economia e mercados
360 Economia e Mercados
Semanal
Publicação semanal com uma análise dos principais desenvolvimentos da conjuntura económica global, procurando explicar e antecipar os seus impactos nos mercados financeiros. Esta publicação apresenta também, de uma forma sistematizada, as expectativas e previsões do Research do novobanco para a economia global e para a economia portuguesa.
Dezembro
- Esta semana, o BCE deverá cortar os juros de referência em 25 bps, levando a taxa de juro da facilidade de depósito para 3%. As projecções para o PIB e para a inflação da Zona Euro deverão ser revistas em baixa.
- Um corte de 50 bps pode ser discutido, dados os riscos para o outlook associados à recente deterioração da confiança (e.g. França. Alemanha). BCE deve manter-se data dependent, pronto a agilizar a política monetária.
- China anuncia políticas expansionistas para 2025. Coreia do Sul e Síria alimentam incerteza geopolítica.
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- A divergência entre os EUA e a Zona Euro (ao nível do crescimento, inflação e juros) deve manter-se em 2025.
- Em França, o Governo accionou o Artº 49.3 da Constituição, forçando a aprovação do OE2025 sem votação na Assembleia. Mas este mecanismo abriu também as portas à votação de uma moção de censura (já esta 4ª feira).
- No caso de votação favorável pelo RN e pela NFP, o Orçamento é chumbado e o Governo cai. Sem eleições até Jun’25, sobem os riscos orçamentais e para o crescimento. Mercado com reacção adversa mas, para já, contida.
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Novembro
- Indicadores de sentimento da Zona Euro em queda, suportada por receios em torno dos impactos da guerra na Ucrânia e pelos efeitos previsíveis de potenciais “guerras comerciais” com os EUA e a China…
- …bem como por níveis elevados de incerteza política e orçamental, sobretudo nas economias core (e.g. Alemanha com Governo demissionário, França com Orçamento e Governo em risco).
- Este quadro favorece um BCE tendencialmente mais dovish e uma pressão em baixa sobre a cotação do euro.
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- A economia dos EUA revela sinais de robustez (vendas a retalho e jobless claims melhores que o esperado) e de alguma persistência nos preços. Em Out, a inflação subiu de 2.4% para 2.6% YoY, com a core estável em 3.3%.
- O Chair Powell afirmou que, com o desempenho positivo da economia americana, “não há necessidade de pressa em descer os juros de referência”. A probabilidade atribuída pelo mercado a um corte em Dezembro caiu para 62%.
- O cenário de juros (mais) altos por mais tempo e de um dólar mais forte e aumenta os riscos para a Zona Euro.
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- A reacção do mercado às eleições dos EUA (e.g. valorização das acções, apreciação do dólar) reflecte a expectativa de maior crescimento e evolução favorável dos resultados das empresas americanas no curto prazo.
- Medidas proteccionistas (tarifas, deportação de imigrantes), desregulação e estímulos à procura marcam a Trumpnomics 2.0. Os impactos destas políticas dependerão da sua execução e contexto concretos.
- Com os EUA em pleno emprego, riscos de que pressões inflacionistas e subida de juros penalizem o crescimento.
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- O resultado das eleições nos EUA mantém-se muito incerto. Uma vitória de Trump com controlo Republicano do Senado tende a favorecer as acções americanas e o USD, mas parte do efeito já estará descontado no mercado.
- Uma vitória de Trump sem controlo do Congresso permite subir tarifas e restringir imigração (+ inflação), mas não cortar impostos. Mercado com reacção negativa. Vitória de Harris sem o Congresso manteria situação actual.
- Fed deve cortar juros em 25 bps esta semana. Esperamos continuação de descida gradual dos juros na 1H 2025.
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