que o PIB terá abrandado no 4Q’24, de 3.1% para 2.7%. Na Zona Euro, o BCE deverá cortar taxas directoras em 25 bps e manter um easing bias. O PIB da Zona Euro terá crescido 0.1% QoQ no 4Q’24 (vs. 0.4% no 3Q). Na earnings season, destaca-se divulgação dos resultados do 4Q 2024 da Microsoft, Meta, Tesla e Apple.
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  • Os mercados accionistas apresentam ganhos generalizados a nível mundial, impulsionados por comentários dos Presidente Trump que sugerem uma abordagem menos agressiva relativamente à política de tarifas sobre as importações da China. O conjunto de comentários do novo Presidente respeitantes a tarifas desde 2ª feira, dia em que tomou posse, sugere um afastamento do pior cenário de uma tarifa de 60% sobre as importações chinesas que chegou a ser ameaçada durante a campanha eleitoral. Trump reconheceu que a ameaça de tarifas confere um “poder tremendo” aos EUA, o que parece confirmar a ideia de que constituirão sobretudo uma arma negocial. O renminbi apreciou expressivamente, bem como a generalidade das divisas das economias emergentes.

  • O Banco do Japão anunciou a subida da sua taxa de juro de referência, de 0.25% para 0.50%, num quadro aumento da inflação mais rápido que o antecipado anteriormente. Se a aceleração dos preços prosseguir, a autoridade monetária japonesa prosseguirá a trajectória de subida dos juros de referência, que estão agora ao nível mais alto dos últimos 17 anos. O iene aprecia, com a cotação USD/JPY em torno de 155.  

  • Na Zona Euro, o índice PMI Compósito subiu em Janeiro de 49.6 para 50.2 pontos, acima do esperado. Este nível sugere a 1ª expansão da actividade desde Agosto. Merece destaque o alívio da quebra da actividade na indústria, o aumento dos custos dos inputs, e também dos preços finais. O emprego e as novas encomendas permanecem em queda, mas menos intensa.  
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  • Numa sessão positiva, ontem, nos EUA, o S&P 500 ficou próximo de fechar num novo máximo. Esta evolução foi explicada pela divulgação de resultados empresariais favoráveis e, sobretudo, pelos ganhos significativos no sector tecnológico, em reacção ao anúncio de uma joint venture da Oracle, Softbank e OpenAI com vista a investimentos em infraestruturas de IA. Na earnings season, destacam-se os ganhos de quase 10% da Netflix, após reportar um aumento record do número de assinantes. Contudo, apenas 2 dos 11 sectores do S&P 500 registaram ganhos, evidenciando a actual importância do sector tecnológico no mercado de acções, bem como as preocupações com as pressões inflacionistas e com os riscos do programa económico de Trump. O índice Russell 2000, com empresas de menor dimensão e pendor mais doméstico, recuou ontem 0.61%.

  • Esta manhã, os principais índices accionistas europeus registavam apenas variações muito ligeiras (0.01% no Euro Stoxx 600, 0.2% no DAX), reflectindo o reporte de alguns resultados de empresas menos favoráveis (e.g. queda de 2 dígitos da Puma, após profit warning e anúncio de programa de redução de custos) e a divulgação de uma queda da confiança dos consumidores em França. As yields do Treasury e Bund a 10Y seguiam relativamente estabilizadas. O dólar apreciava marginalmente, em termos efectivos e face ao euro (para EUR/USD 1.0397). Hoje, merece destaque a intervenção do Presidente dos EUA (por via remota) no World Economic Forum, em Davos

  • Na Zona Euro, os responsáveis do BCE continuam a suportar as expectativas de novos cortes das taxas directoras nos próximos meses, começando pela reunião da próxima semana. Ontem, Jose Luis Escrivá, do Banco de Espanha, referiu que uma nova redução dos juros no final do mês (25 bps) é “muito provável”. Também ontem, a Presidente Lagarde descreveu como “provável” a continuação de uma redução gradual dos juros. Klas Knot, do Banco Central da Holanda, afirmou “não ter objecções” às expectativas do mercado, de cortes de juros nas 2 próximas reuniões do BCE.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos generalizados esta 4ª feira. A impulsionar o sector tecnológico está o anúncio, pelo Presidente Trump, de um elevado investimento em infraestruturas do sector da inteligência artificial nos EUA (USD 100 mil milhões no imediato e até 500 mil milhões em 4 anos), através de uma joint venture com a OpenAI, a Oracle e o Softbank. Os bons resultados do 4º trimestre anunciados pela Adidas e pela Netflix estão também a favorecer o sentimento dos investidores.

  • A valorização das acções europeias ocorre apesar da ameaça do Presidente Trump de imposição de tarifas às importações dos EUA provenientes da UE e da China já em Fevereiro. Na China, os índices accionistas de referência encerraram em queda, com o receio do impacto negativo das tarifas norte-americanas a juntar-se ao risco de atraso da implementação de medidas de estímulo à actividade pelas autoridades. Depois de o dólar ter recuado ontem, assiste-se hoje a uma relativa estabilidade, com a cotação EUR/USD em 1.043.

  • Já esta 4ª feira, a Presidente do BCE sinalizou a continuação da descida gradual dos juros de referência ao longo dos próximos meses, considerando que a autoridade monetária europeia não está a agir “behind the curve”. Lagarde não está excessivamente preocupada com o impacto da política do Presidente dos EUA sobre a economia europeia (em particular um recrudescimento de pressões inflacionistas “exportadas” pelos EUA), reiterando que os riscos ao crescimento são sobretudo negativos.
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  • O dia de ontem e as últimas horas estão a ser marcados pela tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA. Das suas primeiras decisões, merecem destaque: a declaração de emergência nacional na fronteira com o México, reforçando a segurança e impedindo a entrada de migrantes e a declaração de emergência energética nacional, permitindo o aumento de prospecção e produção de petróleo, o que está a conduzir a uma descida dos preços do petróleo. O novo Presidente anunciou também o fim dos incentivos aos veículos eléctricos e às eólicas, e prometeu estimular a indústria automóvel tradicional.

  • Ontem, ainda antes da tomada de posse, o Wall Street Journal dava conta de que Trump não iria para já anunciar qualquer aumento de tarifas sobre as importações, o que conduziu a um recuo do dólar e, em contraste, a uma apreciação das divisas dos seus principais parceiros comerciais, bem como a um maior optimismo nos mercados accionistas europeus. Já esta madrugada, Trump reiterou a intenção de vir a impor tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá, o que poderia ocorrer já a partir de 1 de Fevereiro. Após estas declarações, o peso mexicano e o dólar canadiano perdem mais de 1% esta manhã. Note-se que, para já, a Europa e a China ficaram fora das ameaças de Trump.

  • Os mercados accionistas exibem hoje variações ligeiras, sem direcção bem definida. As empresas da área das energias renováveis desvalorizam, penalizadas pela opção de Trump pelos combustíveis fósseis. Também o sector automóvel europeu apresenta perdas, permanecendo um potencial alvo de tarifas. Esta manhã será conhecido o índice ZEW de expectativas para a economia alemã. Após o fecho do mercado nos EUA, serão divulgados os resultados da Netflix para o 4º trimestre de 2024.
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  • Os índices accionistas europeus evoluíam maioritariamente em alta ligeira esta manhã (+0.1% no Euro Stoxx 600), depois de uma sessão positiva, esta 2ª feira, na Ásia (+1.17% no Nikkei). A yield do Bund a 10 anos segue relativamente estabilizada, em 2.53%. O euro aprecia 0.38% face ao dólar, para EUR/USD 1.0315. O preço do petróleo (Brent) recua 0.4%, para USD 80.45/barril, e o ouro avança 0.1%. Hoje, os mercados estarão encerrados nos EUA, devido ao feriado do Martin Luther King Day.

  • O dia e a semana serão marcados pela tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA. As medidas que poderão/deverão ser anunciadas imediatamente após a tomada de posse são as que dependem de ordens executivas, e não de legislação do Congresso, e deverão incluir a o reforço do controlo das fronteiras, a deportação de imigrantes, o anúncio de uma 1ª fase de aumentos de tarifas e medidas de desregulamentação em sectores como a energia e o sector financeiro. Legislação com vista à redução de impostos deverá marcar a actuação do Congresso nos próximos meses.

  • Numa semana fraca em indicadores de actividade, destaca-se a divulgação, na Zona Euro, dos PMIs e da confiança no consumo de Janeiro, para os quais se esperam quedas marginais. Na Alemanha, espera-se um recuo do indicador de sentimento ZEW. No Japão, espera-se a divulgação de uma subida da inflação em Dezembro, para 3% YoY. Neste contexto, o Banco do Japão poderá subir os juros de referência, de 0.25% para 0.5%, uma decisão com potencial impacto relevante nos mercados. Hoje, inicia-se o World Economic Forum, em Davos.
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  • O PIB da China cresceu 1.6% QoQ e 5.4% YoY no 4Q’24, acima do esperado e em aceleração face ao 3Q, beneficiando dos vários estímulos de política levados a cabo na 2ª metade do ano. Estes registos permitiram reportar um crescimento anual de 5% na economia chinesa no conjunto de 2024 (vs. 5.2% em 2023), em linha com a meta estabelecida. Em Dez, as vendas a retalho cresceram 3.7% YoY, vs. 3% YoY em Nov, enquanto a produção industrial cresceu 6.2% YoY, vs. 5.4% em Nov. A economia chinesa mantém-se condicionada por níveis elevados de endividamento, pressões deflacionistas e riscos associados a guerras comerciais.

  • Nos EUA, as vendas a retalho cresceram 0.4% MoM e 3.9% YoY em Dez, abaixo do esperado e em desaceleração face ao mês anterior. Apesar de tudo, estes números sugerem a continuação de uma relativa robustez do consumidor americano. No Reino Unido, o indicador do PIB mensal subiu 0.1% em Novembro, abaixo do esperado, após quedas de 0.1% nos dois meses anteriores. Os serviços lideraram a expansão da actividade, mantendo-se a indústria em contracção. Já em Dez, as vendas a retalho caíram 0.3% MoM no Reino Unido, um registo abaixo do esperado, levando a libra a recuar 0.38% face ao dólar, para GBP/USD 1.22.

  • Os índices accionistas europeus registavam ganhos em torno de 0.5%-0.9% esta manhã, depois de uma sessão negativa, ontem, nos EUA, liderada por quedas nas tecnológicas. O dólar apreciava 0.1% em termos efectivos e o petróleo valorizava 0.5% no Brent e 0.65% no WTI, para USD 81.7 e 79.2/barril, apesar de notícias positivas sobre o cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Scott Bessent, próximo Secretário do Tesouro dos EUA, defendeu no Senado a necessidade vital de o Congresso renovar os cortes de impostos de 2017. Admitiu ainda a possibilidade de sanções às petrolíferas russas e afirmou como crítica a manutenção do dólar como divisa de referência nas reservas externas.   
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  • Os mercados accionistas exibem esta 5ª feira um desempenho favorável a nível global, beneficiando da evolução benigna da inflação core nos EUA, e que conduziu a um desempenho particularmente expressivo dos índices de referência norte-americanos. O sector tecnológico lidera as valorizações, favorecido também pelo outlook favorável emitido pela TSMC, renovando o entusiasmo em torno do investimento em inteligência artificial. O anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, estará também a contribuir para a melhoria do sentimento dos investidores. Contudo, o Primeiro-Ministro de Israel afirmou já esta 5ª feira que há ainda pontos importantes a acordar, pelo que há ainda riscos importantes quanto à sua efectiva concretização.

  • Tendo o índice de preços no consumidor nos EUA tido em Dezembro a evolução antecipada pelo mercado (+0.4% MoM e +2.9% YoY), o índice core (que exclui energia e alimentação não-processada) revelou uma descida da respectiva variação homóloga para 3.2%. Aumentou a probabilidade que o mercado atribui a novas descidas dos juros de referência do Fed. Volta a ser antecipado um novo corte em Julho, depois de ter deixado de ser esperado na 6ª feira, com a divulgação da forte criação de emprego em Dezembro. As yields da dívida americana desceram ontem de forma acentuada (10 e 14 bps a 2 e a 10 anos).

  • Refira-se a depreciação da libra (GBP/USD 1.220 e EUR/GBP 0.843), penalizada pela divulgação de um crescimento do PIB de apenas 0.1% MoM em Novembro. Por seu turno, o iene avança (USD/JPY 155.8), com alguns membros do Banco do Japão a sugerirem a possibilidade de uma subida da taxa de juro de referência já na reunião da próxima semana
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  • Os principais índices accionistas europeus abriram a sessão de 4ª feira com ganhos ligeiros, mais visíveis no Reino Unido. Esta manhã, foi conhecida uma descida inesperada da inflação em Dezembro na economia britânica, de 2.6% para 2.5% YoY. A nível core, os preços no consumo desaceleraram de 3.5% para 3.2% YoY, vs. expectativa de 3.4%. O aparente alívio da inflação levou o mercado a reforçar as expectativas de cortes dos juros de referência pelo BoE em 2025, antecipando agora plenamente 2 cortes de 25 bps. A yield dos Gilts a 10Y recuava 6 bps, para 4.84%, e a libra depreciava marginalmente face ao dólar, para GBP/USD 1.221.

  • Também esta manhã, ficou a saber-se que a economia da Alemanha contraiu 0.2% em 2024, o 2º ano consecutivo de queda da actividade, após -0.3% em 2023. Perante evidência de que a economia da Zona Euro se encontra a perder momentum, alguns responsáveis do BCE, incluindo o Chief Economist Philip Lane e o VP Luis de Guindos, reafirmaram a intenção de a autoridade monetária continuar a reduzir os juros de referência, apesar da expectativa de uma pausa pelo Fed, nos EUA. A yield do Bund a 10Y recuava 2 bps e o euro seguia relativamente estabilizado vs. o USD.

  • O tema do crescimento dos preços mantém-se hoje em foco. A inflação terá voltado a subir nos EUA em Dezembro, de 2.7% para 2.9% YoY, com o registo core a dever manter-se inalterado em 3.3% YoY. A concretizar-se, esta evolução tenderia a reforçar as recentes expectativas de que o Fed fará uma pausa no ciclo de descida dos juros de referência nos próximos meses. Com a economia americana a revelar-se mais robusta que o esperado, os investidores parecem recear que o programa económico da segunda Administração Trump venha “deitar mais achas para a fogueira” no que respeita a pressões inflacionistas.  
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  • A manhã desta terça-feira está a ser caracterizada por ganhos generalizados dos mercados accionistas europeus e asiáticos, após duas sessões de perdas expressivas. A contribuir para a melhoria do sentimento dos investidores está a possibilidade de a equipa económica do Presidente Trump (que tomará posse na próxima 2ª feira) estar a ponderar uma subida gradual das tarifas às importações dos EUA, por oposição a um aumento abrupto implementado num único momento, uma estratégia que visaria impedir aumentos significativos da inflação.  

  • O dólar recua ligeiramente, após 5 sessões consecutivas de apreciação, com a cotação EUR/USD em 1.026 esta manhã. Por seu turno, as yields da dívida pública norte-americana descem também ligeiramente. A taxa do Treasury a 10 anos recua 1 bp, para 4.77%, depois de ter ascendido ontem ao nível mais elevado desde Outubro de 2023 (4.80%). A subida de ontem acompanhou o recuo de expectativas quanto a descidas adicionais do target para a taxa fed funds pelo Fed, após a forte criação de emprego nos EUA em Dezembro conhecida na 6ª feira. É aguardada agora com expectativa, nos EUA, a evolução dos preços no produtor (esta tarde) e no consumidor (4ª feira).

  • Em França, o índice CAC 40 avança esta manhã mais que os seus congéneres, com o sentimento dos investidores a ser favorecido pela possibilidade de o Partido Socialista Francês vir a apoiar no Parlamento o Governo de François Bayrou. O Partido Socialista poderá votar contra uma provável moção de censura ao Governo, exigindo em troca a suspensão da proposta de reforma do sistema de segurança social. O spread da dívida pública de França a 10 anos face à Alemanha diminui 2 bps esta manhã, para 83 bps
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  • Os mercados accionistas iniciam a semana com perdas generalizadas, penalizados pela expectativa de menos descidas dos juros pelo Fed, reforçada pelos dados do mercado de trabalho conhecidos na 6ª feira. As yields sobem nos EUA e na Europa e o dólar aprecia em termos efectivos, com a cotação EUR/USD em 1.022. Os preços do petróleo avançam para os níveis mais altos dos últimos 4 meses (Brent em USD 81.5/barril), depois da introdução de um novo conjunto de sanções dos EUA às petrolíferas russas. 

  • Na 6ª feira, os dados relativos à evolução do mercado de trabalho dos EUA em Dezembro revelaram-se particularmente fortes, tendo-se observado a criação líquida de 256 mil postos de trabalho, acima de 212 no mês anterior. A taxa de desemprego recuou de 4.2% para 4.1% da população activa. Por seu turno, o índice de confiança dos consumidores apurado pela Universidade de Michigan apontou para uma deterioração ligeira do sentimento das famílias em Janeiro. Destacou-se o aumento claro das expectativas de inflação tanto a um prazo de um ano como a um prazo mais alargado.

  • No que respeita à divulgação de indicadores macroeconómicos, merece destaque, esta semana, a inflação nos EUA em Dezembro, na 4ª feira. É esperada uma subida da taxa de inflação homóloga de 2.7% para 2.9%, devendo a inflação core permanecer em 3.3%, pelo 4º mês consecutivo. A confirmar-se, esta evolução ilustra uma certa ausência de progresso na trajectória de descida da inflação, consolidando a expectativa de manutenção dos juros de referência por parte do Fed no curto prazo. Na 6ª feira, será conhecida a estimativa de crescimento do PIB da China no 4º trimestre, que poderá revelar uma aceleração face ao trimestre anterior, e confirmar uma expansão anual “em torno de 5%”.  
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  • Os principais índices accionistas apresentavam uma tendência de queda esta manhã. Na China, o índice Shanghai Composite encerrou a sessão desta 6ª feira a cair 1.3% e o PBoC anunciou a suspensão do seu programa de compra de dívida, procurando contrariar a tendência de queda das yields (que atingiram recentemente mínimos históricos) e a consequente pressão em baixa sobre o renminbi (para níveis anteriormente observados em Set 2023, correspondendo a mínimos desde 2007). 

  • Hoje, merece destaque a divulgação dos dados referentes à evolução do mercado de trabalho dos EUA em Dezembro. É esperada uma diminuição da criação de emprego de 227 mil para cerca de 165 mil. A taxa de desemprego ter-se-á mantido em 4.2% da população activa. Será ainda conhecido o índice de confiança dos consumidores apurado pela Universidade de Michigan para Janeiro.  Ontem, a Presidente do Fed de Boston, Susan Collins, defendeu ser agora apropriado um ritmo mais lento de ajustamento dos juros de referência nos EUA, dada a “considerável incerteza” em torno do outlook.

  • Prossegue o sell-off de dívida britânica decorrente dos receios em torno da política orçamental no Reino Unido. A libra atingiu ontem a cotação mais baixa face ao dólar desde Nov 2023 (GBP/USD 1.224) e os Gilts voltaram a desvalorizar esta manhã, com as yields a 2 e a 10 anos a subirem para 4.52% e 4.81%. Em Portugal, o IGCP procedeu ontem à emissão sindicada de uma nova Obrigação do Tesouro com maturidade em Jun 2035, num montante de EUR 4 mil milhões, a uma yield de 3.074%, abaixo dos níveis de operações semelhantes levadas a cabo recentemente pela Bélgica e Itália.  
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  • Os mercados accionistas europeus exibem esta 5ª feira variações contidas, sem direcção bem definida, depois da desvalorização generalizada de ontem, num quadro de preocupação renovada acerca da política de tarifas a ser implementada pela futura Administração norte-americana, após a reafirmação, por Donald Trump, das ameaças defendidas na campanha eleitoral. Em contraste com o observado em muitas outras economias, na China permanecem os receios de um fenómeno de deflação. A taxa de inflação homóloga recuou de 0.2% para 0.1% em Dezembro.

  • Intensificaram-se ontem as preocupações em torno da situação orçamental do Reino Unido, tendo ocorrido uma desvalorização acentuada da dívida pública britânica, com subida das respectivas yields. A yield do Gilt a 10 anos subiu ontem 12 bps, avançando já hoje mais 3 bps, para 4.83%, nível mais elevado desde Agosto de 2008. A libra cai hoje pela 3ª sessão consecutiva, recuando 1% face ao dólar, para o nível mais baixo desde Outubro de 2023 (GBP/USD 1.224). Face ao euro, a libra recua para EUR/GBP 0.838. São muitas as vozes que apelam à apresentação de medidas de redução de despesa e aumento de receita públicas pelo actual Governo do Partido Trabalhista.

  • As minutas da última reunião de política monetária do Fed, ontem divulgadas, revelaram de forma clara a intenção dos participantes em abrandar o ritmo de descida dos juros de referência, num quadro de maior incerteza acerca da evolução da inflação. Encontrando-se hoje o mercado accionista nos EUA encerrados por ocasião do funeral do ex-Presidente Jimmy Carter, a atenção dos investidores centra-se agora na publicação, amanhã, dos dados referentes à evolução do mercado de trabalho em Dezembro.  
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  • Os principais índices accionistas europeus exibiam esta manhã pequenos ganhos, depois de uma sessão negativa, ontem, nos EUA, e já hoje na Ásia. O sentimento dos investidores permanece condicionado pela persistência de pressões inflacionistas nos EUA, levando a um movimento de subida dos juros de mercado. A yield do Treasury a 10 anos aproximou-se ontem dos 4.7%, evoluindo esta manhã em 4.679%, vs. 4.22% há um mês. Esta manhã, foram conhecidos novos indicadores de actividade negativos na Zona Euro. Na Alemanha, registaram-se quedas de 5.4% MoM nas encomendas à indústria e de 0.6% MoM nas vendas a retalho, em Novembro.

  • A estes factores acresce a percepção crescente de imprevisibilidade associada à futura Administração Trump, desta vez após ameaças do próximo Presidente dos EUA à soberania do Canadá, Panamá e Gronelândia/Dinamarca, e com a reafirmação de uma política agressiva de tarifas às importações. O dólar aprecia 0.3% em termos efetivos. O euro recua 0.2% face à divisa americana, para EUR/USD 1.032.  

  • Num novo sinal de que a economia dos EUA se mantém relativamente aquecida, o ISM Serviços sugeriu uma aceleração da actividade no sector em Dezembro. O mercado reagiu, sobretudo, à forte aceleração da componente dos preços. Em Novembro, o número de ofertas de emprego no EUA aumentou para um máximo de 6 meses, sobretudo com o contributo dos serviços. Estes indicadores favoreceram a expectativa de um Fed mais hawkish, com o mercado a adiar para Julho a expectativa a 100% de um corte de 25 bps na target rate dos fed funds. Hoje, merece atenção a divulgação das minutas do último comité de política monetária do Fed, que poderão suportar estas expectativas.  
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  • A inflação homóloga na Zona Euro subiu de 2.2% para 2.4% em Dezembro, em linha com as expectativas. A nível core, a variação homóloga dos preços manteve-se em 2.7%. Estes dados, amplamente antecipados, vêm ilustrar que a descida esperada da inflação para o nível desejado de 2% não é linear, não se alterando a nossa expectativa de que o BCE deverá anunciar novos cortes dos juros de referência ao longo dos próximos meses. O euro aprecia marginalmente, para EUR/USD 1.042 e as yields na Zona Euro mantêm-se relativamente estáveis.

  • A sessão de ontem ficou marcada por uma valorização dos mercados accionistas europeus e dos EUA, liderada pelo sector tecnológico. A cotação da Nvidia atingiu novos máximos, antes da apresentação, já após o fecho do mercado, de novos produtos pela empresa. O sector bancário nos EUA valorizou, beneficiando da notícia de que Michael Barr pretende deixar as suas funções como Vice-Chair do Fed responsável pela supervisão. Esta decisão permitirá a Trump nomear um substituto que promova uma diminuição da regulação bancária. Nos EUA, será hoje conhecido o índice ISM Serviços para Dezembro e o inquérito JOLTS acerca das vagas de emprego em aberto em Novembro.

  • Donald Trump, que tomará posse como Presidente dos EUA no próximo dia 20, veio a público negar rumores que davam conta de que estaria a ponderar uma política de tarifas mais ligeira que o defendido em campanha eleitoral. O iene atingiu já esta terça-feira um novo mínimo desde Julho face ao dólar (USD/JPY 158.42), recuperando ligeiramente (para USD/JPY 157.70) depois de o Ministro das Finanças do Japão ter afirmado que agirá no sentido de contrariar movimentos unidireccionais e abruptos da divisa.  
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  • A semana arranca com ganhos ligeiros nos mercados accionistas europeus, em contraste com perdas generalizadas na Ásia. Os riscos de agravamento das tensões comerciais com os EUA sob a Presidência Trump mantêm os activos chineses sob pressão. Na 6ª feira, os índices accionistas de referência nos EUA encerraram em alta, com o sentimento dos investidores a ser impulsionado pela reeleição do Republicano Mike Johnson para a liderança da Câmara dos Representantes, ultrapassando a resistência de um grupo de conservadores no partido, o que sugere que os Republicanos acabarão por apoiar a política business-friendly e de desregulação do Presidente Trump. Apesar dos ganhos de 6ª feira, a semana ficou marcada por uma clara perda semanal dos mercados accionistas.

  • As yields da dívida norte-americana prosseguem esta manhã uma trajectória de subida (com a taxa do Treasury a 10 anos a ascender a 4.63% e a dos 30 anos a 4.85%), na sequência de comentários do Presidente do Fed de Richmond. Tom Barkin defendeu a sua preferência pela manutenção do actual nível de restritividade da política monetária por um período mais prolongado, dados os riscos inflacionistas que persistem nos EUA. O índice ISM Manufacturing subiu em Dezembro, tendo o sub-índice de novas encomendas revelado o nível mais elevado desde o início de 2024.

  • Esta semana, destaca-se, na Zona Euro, a divulgação da estimativa de inflação para Dezembro (terça-feira), antecipando-se uma subida da taxa homóloga de 2.2% para 2.4%. A nível core, a variação homóloga dos preços poderá ter-se mantido em 2.7%. Nos EUA, o principal destaque vai para os dados do mercado de trabalho em Dezembro (6ª). Espera-se uma diminuição da criação de emprego, de 227 mil para cerca de 160 mil. Antes, serão conhecidos o índice ISM Serviços de Dezembro (terça) e as minutas da última reunião do Fed (4ª), da qual resultou um novo corte de 25 bps do target para a taxa fed funds
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