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economia e mercados

24 Economia e Mercados

  

 

Diário

Publicação diária com os principais indicadores dos mercados financeiros (ações, obrigações, mercado monetário, taxas de câmbio, commodities) e com a análise dos principais “market movers” do dia, incluindo os indicadores de atividade económica, as decisões de política monetária e os eventos políticos mais relevantes.

Junho

  • Expectativa de alívio da inflação na Zona Euro em Junho. Segundo os números conhecidos já hoje, a taxa de inflação no consumidor recuou em França e Espanha, para 2.1% YoY e 3.4% YoY respectivamente. Esta tarde, será divulgada a evolução do deflator das despesas de consumo pessoal nos EUA em Maio, mantendo a evolução dos preços nas principais economias no centro das atenções dos investidores. É esperada a sinalização, também, de um alívio, para 2.6% YoY tanto na medida headline como na core.

  • Ontem, assistiu-se a um movimento da recuo moderado da curva de rendimentos dos Treasuries, reflectindo um reforço da expectativa de corte de juros pelo Fed este ano. Na base esteve o aumento do número de pedidos recorrentes de subsídio de desemprego na economia americana, para o valor mais elevado desde o final de 2021. Na Zona Euro, a tendência desta manhã é, igualmente, de descida nas yields soberanas de longo prazo. Excepção feita para as yields das OATs, que registam pequenas subidas, na véspera da 1ª ronda das eleições legislativas em França (este Domingo), elevando o spread face à Alemanha para 83 bps nos 10Y (um máximo desde 2012).

  • Nos câmbios, assistiu-se a uma apreciação do dólar esta noite, para cerca de EUR/USD 1.069, depois da fraca performance de Joe Biden no debate presidencial. O movimento de apreciação do dólar foi, entretanto, atenuado, trazendo a cotação EUR/USD para cerca de 1.07 esta manhã. No Japão, a apreciação do dólar levou o iene a recuar para o valor mais enfraquecido desde 1986 (USD/JPY 161.27). Também este movimento se atenua esta manhã, para USD/JPY 160.9.  
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam variações contidas esta 5ª feira, sem direcção bem definida, enquanto na Ásia se registam perdas generalizadas. Na Europa, os mercados estão particularmente expectantes relativamente às eleições legislativas em França dos próximos dois Domingos. Nos EUA, as vendas de novas habitações exibiram uma acentuada queda de 11.3% em Maio face ao mês anterior, o mais recente sinal de que os preços da habitação elevados e a continuação de níveis de juros relativamente altos estão a condicionar o desempenho do mercado imobiliário.

  • Merece destaque, hoje, a divulgação dos novos pedidos de subsídio de desemprego na última semana e das encomendas de bens duradouros em Maio. As yields da dívida pública norte-americana registaram ontem subidas nos prazos mais longos e o dólar ganhou terreno, ainda reflectindo o impacto das palavras de Michelle Bowman, do Conselho de Governadores do Fed, na terça-feira, defendendo ser ainda inadequada uma descida dos juros, dada a persistência de inflação elevada nos serviços. Esta intervenção consolidou, assim, a percepção de “taxas de juro altas durante mais tempo”.

  • A apreciação do dólar foi mais acentuada em relação ao iene, que atingiu esta noite um mínimo desde 1986 (com a cotação USD/JPY em 160.8). Em relação ao euro, a divisa nipónica perdeu também terreno, atingindo EUR/JPY 171.8, a cotação mais enfraquecida desde a criação da moeda única, em 1999. O iene permanece, assim, pressionado pela perspectiva de continuação de uma política monetária consideravelmente mais expansionista do Banco do Japão relativamente à conduzida pelos outros principais bancos centrais. 
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos generalizados esta 4ª feira, acompanhando a tendência observada também na Ásia e depois de uma valorização de 1.3% do índice Nasdaq ontem. A impulsionar o sentimento dos investidores esta manhã estará a consolidação das expectativas de novas descidas dos juros de referência pelo BCE, depois de comentários de Olli Rehn. O Governador do Banco da Finlândia considera “razoáveis” as actuais expectativas do mercado, que apontam para duas descidas adicionais das taxas de juro de referência do BCE até ao final do ano (trazendo a taxa da facilidade de depósito para 3.25%), e outras 4 descidas em 2025.

  • Nos EUA, o índice de confiança dos consumidores apurado pelo Conference Board recuou em Junho, de 101.3 para 100.4 pontos, em resultado de uma deterioração das perspectivas para a economia, para o mercado de trabalho e para o rendimento. Também na Alemanha, foi conhecida já esta manhã uma degradação da confiança dos consumidores, o que, conjugado com a queda dos índices ZEW e IFO de Junho, ilustra os desafios que se colocam ao desempenho da maior economia europeia.

  • O euro recua, para níveis inferiores a EUR/USD 1.07. O debate televisivo da noite passada entre os 3 principais candidatos a Primeiro-Ministro em França revelou as acentuadas divergências nos seus programas económicos, ilustrando a difícil governabilidade do país que pode resultar das eleições legislativas dos próximos dois Domingos, no caso de um parlamento fragmentado. O spread da dívida francesa a 10 anos face à Alemanha mantém-se em 76 bps.  
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  • As praças europeias abriram esta terça-feira com perdas nas acções, lideradas pelo sector tecnológico, em linha com o fecho de ontem dos principais índices americanos. O movimento foi espoletado pela queda de 6.7% na Nvidia, que contagiou todo o sector e suportou perdas de 2.1% no S&P Info Technology e 1.1% no Nasdaq. A desvalorização de ontem da Nvidia prolonga a trajectória das últimas sessões, iniciada depois de esta ter atingido um novo máximo histórico na passada terça-feira.

  • O iene permanece relativamente estável, com a cotação USD/JPY abaixo dos 160. As minutas da última reunião do Banco do Japão, que foram conhecidas ontem, revelaram que os policy makers japoneses estão divididos quanto ao timing para uma eventual nova subida dos juros directores, face ao aumento das pressões inflacionistas. O mercado interpretou o tom das minutas como relativamente hawkish, o que alimentou uma subida da yield japonesa a 10Y para 0.995%, um máximo desde 12 de Junho.

  • No mercado obrigacionista, assiste-se a um recuo ligeiro das yields soberanas da Zona Euro. O spread entre a taxa da dívida de França e da Alemanha a 10 anos prossegue em baixa, recuando para 76 bps esta manhã, depois de ter encerrado a última semana em 80 bps, um máximo intraday desde 2017. Esta noite decorrerá um debate televisivo entre os principais candidatos a Primeiro-Ministro de França. Nos EUA, será conhecido o registo de Junho do índice de confiança dos consumidores, apurado pelo Conference Board.  
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  • Depois de o final da passada semana ter ficado marcado por perdas dos mercados accionistas europeus, registam-se esta manhã ganhos moderados. Na 6ª feira, a descida inesperada dos índices PMI da Zona Euro relativos a Junho, sinalizando uma desaceleração da actividade no final do 2º trimestre, contribuiu para a deterioração do sentimento e para a consolidação da expectativa de uma nova descida de 25 bps dos juros de referência do BCE até Outubro. Já esta manhã, o índice IFO de clima empresarial na Alemanha revelou uma queda inesperada em Junho, de 89.3 para 88.6 pontos, a 1ª em 5 meses, ilustrando os desafios que se colocam à recuperação da maior economia europeia.

  • O spread entre a taxa da dívida de França e da Alemanha a 10 anos reduz-se hoje ligeiramente, para 78 bps, depois de ter encerrado a semana ao nível mais elevado desde 2012 (80 bps). A situação política em França permanecerá seguramente no centro das atenções dos investidores, antes da primeira volta das eleições legislativas antecipadas, no próximo Domingo. As últimas sondagens, conhecidas ao longo da semana, consolidam a expectativa de que o Rassemblement National será a força mais votada, com cerca de 34% dos votos, seguida da coligação de esquerda Nouveau Front Populaire, com 28%.

  • Merece destaque, esta semana, nos EUA, a divulgação (6ª feira) do rendimento e despesa das famílias em Maio e a evolução no mesmo mês do deflator core das despesas de consumo pessoal, medida de inflação mais acompanhada pelo Fed. É esperada uma ligeira desaceleração, com descida das taxas homólogas (de 2.8% para 2.6% na medida core). Na Zona Euro, serão conhecidas as estimativas para a inflação de Junho em França, Espanha e Portugal, na 6ª feira. Na 5ª, a Comissão Europeia divulgará os dados de confiança referentes a Junho. 
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  • Deterioração dos índices de actividade PMI na Zona Euro em Junho, sinalizando que a recente trajectória de recuperação é ainda frágil. A pressionar os indicadores esteve a queda das novas encomendas (a primeira em 4 meses), sobretudo a nível externo, bem como uma deterioração expressiva nas expectativas dos empresários. Mais positiva foi a sinalização de alívio de preços, tanto nos inputs como ao nível das vendas. Foi particularmente evidente a deterioração dos índices PMI em França. O euro recua abaixo de EUR/USD 1.07.

  • O Banco de Inglaterra manteve a Bank rate inalterada em 5.25%, como esperado, mas sugeriu que poderá estar perto de iniciar o ciclo de alívio da restritividade monetária, ao referir que a decisão foi “estreitamente balanceada”. O mercado reagiu com uma antecipação das expectativas de corte dos juros directores, elevando a 96% a probabilidade atribuída a uma descida de 25 bps em Setembro. Já esta manhã, foi conhecida a subida de 2.9% MoM nas vendas a retalho no Reino Unido em Maio, depois de 3 meses de queda.   

  • Nos EUA, foi divulgada a queda de 5.5% MoM na construção de novas habitações em Maio e o recuo de 3.8% MoM no número de novas licenças de construção, ilustrando que a persistência de juros elevados na economia americana estará a condicionar o sector residencial. O número de novos pedidos de subsídio de desemprego desceu apenas ligeiramente, para 238 mil na última semana. Adicionalmente, o aumento do número total de pedidos, o que sugere uma maior dificuldade dos desempregados em encontrarem emprego
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos moderados esta 5ª feira, apontando os futuros norte-americanos também para uma evolução positiva, mantendo-se o entusiasmo em torno do sector tecnológico. O Banco Nacional da Suíça anunciou já hoje uma nova descida da taxa de juro de referência em 25 bps, para 1.25%, justificada pela diminuição de pressões inflacionistas e visará também evitar uma apreciação excessiva do franco suíço (que recua 0.5% face ao dólar e 0.4% face ao euro após o anúncio).

  • Às 12h, o Banco de Inglaterra deverá anunciar a manutenção da Bank rate em 5.25%. Os dados de inflação de Maio, ontem conhecidos, revelando a persistência de pressões inflacionistas significativas nos serviços, levaram o mercado a reduzir a probabilidade de um corte dos juros em Agosto para apenas 35%, antecipando tal movimento na totalidade apenas em Novembro. Nos EUA serão conhecidos hoje os novos pedidos semanais de subsídio de desemprego.  

  • Como esperado, a Comissão Europeia recomendou ontem a abertura de procedimentos por défice excessivo a França, a Itália e a outros 5 Estados-membros (Bélgica, Polónia, Hungria, Eslováquia e Malta) por terem registado um défice orçamental superior a 3% do PIB em 2023. No caso francês, o défice ascendeu a 5.5% do PIB em 2023, sendo grandes os receios de uma deterioração adicional após as eleições legislativas, no caso de uma vitória do Rassemblement Nacional ou do Nouveau Front Populaire, as duas forças políticas que lideram as intenções de voto.  
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  • Depois de ganhos generalizados dos mercados accionistas ontem, as praças europeias apresentam variações contidas esta 4ª feira, sessão em que os mercados nos EUA estarão encerrados. O índice S&P 500 encerrou ontem num novo máximo, impulsionado pelo sector tecnológico e, em particular, pela Nvidia, que valorizou ontem 3.4%, suplantando a Microsoft e a Apple em capitalização bolsista e tornando-se, assim, na empresa de maior valor a nível global. A valorização da Nvidia ascende a 173% só desde o início deste ano, ilustrando o entusiasmo em torno da inteligência artificial.

  • Nos EUA, a produção industrial cresceu 0.9% em Maio face ao mês anterior, em que tinha registado uma estagnação. Do lado do consumo, os sinais foram menos positivos, tendo as vendas a retalho crescido apenas 0.1% em Maio, depois de uma quebra de 0.2% no mês anterior, um desempenho mais fraco que o estimado inicialmente. Tendo em atenção que esta informação é apurada em termos nominais, fica claro o comportamento frágil do consumo das famílias, num contexto de alguns sinais de arrefecimento do mercado de trabalho. As yields da dívida norte-americana recuaram cerca de 5 bps.

  • No Reino Unido, os preços no consumidor subiram 0.3% em Maio, levando a taxa de inflação homóloga a descer, de  2.3% para 2%, situando-se ao nível desejado pelo Banco de Inglaterra pela 1ª vez em quase 3 anos. Contudo, as pressões sobre os preços dos serviços mantêm-se persistentes, desacelerando apenas ligeiramente, de 5.9% para 5.7%. Este facto justificará a apreciação ligeira que a libra revela (EUR/GBP 0.844), que acompanha um decréscimo da probabilidade atribuída a uma descida da Bank rate em Agosto (para cerca de 30%).  
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  • A manhã desta terça-feira arrancou com um tom positivo nas praças europeias, em linha com o fecho de ontem dos índices de acções americanos, que se traduziram em novos máximos históricos no S&P 500 e no Nasdaq. Esta evolução continua a ser alimentada pelo entusiasmo em torno da Inteligência Artificial, bem como pelos sinais resilientes que a actividade económica continua a revelar e pela expectativa de que o Fed cortará os juros de referência ainda este ano.   

  • Em França, a taxa da OAT a 10Y em 3.2%, 3 bps acima da respectiva yield portuguesa. A favorecer a estabilização da curva de rendimentos francesa estiveram as declarações de ontem de Marine Le Pen, líder do Rassemblement National, afirmando que respeita as instituições e que tentará coabitar politicamente com Macron. Nos câmbios, o iene recua 0.2% vs USD, não obstante o Governador Kazuo Ueda ter afirmado perante o parlamento japonês que o banco central pode voltar a subir os juros directores em Julho, caso os indicadores económicos o justifiquem.

  • Esta manhã, foi conhecida uma subida ligeira do índice ZEW de expectativas para a economia alemã em Junho. Esta evolução, abaixo do esperado, é justificada por uma deterioração da avaliação da actual conjuntura. Ontem, foi divulgada uma estabilização da actividade industrial na região de Nova Iorque em Junho, mas ainda sugerindo uma contracção
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  • Os mercados accionistas europeus iniciam a semana com ganhos ligeiros, após as fortes perdas sofridas na passada semana. Mantém-se, no entanto, muito elevada a incerteza em torno das eleições legislativas em França (a 30 de Junho e 7 de Julho), o que é visível na nova subida das yields da dívida francesa (para 3.20% a 10 anos), ampliando o respectivo spread face à dívida alemã para 81 bps, um novo máximo desde 2017. As sondagens mais recentes sugerem a permanência do Rassemblement National a liderar as intenções de voto, seguido pela grande coligação de esquerda formada nos últimos dias.   

  • A informação conhecida já esta 2ª feira para a economia chinesa aponta para um abrandamento expressivo da produção industrial e para um acentuar da quebra do sector imobiliário, aumentando a expectativa de que as autoridades poderão ser forçadas a incrementar a liquidez no mercado. Os preços das habitações novas caíram 0.7% em Abril, acentuando o ritmo de queda. No mesmo sentido evoluiu o investimento no imobiliário, que caiu 10.1% YoY e em termos acumulados desde o início do ano. A produção industrial cresceu 5.6% YoY em Maio, após 6.7% em Abril e consideravelmente abaixo do esperado.

  • Esta semana, merece destaque, nos EUA, a divulgação das vendas a retalho e produção industrial em Maio (terça-feira), podendo ambas revelar uma melhoria face à estagnação de Abril. Na Zona Euro, serão conhecidos na 6ª feira os índices PMI para a actividade na indústria e serviços em Junho, para os quais se espera uma melhoria. Na 5ª feira, o Banco Central da Suíça poderá reduzir a taxa de referência, após o corte de 25 bps em Março (para 1.5%). O Banco de Inglaterra deverá manter inalterada a Bank rate em 5.25% na 5ª feira. Poderá, no entanto, sinalizar uma descida na reunião de 1 de Agosto, num contexto de diminuição expressiva de pressões inflacionistas. 
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  • A maioria dos principais índices accionistas europeus recuava esta manhã, prolongando as fortes desvalorizações ontem registadas. O sentimento dos investidores em relação à Europa continua a ser penalizado pela perspectiva de uma vitória do Rassemblement National nas eleições legislativas de Julho em França, e da consequente adopção de políticas económicas potencialmente mais despesistas e inflacionistas, levou ontem a um alargamento dos spreads dos títulos de dívida pública francesa a 10 anos face ao Bund para máximos desde 2017, que se prolongava esta manhã para cerca de 73 bps, apesar do recuo das yields (e com algum contágio à periferia).

  • Os receios em relação à Europa contrastam com o optimismo no mercado accionista dos EUA, onde o S&P 500 e o Nasdaq voltaram ontem a atingir novos máximos, suportados pelo sector tecnológico e reflectindo a reacção positiva à inflação de Maio divulgada esta semana. No plano cambial, destaque para a depreciação do iene, depois de o BoJ ter adiado para a reunião de Julho os planos de redução da compra de dívida, o que foi lido pelo mercado como um adiamento da normalização da política monetária. 

  • Na 4ª feira, tinha sido divulgada uma descida da inflação nos EUA, em Maio, de 3.4% para 3.3% YoY, ou de 3.6% para 3.4% YoY a nível core, em ambos os casos registos abaixo do esperado. Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego subiram inesperadamente na semana até 8 Jun, num sinal de arrefecimento do mercado de trabalho. Na 4ª feira, o Fed manteve os juros de referência inalterados (em 5.25%-5.5%), projectando agora apenas 1 corte da target rate dos fed funds em 2024, abaixo dos 3 cortes anteriormente esperados. O Fed reconhece “progressos moderados” na desaceleração dos preços, mas espera por mais dados que confirmem a convergência da inflação para a meta.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos ligeiros esta manhã, após duas sessões de quedas motivadas pelos resultados das eleições europeias e pela convocação de eleições legislativas antecipadas em França. Também nos mercados de dívida pública se assiste hoje a uma estabilização, depois da forte subida das yields da dívida francesa verificada desde Domingo. Ontem, rumores de que o Presidente Macron estaria a equacionar resignar no caso de uma vitória do Rassemblement National nas eleições legislativas antecipadas causaram uma elevada volatilidade. Depois de a Presidência negar tais rumores, assistiu-se a uma descida das taxas, que prossegue hoje, para 3.21% a 10 anos (61 bps face à Alemanha).

  • A sessão de hoje deverá ser dominada pela divulgação dos dados de inflação nos EUA em Maio (13h30) e pela reunião de política monetária do Fed, cujas conclusões serão conhecidas às 19h. É esperada a manutenção da inflação homóloga em 3.4% (com descida ligeira a nível core, para 3.5%). Na reunião de hoje, o Fed deverá manter o target para a taxa fed funds no intervalo 5.25-5.50%, sendo de particular relevância o novo conjunto de projecções dos membros dos comité de política monetária, em especial para a evolução dos juros de referência. Em Março, a maioria de membros apontava para três descidas de juros até ao final do ano, esperando-se que agora apontem para apenas duas.

  • Os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram ontem novos máximos, destacando-se a valorização de 7.3% da Apple, graças ao entusiasmo em torno das aplicações da inteligência artificial. A Administração Biden estará a ponderar novas restrições ao acesso da China a tecnologia usada para a inteligência artificial. Na China, a inflação homóloga manteve-se em 0.3%, ilustrando a persistência de uma procura interna débil
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam variações ligeiras esta terça-feira, depois de uma evolução positiva nos EUA, onde os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram novos máximos. Os investidores estarão particularmente atentos à divulgação da inflação de Maio nos EUA e à reunião do Fed, ambos na 4ª feira. Embora se aguarde a manutenção dos juros, é grande a incerteza quanto às projecções dos membros do comité de política monetária do Fed para a evolução dos juros de referência. Na 6ª feira, os dados referentes ao mercado de trabalho dos EUA revelaram uma criação de emprego surpreendentemente forte em Maio. As yields da dívida norte-americana subiram de forma clara na 6ª feira, anulando a descida ocorrida ao longo da semana.

  • Os activos franceses (e europeus em geral) foram penalizados pelos resultados das eleições para o Parlamento Europeu. Em França, o Presidente Emmanuel Macron convocou eleições legislativas antecipadas, perante a vitória expressiva do Rassemblement National. A decisão de Macron, inesperada, visará evitar um crescimento ainda mais forte daquele partido, a prazo, mas incorpora riscos significativos de uma vitória do RN e vem aumentar a incerteza e a volatilidade a curto prazo. O índice CAC 40 caiu ontem 1.4%, com perdas acentuadas no sector bancário. O euro recuou 0.5% face ao dólar, para EUR/USD 1.076. A yield da dívida francesa a 10 anos sobe 16 bps desde 6ª feira, para o nível mais elevado desde o início do ano (3.26%), penalizando também a dívida das economias da periferia da Zona Euro.

  • A Presidente do BCE defendeu que a descida de 25 bps anunciada na passada 5ª feira “não significa o início de uma trajectória de descida linear” dos juros. Voltando a sublinhar que as decisões serão tomadas reunião a reunião, Lagarde considera crucial a evolução dos salários, da produtividade e dos preços dos serviços. Por seu turno, o Presidente do Bundesbank sugeriu que poderá não haver novas cortes dos juros “por algum tempo”, até se verificar uma descida convincente da inflação para níveis mais próximos do desejado.
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  • Os mercados accionistas apresentam perdas ligeiras na manhã desta 6ª feira, numa sessão que deverá ser dominada pela divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano em Maio. É esperada uma criação líquida de cerca de 180 mil postos de trabalho, após 175 mil em Abril, o que traduz um arrefecimento face ao observado no 1º trimestre. Uma evolução mais débil viria juntar-se a outros sinais de enfraquecimento conhecidos já esta semana, e consolidar a expectativa de cortes de juros pelo Fed.    

  • Tal como antecipado, o BCE anunciou ontem uma descida das taxas de juro de referência em 25 bps, situando-se agora a taxa da facilidade de depósito em 3.75%. O comunicado refere que se tornou “apropriado moderar o grau de restritividade da política monetária após 9 meses de manutenção dos juros”, num momento em que “o outlook para a inflação melhorou marcadamente”. Contudo, foi eliminada a sinalização explícita de possíveis novos cortes no futuro, enfatizando o carácter data-dependent e a abordagem “reunião a reunião” da política monetária e não se comprometendo com “uma trajectória particular das taxas”. A actuação futura do BCE dependerá da evolução dos dados macroeconómicos que forem sendo conhecidos, principalmente da inflação e da evolução salarial.

  • As yields da dívida pública europeia subiram, embora de forma contida. As taxas da dívida alemã situam-se, esta 6ª feira, em 3.03% e 2.56% a 2 e 10 anos, respectivamente. O euro avançou face ao dólar, com a cotação EUR/USD em 1.089 esta manhã. Mantemos a expectativa de que as pressões inflacionistas nos serviços, o elevado risco geopolítico e a actuação do Fed levarão provavelmente o BCE a descer apenas mais uma vez os juros de referência até ao final do ano.
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  • As perspectivas de arrefecimento da economia dos EUA continuam a condicionar a evolução dos mercados accionistas, tendo os índices S&P 500 e Nasdaq atingido novos máximos históricos na sessão de ontem, dada a perspectiva renovada de cortes de juros pelo Fed este ano. Destaque-se o avanço de 5.2% da Nvidia, cuja capitalização bolsista superou pela 1ª vez os USD 3 trillion, ultrapassando assim a Apple. Também na Europa se assiste a uma valorização generalizada das bolsas, liderada pelo sector tecnológico, prolongando o movimento de ontem.

  • A divulgação da estimativa do instituto ADP, apontando para uma criação de emprego no sector privado dos EUA abaixo do esperado em Maio, em desaceleração face ao mês anterior, reforçou a convicção de que o Fed anunciará uma descida dos juros ainda este ano. Esta estimativa antecede a divulgação dos dados oficiais do emprego, esta 6ª feira. Ainda nos EUA, o índice ISM Serviços revelou-se mais forte que o esperado, sugerindo uma aceleração da actividade em Maio.

  • O BCE deverá anunciar hoje uma descida das taxas de juro de referência para a Zona Euro, de 25 bps. A taxa da facilidade de depósito deverá, assim, descer para 3.75%. Se o anúncio de uma descida dos juros é largamente esperado, a actuação do BCE ao longo dos próximos meses reveste-se de grande incerteza. Importará avaliar, por um lado, se as previsões para a inflação – apesar da evolução desfavorável recente – continuarão a apontar para uma descida a médio prazo para os níveis desejados. Por outro lado, o mercado estará particularmente atento a qualquer sinalização quanto à atuação futura. Tanto o comunicado como o discurso da Presidente Lagarde deverão ser muito prudentes, enfatizando o carácter data dependent das próximas decisões de política monetária. Não é de esperar, assim, qualquer sinalização explícita quanto a novas descidas, que deverão permanecer em aberto.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos generalizados na manhã desta 4ª feira, invertendo assim a queda ontem registada. Merece destaque a valorização dos títulos da Inditex, de cerca de 5%, após a apresentação de resultados do 1º trimestre que corresponderam às expectativas, antecipando um outlook favorável para o 2º trimestre. A suportar os ganhos de hoje na Europa, que se seguem a um fecho positivo dos índices de referência norte-americanos na sessão de ontem, está a convicção de que os sinais de arrefecimento no mercado de trabalho norte-americano levarão o Fed a descer os juros de referência na parte final do ano.

  • Destacou-se ontem a divulgação de uma acentuada queda do número de ofertas de trabalho nos EUA no mês de Abril. De acordo com o inquérito JOLTS, as vagas de trabalho disponíveis caíram de 8.36 para 8.06 milhões, nível mais baixo desde Fevereiro de 2021, o que sugere um arrefecimento do mercado de trabalho mais intenso que o esperado. As yields da dívida norte-americana voltaram ontem a descer, prolongando a queda acentuada de 2ª feira, na sequência da fraca evolução do índice ISM Manufacturing. As taxas sobem hoje marginalmente, para 4.79% e 4.35% a 2 e 10 anos. Destaque-se, hoje, nos EUA, a divulgação do índice ISM referente à actividade no sector dos serviços em Maio, antes da publicação dos dados de emprego de Maio (na 6ª feira).

  • Os preços do petróleo mantêm-se hoje estáveis (Brent a USD 77.7/barril), após a acentuada queda das últimas sessões. Estimativas de que os stocks de crude nos EUA terão aumentado na passada semana vieram juntar-se ao impacto negativo sobre os preços gerado pela supressão de cortes de produção acordada pela OPEP+. Na Índia, os índices accionistas de referência (Nifty 50 e SENSEX 30) recuperam hoje mais de 2%, com a perspectiva de formação de um governo de coligação encabeçado pelo PM Modi.
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  • As praças europeias abriram com quedas moderadas nos principais índices accionistas esta terça-feira. O sector energético lidera as descidas, acompanhando as quedas superiores a 1% dos preços do petróleo. Embora a OPEP+ tenha acordado prolongar cortes à produção de 3.66 milhões de b/d até ao final de 2025, um dos pacotes de cortes voluntários (de 2.2 milhões de barris/dia) foi estendido apenas até Setembro. Os investidores vêem, assim, uma sinalização de aumento da oferta de petróleo no final do ano.

  • A tónica negativa no mercado é alimentada, ainda, por preocupações em relação à robustez da economia americana, num contexto de um Fed com uma retórica hawkish. O índice ISM Manufacturing caiu mais que o esperado em Maio, sinalizando uma contracção mais forte da actividade industrial americana. O mercado obrigacionista reagiu com uma descida nas yields dos Treasuries, As taxas soberanas da Zona Euro acompanharam a tendência de descida, tanto nas economias core como na periferia. As descidas prosseguem esta terça-feira.

  • Nos câmbios, a rupia indiana inverteu a trajectória de ontem, e perde hoje 0.4% vs USD, dada a prevista pequena margem de vitória do partido do Primeiro-Ministro Modi, nas eleições legislativas. No México, o peso prossegue em baixa face ao dólar, somando já uma queda de 5.2% desde 6ª feira, reflectindo a clara vitória de Claudia Sheinbaum nas eleições deste Domingo.
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  • Os principais índices accionistas europeus iniciaram a semana com ganhos, seguindo o tom positivo da sessão na Ásia esta 2ª feira, por sua vez suportado pela divulgação de indicadores de actividade positivos na região. Na China, o PMI Manufacturing Caixin sinalizou uma ligeira aceleração da actividade industrial, ao ritmo mais elevado em quase 2 anos, com subidas nas componentes de produção e novas encomendas. O preço do petróleo (Brent) subia perto de 0.3%, após a OPEP+ ter anunciado no fim de semana a extensão, até 2025, dos cortes de produção de crude que deveriam terminar no final de 2024. No plano político, nota para as expectativas de reeleição de Narendra Modi para um 3º mandato como 1º Ministro da Índia (os resultados serão divulgados na terça-feira).

  • Esta semana, o BCE deverá anunciar uma descida dos juros de referência em 25 bps, levando a taxa da facilidade de depósito para 3.75%. A subida maior que esperada da inflação da Zona Euro em Maio veio, contudo, criar um problema para o BCE. A subida da inflação nos serviços sugere um crescimento dos preços mais persistente e a possibilidade de a descida da inflação na Zona Euro vir a ser mais demorada e acidentada. Após este corte, o BCE deverá adoptar um discurso cauteloso, aguardando por sinais mais consistentes de desaceleração dos preços. Novos cortes de taxas directoras poderão voltar a ocorrer apenas a partir do final do ano.

  • A economia dos EUA deverá ter criado 190 mil empregos em Maio, um registo ainda robusto, após 175 mil no mês anterior. Ainda nos EUA, os indicadores ISM deverão sinalizar uma aceleração nos serviços e uma estabilização na indústria. Na China, as exportações e importações de Maio deverão sugerir uma recuperação da procura externa e uma procura interna ainda fragilizada. Nos dias 6-9 Junho, terão lugar as eleições para o Parlamento Europeu. As sondagens sugerem um avanço dos grupos de extrema-direita e euro-cépticos, mas com o PPE a obter o maior número de deputados. 
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Maio

  • A inflação homóloga da Zona Euro subiu de 2.4% para 2.6% em Maio, acima do esperado, após aumento mensal dos preços de 0.2%, e sobretudo em função de efeitos de base desfavoráveis. A inflação core subiu de 2.7% para 2.9% YoY, também acima do esperado, com uma aceleração dos serviços, para 4.1% YoY. Embora estes dados não devam pôr em causa a descida dos juros de referência do BCE esperada na próxima semana, eles poderão moderar as expectativas de cortes adicionais de taxas directoras nos meses seguintes. Os mercados accionistas europeus reagiram em baixa ao cenário de uma inflação mais persistente na Zona Euro.

  • Nos EUA, será hoje conhecida, às 13h30, a evolução do deflator core das despesas de consumo pessoal, a medida de inflação mais acompanhada pelo Fed e para a qual se espera uma ligeira desaceleração em termos mensais (de 0.3% para 0.2%), devendo a respectiva taxa homóloga permanecer em 2.8%. O crescimento do PIB dos EUA no 1º trimestre foi revisto em baixa, de 1.6% para 1.3% (QoQ anualizado), em função de um abrandamento mais forte do consumo privado. A condenação do ex-Presidente Donald Trump em 34 acusações de falsificação de documentos (ligadas ao caso Stormy Daniels) não está a gerar efeitos relevantes no mercado.

  • Na China, o índice PMI Manufacturing sinalizou o regresso da actividade na indústria a terreno de contracção em Maio após dois meses de crescimento, um desempenho inesperado. O índice desceu de 50.4 para 49.5 pontos, levantando dúvidas acerca da capacidade de a economia chinesa vir a registar um crescimento do PIB de 5% no conjunto do ano, tal como almejado pelas autoridades. O índice PMI referente à actividade nos serviços sinaliza, por seu turno, uma desaceleração marginal em Maio. 
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  • Os mercados accionistas apresentam perdas generalizadas esta 4ª feira, ao mesmo tempo que se verifica uma desvalorização dos títulos de dívida pública a nível global. As yields da dívida americana subiram ontem de forma significativa, depois de comentários hawkish de Neel Kashkari. O Presidente do Fed de Minneapolis afirmou que o Fed ainda não terá posto definitivamente de lado a possibilidade de uma subida adicional dos juros de referência, embora reconhecendo que a probabilidade de que tal venha a suceder é relativamente baixa. O mercado aguarda agora com expectativa a divulgação, esta 6ª feira, da medida de inflação mais acompanhada pelo Fed (deflator core das despesas de consumo pessoal) em Maio.

  • No Japão, a taxa da dívida pública a 10 anos ascendeu a 1.07%, nível mais elevado desde 2011, traduzindo a especulação em torno de uma possível nova subida dos juros de referência nos próximos meses. O FMI elevou a previsão de crescimento da economia chinesa em 2024 de 4.6% para 5%, em função de um início de ano mais forte que o antecipado e das novas medidas anunciadas visando estimular o mercado imobiliário.

  • Nos Estados Unidos, o índice de confiança dos consumidores apurado pelo Conference Board subiu inesperadamente em Maio, de 97.5 para 102 pontos (a primeira subida em 4 meses). A avaliação da situação presente melhorou pela 1ª vez desde Janeiro, enquanto a componente de expectativas teve a maior subida desde Julho de 2023. Merece destaque, esta tarde, a divulgação da estimativa de inflação na Alemanha em Maio e do Beige Book do Fed
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  • O mercado accionista abriu misto na Europa, depois dos ganhos de ontem e do fecho em baixa registado nas praças asiáticas. A suportar o optimismo na sessão de ontem esteve a forte expectativa de corte dos juros directores do BCE na reunião do Conselho de Governadores no próximo dia 6 de Junho, tal como voltou a ser sinalizado ontem pelo Chief Economist da instituição, Philip Lane.

  • Já hoje, Olli Rehn, do Executive Board do BCE, voltou a sinalizar um corte de juros em Junho, defendendo que a inflação está a diminuir de “modo sustentado”. O mercado obrigacionista reagiu ontem com descidas nas yields soberanas, movimento esse que prossegue esta manhã de modo muito ligeiro. A moeda única avança face ao dólar, para EUR/USD 1.0875. Dados divulgados esta manhã pelo BCE revelam uma descida das expectativas para a inflação a 12 meses na Zona Euro, de 3% para 2.9%, nível mais baixo desde Setembro de 2021.

  • Nos EUA, as yields regressam do fim-de-semana prolongado também com uma tendência de descida. Hoje será conhecida a evolução do índice de confiança dos consumidores americanos, apurado pelo Conference Board. Depois de três descidas consecutivas nos últimos meses, prevê-se uma nova deterioração da confiança das famílias americanas, dada a redução das expectativas para cortes nos juros directores dos EUA.  
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  • Os principais índices accionistas europeus registavam ganhos marginais esta manhã, numa sessão que deverá ser marcada por uma reduzida liquidez, tendo em contas os feriados nos EUA (Memorial Day) e no Reino Unido (Spring Break). Embora voltando a sinalizar um corte dos juros de referência em Junho, o Chief Economist do BCE, Philip Lane, salientou a necessidade de a política monetária na Zona Euro se manter restritiva ao longo de 2024. O euro apreciava ligeiramente esta manhã, evoluindo em torno de EUR/USD 1.0852. No mercado de dívida, destaca-se a subida da yield do JGB a 10 anos para máximos de 12 anos (1.028%).

  • Esta semana, nos EUA, o deflator das despesas de consumo pessoal deverá revelar uma inflação estabilizada em Abril, em 2.7% YoY no registo headline e em 2.8% YoY no registo core. Merecem, também, atenção a evolução da despesa e rendimento pessoais em Abril, bem como a confiança dos consumidores de Maio. Espera-se a sugestão de algum arrefecimento da economia americana. Nota, ainda, para a 2ª estimativa do crescimento do PIB dos EUA no 1Q’24, que terá sido revisto em baixa, de 1.6% para 1.3% anualizado (3.4% no 4Q’23). O Fed divulga o Beige Book.

  • Na Zona Euro, estima-se que a inflação tenha interrompido, em Maio, a recente tendência de descida, subindo de 2.4% para 2.5% YoY no registo headline e estabilizando em 2.7% YoY no registo core. Esta evolução deverá reflectir efeitos de base adversos relacionados com as componentes de energia e de serviços de transporte, que registaram quedas há um ano (não esperamos que impeça a continuação de uma tendência de descida da inflação nos próximos meses). Ainda na Zona Euro, espera-se a divulgação de uma melhoria do sentimento económico em Maio. Na China, os PMIs oficiais deverão sugerir um crescimento estabilizado. Na 4ª feira, terão lugar eleições na África do Sul.  
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  • A percepção de que os juros permanecerão elevados por mais tempo nos EUA continua a condicionar o optimismo dos mercados. O Presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que o banco central pode ter de esperar mais tempo para cortar ao juros, mesmo depois do alívio da inflação em Abril. A subida mais forte que a esperada dos índices PMI de Maio nos EUA, reforçou também o cenário de que o Fed não tem pressa no alívio dos juros directores.

  • A evolução mais forte que a esperada dos índices PMI da Zona Euro em Maio, sugerindo uma recuperação da actividade, veio atenuar as expectativas de descida de juros por parte do BCE. A percepção de juros altos por mais tempo nas principais economia alimentou uma trajectória de subida expressiva das yields na sessão de ontem. O dólar recua 0.1% em termos efectivos esta manhã, mas aprecia 0.5% no conjunto da semana.

  • Neste contexto, as bolsas europeias abriram esta manhã com descidas nos principais índices de acções. Já ontem, as praças americanas fecharam em baixa, não obstante o entusiasmo com os fortes resultados divulgados pela Nvidia (que levaram a empresa a valorizar 9.3%). No Reino Unido, as vendas a retalho caíram mais que o esperado em Abril (-2.3% MoM), depois de um recuo de 0.2% MoM no mês anterior.
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  • A manhã arranca com optimismo no mercado de acções da Europa, liderado pelo sector tecnológico, que reage aos fortes resultados reportados ontem pela Nvidia. A empresa apresentou resultados superiores ao esperado, com as receitas a triplicarem no 1º trimestre de 2024, e reviu em alta as estimativas de receitas para o 2º trimestre. Este desempenho levou as acções da Nvidia a valorizarem 7.8% no mercado after-hours e contribuíram para a valorização de outras empresas associadas à Inteligência Artificial.

  • Na Zona Euro, o indicador PMI Compósito sugeriu uma ligeira aceleração da actividade em Maio (subida de 51.7 para 52.3 pontos), com os serviços a manterem o ritmo de expansão (53.3 pontos) e a indústria a atenuar o ritmo de queda (subida de 45.7 para 47.4 pontos). Regista-se uma melhoria nas componentes de emprego e novas encomendas, bem como algum alívio nas componentes de preços. O PMI Compósito sugere uma aceleração da actividade na Alemanha, mas uma contracção marginal em França.

  • A yield dos JGBs a 10 anos subiu acima de 1%, pela 1ª vez em 11 anos, reflectindo a expectativa de que o Banco do Japão adopte uma política menos expansionista. Nos EUA, as minutas da última reunião do comité de política monetária do Fed revelaram um tom relativamente hawkish. No Reino Unido, o Primeiro-Ministro Rishi Sunak convocou inesperadamente eleições para o dia 4 de Julho, numa altura em que as sondagens sugerem uma vitória dos Trabalhistas por uma larga margem. A libra registou algum aumento de volatilidade.
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  • Os dados de inflação de Abril no Reino Unido revelaram uma desaceleração dos preços menos expressiva que o esperado, em função da persistência de pressões inflacionistas nos serviços. Os preços no consumidor subiram 0.3% em Abril face ao mês anterior, em que tinham aumentado 0.1%. A taxa de inflação desceu de 3.2% para 2.3% YoY na economia britânica, uma clara redução (explicada sobretudo pela componente de energia), mas menos acentuada que o esperado. O mercado reduziu de forma evidente a probabilidade atribuída ao anúncio de uma descida da Bank rate pelo Banco de Inglaterra na reunião de 20 de Junho (para apenas 11%). Um primeiro movimento de corte dos juros é agora antecipado na totalidade apenas em Novembro. A libra avança face ao dólar (GBP/USD 1.275) e face ao euro (EUR/GBP 0.851).

  • Os dados de inflação no Reino Unido estão a conduzir a uma subida das yields não só da dívida britânica, mas também da norte-americana e da Zona Euro, invertendo a descida ontem verificada. A persistência de pressões inflacionistas (sobretudo nos serviços) ilustrada pelos dados hoje conhecidos está a penalizar o sentimento dos investidores. Os mercados accionistas europeus recuam hoje, prolongando o movimento de ontem. Nos EUA, contudo, os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram ontem novos máximos, antes da apresentação dos resultados do 1º trimestre da Nvidia, hoje, após o fecho do mercado, que está de novo a gerar grande expectativa.

  • Na Zona Euro, a Presidente do BCE Christine Lagarde voltou a sinalizar ontem que é provável uma descida dos juros de referência do BCE na reunião de 6 de Junho, manifestando confiança na trajectória de descida da inflação. A actuação posterior é nitidamente mais incerta, tendo Joachim Nagel, Presidente do Bundesbank, apelado a uma atitude cautelosa após a 1ª descida dos juros, juntando-se assim a Isabel Schnabel (do BCE) nessa posição. 
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  • A sessão desta terça-feira arranca em baixa no mercado de acções da Europa, depois dos novos máximos atingidos ontem. A favorecer este movimento estão as declarações de ontem de Raphael Bostic, Presidente do Fed de Atlanta, defendendo que a autoridade monetária americana precisa de tempo até estar confiante do regresso da inflação ao target de 2%, pelo que será necessário apenas um corte nos juros directores este ano. Por seu turno, Loretta Mester, do Fed de Cleveland, admitiu que há menos margem para descidas dos juros nos EUA do que o anteriormente previsto. O mercado reagiu com um novo adiamento nas expectativas para a descida do target para a taxa fed funds, patente na subida das yields dos Treasuries, para 4.44% nos 10Y e 4.84% nos 2Y (prazo mais sensíveis às expectativas para os juros).

  • Na Alemanha, os preços no produtor caíram 3.3% YoY em Abril, ligeiramente mais que o esperado e cumprindo uma sequência de 10 registos consecutivos de descida. A principal driver desta evolução foi o recuo dos preços da energia. Este resultado vem reforçar o cenário de alívio das pressões inflacionistas na Zona Euro. Com as expectativas para um primeiro corte de juros pelo BCE bastante ancoradas em torno da reunião de Junho, assiste-se a uma tendência ligeira de descida das yields soberanas, para 2.51% no Bund a 10Y. A yield da OT portuguesa na mesma maturidade recua para 3.14%.

  • Os preços do petróleo prolongam o movimento de descida, para USD 83.1/barril em Londres e USD 78.9/barril na praça de Nova Iorque, pressionados pelo recuo de expectativas para o corte de juros pelo Fed. A desvalorização do petróleo reflecte, ainda, a percepção de que a morte do Presidente iraniano e a deterioração do estado de saúde do Rei da Arábia Saudita não acarretam riscos de disrupção à oferta de crude pela OPEP. O cobre e o ouro recuam esta manhã, depois de ontem terem atingido novos máximos. O ouro desce 0.5%, para USD 2415/onça, e o cobre recua 0.4%, para USD 10810/tonelada. 
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  • A semana inicia-se com um movimento de valorização ligeira dos mercados accionistas a nível global, numa manhã marcada pela subida dos preços do cobre e do ouro para novos máximos históricos, prolongando a trajectória recente. De facto, o ouro ascendeu já esta 2ª feira a USD 2450/onça, favorecido pela expectativa de que o Fed iniciará ainda este ano a descida dos juros de referência, consolidada pela descida de inflação conhecida na passada semana. A cotação do cobre ultrapassou o patamar de USD 11000/tonelada pela 1ª vez, resultante da antecipação de um acentuar do défice de oferta.

  • Os desenvolvimentos geopolíticos no Médio Oriente permanecem em foco, depois de conhecida a morte do Presidente e do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão este fim de semana num acidente de helicóptero. A notícia não está, para já, a gerar consequências significativas nos mercados, assistindo-se a uma estabilização dos preços do petróleo, com o barril de Brent em USD 84.0/barril.

  • No plano macroeconómico, destacar-se-á esta semana a divulgação dos índices PMI referentes à actividade na indústria e nos serviços na Zona Euro em Maio (5ª feira). Também no Reino Unido serão conhecidos os índices PMI de Maio (5ª feira), destacando-se ainda a inflação de Abril (na 4ª), que deverá revelar uma descida expressiva da taxa homóloga. Depois de o Banco de Inglaterra ter aberto a possibilidade de uma descida da Bank rate já na reunião de Junho, estes dados ganham particular relevância. Na Zona Euro, merece ainda destaque a evolução dos salários negociados no 1º trimestre (5ª feira). Nos EUA, o Fed divulgará, na 4ª feira, as minutas da última reunião de política monetária e será conhecida a evolução das encomendas dirigidas à indústria em Abril (6ª feira). Refira-se, ainda, na 4ª feira, a apresentação dos resultados da Nvidia relativos ao 1º trimestre, com potenciais ramificações a todo o sector tecnológico.  
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  • A manhã desta 6ª feira está a ser marcada por quedas dos mercados accionistas a nível global, depois de já ontem os índices de referência norte-americanos e europeus terem encerrado em terreno negativo. A contribuir para a deterioração do sentimento dos investidores estão sinais de debilidade da economia chinesa, com maiores ritmos de queda das vendas de habitações e da descida dos preços das novas habitações em Abril. Também o desempenho das vendas a retalho na economia chinesa foi significativamente inferior ao esperado. As autoridades chinesas anunciaram, já hoje, novas medidas visando estimular o mercado imobiliário.

  • A penalizar também o sentimento dos investidores estão novos comentários de responsáveis do Fed sugerindo a necessidade de juros elevados por um período prolongado. As yields da dívida norte-americana subiram ontem, sobretudo nos prazos mais curtos. O dólar apreciou face à generalidade das divisas, movimento que se prolonga esta manhã, com a cotação EUR/USD em 1.086.

  • Em entrevista hoje publicada, Isabel Schnabel, da Comissão Executiva do BCE, reconhece que uma primeira descida dos juros em Junho poderá ser apropriada, mas sinaliza uma actuação posterior cautelosa. A responsável sublinha os elevados níveis de incerteza actuais bem como o facto de a inflação estar ainda sujeita a riscos em alta.
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  • Os mercados accionistas asiáticos exibem hoje valorizações generalizadas, depois de diversos índices de referência norte-americanos e europeus terem alcançado ontem novos máximos. A contribuir para esta evolução esteve a divulgação dos dados de inflação nos EUA em Abril, que, ao retomarem uma trajectória descendente, consolidaram a expectativa de que o Fed iniciará a descida dos juros de referência ainda este ano.

  • Nos EUA, os preços no consumidor subiram 0.3% em Abril face ao mês anterior (marginalmente abaixo do esperado e do que em Março), tendo a taxa de inflação homóloga descido de 3.5% para 3.4%, depois de dois aumentos sucessivos. Por seu turno, as vendas a retalho nos EUA revelaram um arrefecimento em Abril, tendo estagnado face ao mês anterior. As taxas da dívida americana desceram de forma clara, para 4.73% e 4.33% a 2 e a 10 anos.

  • A produção industrial da Zona Euro cresceu 0.6% em Março face ao mês anterior, cujo crescimento foi revisto em alta para 1%. Com esta evolução mais favorável que o esperado, a variação homóloga passou de -6.3% para -1%. As previsões de Primavera da Comissão Europeia, ontem apresentadas, mantêm como cenário central um soft landing da economia europeia, apontando para uma descida da inflação mais expressiva que o anteriormente antecipado. A Comissão espera um crescimento do PIB dos Vinte de 0.8% este ano e de 1.4% em 2025, enquanto para a inflação se prevê uma taxa média de 2.5% em 2024 e 2.1% no próximo ano
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  • Os mercados accionistas prolongam na manhã desta 4ª feira a valorização das últimas sessões, com diversos índices de referência a atingir novos máximos históricos. É grande a expectativa dos investidores em torno da divulgação, hoje pelas 13h30, dos dados de inflação de Abril nos EUA, que poderão retomar uma trajectória descendente, permitindo ao Fed iniciar a descida dos juros de referência até ao final do ano. Note-se, no entanto, que ontem, Jerome Powell voltou a sinalizar juros altos por um período mais prolongado que o antecipado previamente, dada a evolução mais desfavorável da inflação nos últimos meses.

  • Nos EUA, os preços no produtor subiram 0.5% em Abril face ao mês anterior. Em termos homólogos, aumentaram 2.2%, variação mais significativa desde Abril de 2023. Apesar de esta evolução ter sido mais desfavorável que o esperado, registou-se uma descida em algumas componentes com influência relevante sobre a evolução dos preços no consumidor, como as despesas de ambulatório hospitalar. Neste contexto, as yields da dívida pública norte-americana desceram, voltando hoje a recuar para 4.81% e 4.43% a 2 e a 10 anos. O dólar depreciou, e a cotação EUR/USD regressou a valores superiores a 1.08.

  • A Administração Biden anunciou ontem a imposição de novas tarifas sobre um conjunto de bens importados da China, como semincondutores, baterias, material médico, veículos eléctricos, aço, alumínio e certos minérios. De acordo com a estimativa da Casa Branca, as medidas deverão afectar cerca de USD 18 mil milhões das importações da China. Trata-se da maior actualização à primeira aplicação destas medidas por parte do Presidente Trump.
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  • O índice ZEW de expectativas para a economia alemã subiu mais que o esperado em Maio, de 42.9 para 47.2 pontos, um máximo desde Fevereiro de 2022. De tarde, serão divulgados os números de Abril da inflação no produtor nos EUA, sendo esperada uma descida ligeira a nível core, de 2.4% para 2.3% YoY. Nas commodities, o petróleo desliza 0.2%, depois de ganhar ontem 0.7% no Brent e 1.1% no WTI. Hoje será divulgado o novo relatório da OPEP com a avaliação da conjuntura do mercado do petróleo. 

  • O euro segue flat face ao dólar, em EUR/USD 1.079, e o iene volta a recuar, para USD/JPY 156.5. Yields japonesas de longo prazo sobem, com especulação de uma eventual redução das operações de aquisição de dívida do Banco do Japão, para conter a depreciação da divisa. Na base esteve a redução da procura de títulos pelo Banco do Japão, na operação de ontem.

  • O vice-Chair do Fed, Philip Jefferson, declarou que as taxas de juro deverão permanecer restritivas nos EUA, até que haja “evidência adicional” de que a inflação esteja a convergir para o target de 2%. Segundo dados divulgados ontem pelo Fed de Nova Iorque, as expectativas dos consumidores americanos para a inflação a 12 meses subiram de 3% para 3.3% em Abril, um máximo desde Novembro, mas recuaram nos horizontes maiores, de 2.9% para 2.8% a 3 anos e de 2.8% para 2.6% a 5 anos.  
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  • A semana iniciou-se sem movimentos muito significativos nos mercados, em função da ausência de drivers ao nível de eventos ou indicadores económicos relevantes. Os principais índices accionistas europeus evoluíam esta manhã entre pequenos ganhos e perdas, depois de uma sessão também mista na Ásia. As yields dos Treasuries e Bunds registavam variações mínimas e o petróleo (Brent) subia 0.16%, para USD 82.9/barril. O Banco do Japão reduziu a procura de JGBs numa operação regular esta 2ª feira, o que se traduz numa subida de 4 bps na yield a 10 anos, para 0.946%

  • Esta semana, serão divulgados os números mais recentes do crescimento dos preços nos EUA. Em Abril, a inflação medida pelo IPC terá recuado de 3.5% para 3.4% YoY na economia americana. A nível core, a inflação terá descido de 3.8% para 3.6% YoY. Na última 6ª feira, foi conhecida uma deterioração da confiança dos consumidores americanos já em Maio, em parte explicada por um aumento das expectativas de inflação. Ainda nos EUA, espera-se a divulgação de um ligeiro abrandamento das vendas a retalho em Abril. A situação dos consumidores americanos estará também em foco na divulgação dos resultados do 1º trimestre de algumas das principais empresas retalhistas americanas.

  • Na Zona Euro, o crescimento do PIB do 1º trimestre e a inflação de Abril devem ser confirmados em 0.4% QoQ e 2.4% YoY, respectivamente. A Comissão Europeia apresenta, na 4ª feira, a actualização das suas previsões económicas e, no final da semana, o BCE divulga o relatório com a mais recente Financial Stability Review. No Japão, deverá ser conhecida uma queda do PIB de 0.4% QoQ no 1º trimestre. Já na China, os registos de Abril das vendas a retalho, produção industrial e investimento em activos fixos deverão sugerir recuperação da actividade.
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  • Os mercados accionistas prosseguem esta 6ª feira a valorização dos últimos dias, beneficiando do tom genericamente favorável dos resultados empresariais do 1º trimestre e da consolidação da expectativa de cortes dos juros de referência pelos principais bancos centrais ao longo dos próximos meses. O índice Euro Stoxx 600 situa-se em novos máximos, podendo vir a registar o maior ganho semanal dos últimos 3 meses. Nos EUA, o S&P 500 encerrou ontem menos de 1% abaixo do seu máximo histórico.

  • Nos EUA, os novos pedidos de subsídio de desemprego aumentaram substancialmente na última semana, de 209 para 231 mil, nível mais elevado desde Agosto. Este novo sinal de arrefecimento do mercado de trabalho norte-americano levou a uma descida das yields da dívida dos EUA, que se situam em 4.82% e 4.45% a 2 e a 10 anos. Esta tarde, merece destaque a divulgação do índice de confiança dos consumidores apurado pela Universidade de Michigan para o mês de Maio.

  • O Banco de Inglaterra decidiu ontem manter inalterada a Bank rate em 5.25%. O Governador Andrew Bailey afirmou que uma descida dos juros na reunião de 20 de Junho não está “nem afastada nem assegurada”, sublinhando a importância dos dois registos de inflação e evolução salarial que serão conhecidos até então. Bailey afirmou ser provável que o Banco venha a reduzir a Bank rate ao longo dos próximos trimestres, “possivelmente mais que o antecipado pelo mercado”. Já hoje, foi conhecido o crescimento de 0.6% QoQ da economia britânica, um desempenho mais forte que o esperado após dois trimestres de queda trimestral do PIB.  
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  • As exportações chinesas (medidas em USD) tiveram uma recuperação mais forte que a esperada em Abril, ao crescerem 1.5% YoY após o recuo de 7.5% YoY do mês anterior, impulsionadas pelas vendas para os países do sueste asiático (+8.1% YoY). Na Europa, o mercado de acções segue misto, não se observado para já uma tendência clara, depois dos novos máximos históricos atingidos ontem. Em Espanha, destaque-se o anúncio de uma oferta de compra hostil lançada pelo BBVA ao Sabadell.

  • Susan Collins, do Fed de Boston, declarou ontem que o target para a taxa fed funds deverá permanecer aos níveis actuais por mais tempo que o anteriormente esperado, dado o desempenho mais forte que o previsto que a actividade e o crescimento dos preços têm revelado. Estas declarações favoreceram, uma vez mais, um aumento das expectativas para os juros nos EUA, suportando a apreciação do dólar e a subida das yields dos Treasuries.

  • O Banco de Inglaterra reúne hoje o comité de política monetária, sendo elevada a expectativa quanto a uma eventual sinalização do timing para o início do processo de descida dos juros directores. Para já, a Bank rate deverá permanecer inalterada nos 5.25%, com o banco central a sinalizar um eventual primeiro corte de 25 bps algures no Verão. O mercado aponta o mês de Agosto como a data mais provável. A libra segue relativamente estável face ao euro, mas recua face ao dólar para GBP/USD 1.247. 
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  • O Banco Central da Suécia anunciou esta manhã uma descida da taxa de juro de referência de 4% para 3.75%. Esta descida, a primeira desde 2016, e que poderá ser seguida por outras duas na 2ª metade do ano, antecede movimento semelhante esperado por parte do BCE no próximo mês. O Banco Central da Suécia torna-se, assim, na segunda autoridade monetária das economias avançadas a descer os juros, depois do Banco Nacional da Suíça, a 21 de Março. A coroa sueca perde 0.7% face ao euro (EUR/SEK 11.75) e 1% face ao dólar. O dólar recupera em termos efectivos pela 3ª sessão consecutiva, situando-se a cotação EUR/USD em torno de 1.074.

  • Os mercados accionistas europeus apresentam hoje ganhos pela 4ª sessão consecutiva, tendo o índice Euro Stoxx 600 atingido um novo máximo histórico esta manhã. A recuperação dos últimos dias tem beneficiado do tom genericamente positivo dos resultados empresariais do 1º trimestre e da expectativa de que o Fed venha a iniciar um corte dos juros de referência ainda este ano. No entanto, é ainda grande a incerteza em torno da actuação do Fed. Neel Kashkari, Presidente do Fed de Minneapolis, defendeu ontem que os juros de referência do Fed deverão permanecer aos níveis actuais por um período prolongado e afirmou mesmo que apoiaria uma subida dos juros caso a inflação permanecesse a níveis excessivos. Note-se, contudo, que Kashkari não tem actualmente poder de voto no comité de política monetária do Fed.

  • Os preços do petróleo caem hoje mais de 1%, com o Brent a ser transaccionado a USD 82.1/barril, com o mercado a antecipar que, esta tarde, será divulgado um aumento significativo dos stocks de crude nos EUA na última semana. A situação geopolítica no Médio Oriente continua, no entanto, a condicionar o mercado, depois de Israel não ter aceite uma proposta de cessar-fogo em Gaza, tendo iniciado uma intervenção militar na cidade de Rafah. Esta operação tem merecido a crítica dos EUA, que terão suspendido temporariamente o fornecimento de material militar a Israel. 
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  • O clima de optimismo prossegue nos mercados financeiros, suportando a valorização do mercado accionista europeu, descidas moderadas nas yields soberanas e um recuo ligeiro do ouro. A suportar a propensão ao risco está o reforço das expectativas de descida dos juros directores nas principais economias. Nas commodities, o petróleo prolonga as subidas de ontem, reflectindo o aumento dos preços de venda por parte da Arábia Saudita e as baixas expectativas para um cessar-fogo em Gaza.
         
  • No mercado accionista, o optimismo é alimentado, ainda, pelo tom relativamente positivo que a earnings season tem revelado. O UBS e o Unicredit apresentaram resultados mais fortes que o esperado no 1º trimestre de 2024. A BP revelou uma redução mais expressiva que a esperada dos lucros, mas manteve o ritmo do programa de share buyback, enquanto que a retalhista alemã Zalando reportou uma melhoria dos resultados operacionais.

  • As encomendas à indústria alemã caíram 0.4% MoM em Março, contrariando a expectativa de crescimento, pressionadas pela queda de 2.3% MoM nos pedidos de grandes meios de transporte (e.g. aeronaves e navios). Mas, excluindo este factor que tende a ser mais volátil, os dados core aumentaram 0.1% MoM. As exportações alemães cresceram 0.9% MoM em Março, acima do esperado e após -1.6% MoM em Fevereiro.
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  • Os índices accionistas europeus iniciaram a semana em alta, suportados pela expectativa de um outlook global benigno no que respeita à actividade económica e à evolução das taxas de juro. O Chief Economist do BCE, Philip Lane, reafirmou a convicção de convergência da inflação para 2%, aumentando a probabilidade de redução dos juros em Junho. Os registos finais dos PMIs de Abril reviram em alta os valores preliminares e confirmaram uma ligeira recuperação da actividade na Zona Euro. Na China, o PMI Caixin Serviços sinalizou uma expansão da actividade no sector em Abril. A yield do Bund a 10 anos recua 3 bps.

  • Nos EUA, a criação de emprego caiu em Abril de 315 mil para 175 mil, um registo abaixo do estimado. A taxa de desemprego subiu de 3.8% para 3.9% da população activa e a remuneração média horária desacelerou de 4.1% para 3.9% YoY. O ISM Serviços sugeriu inesperadamente uma queda da actividade no sector (recuo de 51.4 para 49.4), destacando-se o abrandamento das encomendas e a queda do emprego. De notar, ainda, a forte subida da componente de preços. Apesar deste último ponto, esta informação alimentou as expectativas de que o Fed poderá ainda cortar juros este ano.

  • Nos EUA, espera-se a divulgação, no final da semana, de uma ligeira queda da confiança dos consumidores no início de Maio, merecendo atenção a componente de expectativas de inflação. Na Zona Euro, para além de indicadores sobre actividade industrial e exportações relativos a Março (na Alemanha), merece destaque a actualização das previsões da Comissão Europeia (já hoje). No Reino Unido, o BoE deverá manter a Bank Rate inalterada em 5.25%. O PIB da economia britânica terá crescido 0.4% QoQ no 1Q, vs. -0.3% no Q4’23. Na China, deverá ser conhecida uma recuperação das exportações e importações em Abril, e espera-se a divulgação de uma ligeira subida da inflação. Em Portugal, o IGCP leva a cabo na 4ª feira dois leilões de OTs com maturidades em Out 2034 e Jun 2038, com um montante indicativo global de EUR 1000-1250 milhões.
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  • A manhã desta 6ª feira está a ser caracterizada por ganhos da generalidade dos mercados accionistas, liderados pelo sector tecnológico. A propiciar esta recuperação estará a apresentação de fortes resultados pela Apple, após o fecho dos mercados norte-americanos, que encerraram ontem em alta. Merecem também destaque os resultados da Société Générale e do Crédit Agricole, tendo ambos superado as expectativas.

  • A sessão de hoje deverá ser dominada pela divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano no mês de Abril. É antecipada uma criação de cerca de 240 mil postos de trabalho em termos líquidos, após 303 mil registados em Março, ilustrando algum arrefecimento ao nível do emprego. Um valor significativamente diferente poderá gerar uma reacção do mercado relevante, num momento em que é antecipada apenas uma descida da target rate dos fed funds na totalidade até ao final do ano.

  • O iene ganha terreno de forma clara, alcançando a cotação mais forte das últimas três semanas (USD/JPY 153.2), o que está a gerar especulação de que tenha sido propiciada pela intervenção das autoridades japonesas no mercado cambial. Com esta evolução, a divisa japonesa encaminha-se para registar o melhor desempenho semanal desde Dezembro de 2022. O euro aprecia também, para EUR/USD 1.073. Os preços do petróleo estão estáveis, permanecendo o barril de Brent abaixo de USD 84. A semana deverá ficar marcada por uma expressiva descida dos preços, em função de um alívio da tensão no Médio Oriente.  
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  • O Fed manteve ontem a target rate dos fed funds inalterada em 5.25-5.50%. Jerome Powell continua a antecipar que a inflação deverá voltar a diminuir até ao final do ano, mas está a demorar mais tempo que o esperado a regressar aos níveis desejados, pelo que o Fed necessita de mais tempo para ter a confiança necessária na sua trajectória descendente. O comunicado e a conferência de imprensa reflectiram a ideia de juros aos níveis actuais por um período mais prolongado, que vários responsáveis da instituição vinham transmitindo. Refira-se ainda que Powell praticamente afastou a possibilidade de um movimento de subida dos juros, considerando-o improvável. O Fed anunciou ainda uma desaceleração do ritmo de redução do seu balanço a partir de Junho. Estes dois factores terão contribuído para a descida das yields da dívida americana.

  • Os índices S&P 500 e Nasdaq caíram ontem, prolongando a queda das sessões anteriores. 79% das empresas do S&P que já apresentaram resultados superaram as expectativas. Na Europa, os mercados accionistas reabrem hoje após o 1º de Maio, não apresentando uma direcção bem definida.

  • Nos EUA, o índice ISM Manufacturing caiu de 50.3 para 49.2 pontos em Abril, sinalizando um regresso inesperado da actividade industrial a terreno de contracção. A rubrica de preços dos inputs subiu de forma acentuada, para o nível mais alto desde Junho de 2022, sugerindo a persistência de pressões ascendentes sobre os preços.
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